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Sonho ganha forma
Portugal eliminou Marrocos, confirmando o resultado obtido em Casablanca, ao vencer novamente a congénere magrebina por um tangencial 16-15 (10-3), seguindo agora para o confronto final com o Uruguai, o derradeiro obstáculo no caminho do Campeonato do Mundo de França.
Contudo, no Universitário de Lisboa, a selecção lusa mostrou algumas debilidades que se impõe corrigir para defrontar um adversário de maior valia.
Começou bem Portugal que, uma vez mais, teve 10 minutos iniciais de bom nível mas que não conseguiu aproveitar para marcar e resolver desde logo a eliminatória.
A equipa portuguesa consentiu que Marrocos inaugurasse o marcador (3-0), mas recuperou e, passada a meia hora de jogo, os Lobos “assinaram” o melhor momento da partida, culminado com um ensaio de Vasco Uva, transformado por Cardoso Pinto.
O colectivo ganhou outra dinâmica, mas esbarrava sempre na má finalização das muitas jogadas que ia construindo. Para agravar as coisas o início da segunda parte revelou-se desastroso para Portugal, que “conseguiu” passar de uma situação de ataque perto de marcar ensaio para uma aflição defensiva em que não conseguiu evitar o ensaio do ponta marroquino Chahid Gharib.
O jogo reganhou interesse e Portugal passou por vários momentos de grande aperto, Valeu, já na ponta final, a defesa lusa ter estado ao seu melhor nível e conseguir contrariar as ofensivas rivais, tendo, numa delas, conseguido evitar a oportunidade mais flagrante de Marrocos – apenas três portugueses travaram seis marroquinos.
Momentos cruciais
O Portugal-Marrocos fica assinalado por dois momentos importantes – o ensaio de Vasco Uva e um erro do juiz da partida já perto do termo.
No primeiro caso a equipa ganhou confiança e uma margem que permitia alguma confiança e obrigou os marroquinos a arriscarem mais, embora Portugal não tenha tirado partido disso.
Já o segundo caso, o árbitro não esteve bem ao não assinalar uma penalidade contra Marrocos, o que ia custando a eliminatória a Portugal. Valeu a defesa heróica dos Lobos que, numa situação de três para seis, não consentiram o ensaio.
Portugal 16 (10) - Marrocos 15 (3)
Local | Estádio Universitário de Lisboa
Árbitro| Nigel Owens (Gales)
Portugal: Pedro Leal; Pedro Carvalho, Diogo Gama (David Mateus), Diogo Mateus e Miguel Portela; Cardoso Pinto (3+2+3+3) (Gonçalo Malheiro) e Luís Pissarra; Vasco Uva (capitão)(5), Juan Severin (Diogo Coutinho) e João Uva (Paulo Murinello); Marcello D'Orey (Pedro Vieira) e Gonçalo Uva; Joaquim Ferreira, João Correia e Rui Cordeiro.
Seleccionador| Tomaz Morais
Marrocos: Ouajdi Mouhcine; Chahid Gharib (5), Tidjini Mihadji, Labbi Mouad e Rahili Akram; Eziyar e Achahbar Adil; Boutati Abdellatif, Loukrassi Mohamed (3+2) e Housni Hicham; Ho Younes e Arif Hamid; Amechatane Samir, Abachri Abdelkafi (5)(cap) (El Hatmzajum) e Gouasmia Mohamed (Mohamed Benhout).
Seleccionador| Claude Saurel
OPINIÕES
Tomaz Morais (seleccionador nacional)
“Sabíamos que ia ser muito difícil”
“Nós sabíamos que ia ser um jogo muito difícil. Avisei nesse sentido. Penso que em dois momentos-chave não soubemos concretizar, permitindo que Marrocos lançasse contra-ataques e marcasse, pondo-nos em perigo. Já nos 15 minutos finais tivemos uma excelente atitude defensiva e salvámos a eliminatória. Cometemos pequenos erros na posse da bola que obrigou a defesa a mostrar todo o seu valor frente a uma equipa que joga melhor do que muitos pensavam."
Vasco Uva (capitão)
“Fizemos uma boa primeira parte”
“Fizemos uma boa primeira parte, jogámos bem e imprimimos o nosso ritmo, mas no recomeço não tivemos calma suficiente para controlar o jogo e sofremos um ensaio muito consentido a partir de um erro nosso. Não conseguimos fazer o jogo que gostamos e ter o resultado controlado."
Daniel Hourcade (seleccionador-adjunto)
“Não conseguimos matar o jogo”
“Portugal não conseguiu demonstrar o que tem. Tem muito mais. Nos momentos críticos soubemos sofrer, defendemos muito bem mas não conseguimos, com a partida controlada, marcar e matar o jogo”.
Claude Saurel (seleccionador de Marrocos)
“Fomos mais fortes”
“No cômputo dos dois jogos fomos mais fortes. Hoje não pudemos contar com o capitão porque não foi libertado pelo seu clube (Agen de França) e também temos pouco tempo de trabalho. Tudo mudou depois de sermos afastados pela Namíbia e isso reflectiu-se."
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