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segunda-feira, fevereiro 19, 2007

O cúmulo da parcialidade

António Henriques (AH) escreveu e divulgou um artigo no qual procura descrever as incidências do jogo do passado sábado, entre Belenenses e Benfica. Como é óbvio, e até porque o autor o fez em nome próprio (o artigo não foi publicado em nenhum jornal ou fonte que apregoe a isenção e imparcialidade), a sua opinião é sempre respeitável, excepto quando mistifica e falta à verdade. Foi o que aconteceu.

Como opiniões são opiniões (eu também tenho a minha), não vou abordar as conclusões de AH sobre o jogo jogado, a justeza do resultado e sobre o desempenho do árbitro. Aliás, sobre arbitragens volto a assumir e cumprir aquilo que aqui prometemos no início da DH 2006/2007: não falaremos do trabalho do árbitro nem para o mal, nem para o bem. É uma questão de postura, que aliás alterei relativamente ao passado, sem arrependimento.

Todavia, importa corrigir - por respeito à verdade - duas referências de AH que não correspondem à realidade:

a) Após a situação que valeu - justa ou injustamente - o cartão amarelo a Hugo Melo, nenhum jogador, técnico, dirigente ou fisioterapeuta do banco do Belenenses pressionou de forma alguma o fiscal-de-linha que se encontra inacreditavelmente no centro da polémica. Não se entende portanto a referência ao treinador Francisco Borges, o qual esteve muitíssimo calmo durante toda a partida, dirigindo-se apenas aos seus jogadores. Eu estava no banco e posso afirmá-lo sem peso na consciência.

Estranho todavia que, na sequência do cartão amarelo mostrado ao centro do Benfica, AH não se tenha apercebido das palavras dirigidas por José Mendes ao técnico do Belenenses. Foram bem audíveis e creio que dignas de registo jornalístico...

b) No que diz respeito à suspensão referida por AH no seu artigo (relativa ao técnico do Belenenses), importa também esclarecer que o Clube não havia recebido, até ao momento em que se iniciou o jogo entre Benfica e Belenenses, nenhuma notificação por parte da FPR relativamente à decisão do Conselho de Disciplina.

Em jeito de conclusão, e a título meramente pessoal, não posso deixar de estranhar que alguém que desenvolve actividade jornalística há muito tempo resuma o essencial de 80 minutos de jogo a um acontecimento que ocorreu perto do final. Hugo Melo foi expulso e o Belenenses beneficiou dessa situação. É um facto. Tal como Juan Murré foi expulso aos 38 minutos da 1ª parte (AH esqueceu-se de referi-lo), beneficiando o Benfica de 10 minutos sem a presença em campo de um elemento fundamental do pack azul.

Colocar toda a responsabilidade da derrota do Benfica nas costas da equipa de arbitragem é de facto um acto de profunda injustiça, para os árbitros e... para o XV do Restelo, que tudo fez para vencer o jogo.

3 Comments:

At 8:33 da tarde, Blogger Inês Santos Alves said...

Gostaria de saber onde é que se pode ler o artigo publicado pelo Sr António Henriques?
Obrigada

 
At 8:33 da tarde, Blogger Inês Santos Alves said...

Gostaria de saber onde é que se pode ler o artigo publicado pelo Sr António Henriques?
Obrigada

 
At 10:15 da tarde, Blogger Rui Silva said...

O artigo foi distribuído pela lista de e-mails do jornalista, e foi-me reencaminhado por um dos destinatários. Se quiser posso reenviá-lo, mas terá de me fazer chegar o seu e-mail.

Ainda sobre este tema, que me parece absolutamente patético (visto que o jogo decorreu com relativa normalidade...), acabo de ler algo no site do Rugby do Benfica que considero de extrema gravidade, por colocar em causa o próprio desportivismo dos atletas, tecnicos e representantes do Belenenses:

«(...) Resultado:Expulsão temporária do jogador do Benfica e banco de suplentes do Belenenses desmanchado em risos pela forma como conseguiu pressionar e enganar o fiscal de linha e o árbitro.»

Desmanchado em risos? Que observação tão infeliz e tão atentatória da dignidade do próprio comportamento dos representantes do Belenenses em causa (técnico, jogadores, delegado ao jogo e fisioterapeuta).

Eu fico-me por aqui neste tema que efectivamente é patético e que em nada contribui para uma boa imagem desta modalidade tão mal tratada por todos, incluindo por aqueles que a deveriam proteger.

 

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