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domingo, janeiro 21, 2007

Ainda sobre o consumo de álcool...

Ainda sobre o tema do consumo de álcool (exagerado e não compatível com a prática desportiva), publicamos um texto disponível no Dossier PODIUM do site do Jornal «Público».


Créditos: Rugby World (Fev.2006)

O Álcool

O álcool é proibido apenas em algumas modalidades e unicamente controlado em competição, através de análises respiratórias ou através do sangue. Os atletas utilizam álcool como um analgésico, para combater o nervosismo e as tremedeiras, ganhando autoconfiança, ou diminuir a sensibilidade relativamente às lesões.

No entanto, o consumo de álcool no desporto pode ter consequências graves. Nas fases da embriaguez e da ressaca, há um aumento da agressividade e uma diminuição da concentração, da capacidade visual, da assimilação de informação e da coordenação motora, podendo originar acidentes mortais em desportos como o automobilismo, o tiro com arco ou a aeronáutica. Para além disso, um atleta alcoolizado sente menos dores e não consegue saber se está a agravar uma possível lesão. Em competições realizadas ao frio, podem-se registar casos de hipotermia, já que o álcool origina uma vasodilatação cutânea e consequente perda significativa de calor.

Desportista ou não, um consumidor regular e excessivo de bebidas alcoólicas tem sempre pela frente diversos problemas de saúde graves, segundo explica Fernando de Pádua, presidente do Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva, no sítio deste organismo: “As ingestões habituais excessivas, de bebidas alcoólicas, muitas vezes em pequenas doses mas repetidas ao longo do dia, vão mantendo uma alcoolização permanente do organismo e uma situação de intoxicação alcoólica crónica, doença alcoólica ou alcoolismo crónico. Desta forma existe um efeito contínuo sobre todos os órgãos do corpo, que provoca graves alterações, como por exemplo gastrite, úlceras, falta de apetite, vómitos, cirrose do fígado, sintomas neuro-musculares (formigueiros, adormecimento dos dedos, cãibras, dores e cansaço muscular, tremor das mãos), doenças cardiovasculares e do aparelho respiratório, e também alterações mentais e psicológicas como sejam dificuldade de raciocínio, perda de memória, irritabilidade, depressão, delírio alcoólico, etc.”.