Repetindo-me...
A poucos dias do início da Divisão de Honra, o país oval parece-me mergulhado em todas as preocupações (Apuramento para o Mundial, Circuito de Sevens, Taça de Portugal, etc...) menos na preparação real e efectiva da mais importante prova de clubes em Portugal.
Se por um lado percebo (afinal são meia-dúzia os carolas que ainda vão dando o seu tempo - gratuitamente - ao Rugby), por outro lado creio que há certo desleixo e secundarização do campeonato. E isso sim, deve merecer a reflexão de todos.
Repetindo aquilo que neste e noutro blog venho escrevendo há cerca de um ano, a Divisão de Honra apresenta problemas gravíssimos, que vão muito além de uma certa falta de competitividade e concentração excessiva da sua disputa na cidade de Lisboa (com a honrosa excepção do CDUP, da «mui Nobre sempre Leal e Invicta cidade do Porto»). Bem haja, CDUP.
Alguns problemas:
a) Bancadas despidas de público (é a malta do costume, dividida por 4 campos diferentes), falta de divulgação (por parte da FPR e dos clubes) e de atenção por parte dos órgãos de comunicação social;
b) Ausência de patrocínio (até ver) credível que apoie a prova, como acontece nos mais fortes campeonatos europeus;
c) Problemas ao nível da arbitragem (e aqui não me refiro à actuação dos árbitros, mas à organização que, até ao momento, não funcionou na sua retaguarda). Espero sinceramente que o novo C.A. possa desenvolver um trabalho mais regular e sensato, na nomeação dos árbitros (e fiscais-de-linha), na exigência de apoio aos mesmos (é imprescindível que a FPR crie um corpo de delegados seus aos jogos) e na formação de mais e melhores homens (e mulheres) do apito;
d) Campos sem condições ideiais para a prática do Rugby de alta competição. Todos, sem excepção, apresentam em minha opinião carências mais ou menos graves, que deveriam ser colmatas através da aprovação de um regulamento sobre infraestruturas desportivas, com controlo efectivo. A letra, no papel, é morta! É preciso fazer cumprir as regras, sob pena de um dia lamentarmos algum acidente grave, num qualquer campo deste país;
e) Desactualização do Regulamento Geral de Competições e do Regulamento respeitante à Divisão de Honra. Ainda no passado domingo se gerou uma enorme confusão relativamente à troca de equipamentos, no Restelo, perante a presença de duas equipas em campo a vestir camisolas azuis. Esta, como outras questões, são omissas dos regulamentos da FPR e a decisão tomada pelo árbitro acabou por não encontrar suporte regularmentar, uma vez que não se baseia em nenhuma «lei» ou norma aprovada pelos clubes ou imposta pela Federação.
Estas são apenas algumas das «milhentas» questões que deveriam merecer, por parte das entidades responsáveis, maior reflexão.
Creio que a proximidade da Jornada 1 da Divisão de Honra não permitirá que nenhum clube ou mesmo a FPR tome a iniciativa de desenvolver esforços para colmatar os problemas estruturais da prova. Ainda assim, creio que algumas das questões levantadas - como a da divulgação das competições nacionais de clubes - podem ser resolvidas com investimentos reduzidos, bastando para isso que alguém «se chegue à frente».
Lamento que, passado mais de meio ano após o encerramento da DH 2005/2006, nada de verdadeiramente importante tenha sido feito nesta matéria. Pela minha parte fui procurando dar os meus contributos. Ora leiam, se tiverem tempo e paciência, esta proposta formulada a 19 de Outubro: «Importação de modelos... e boas práticas!».
A Divisão de Honra vai começar... Que ganhe a melhor equipa. E já agora - perdoem-me o clubismo incorrigível - que a melhor equipa seja, como aconteceu dentro de campo em 2005/2006, o Belenenses.
6 Comments:
a fpr faz tudo para o campeonato centrar-se em lisboa....já conseguiram por acadaémica na 1º divisão(desceu com todo mérito no ano passadp),agora só falta o cdup(espero que não)...de modo a favorecer a selecção...tornando a selecção num propio clube...isto n é só de agora...mas já vem de anos..com a permissão de todos os clubes..custa-lhes ir a coimbra e ao porto uma vez por ano...e o contrario???
A FPR fez alguma coisa para q a Académica descesse? Porquê? Como?
Os jogadores do Técnico deviam ter perdido propositadamente para q houvesse mais um clube de fora de Lisboa na divisão de honra?
O q é q a selecção tem a ver com isto? A Académica desceu e o Rui Cordeiro continuou a jogar na Académica e na selecção.
Existe um plano sinistro para tentar que o CDUP desça de divisão? Em q consiste esse plano?
Espero q o Filipe tenha respostas para estas perguntas.
No blog das escolas de formação do CDUL, vem 1 artigo sobre o campeonato e a selecção de sevens que, caso não seja desmentido, mostra q as coisas às vezes são muito diferentes do q parecem.
Não digam disparates por favor! Amanhã começa o campeonato, grande jogo nas Olaias ás 15h. Técnico(sensação da taça portugal) contra Direito (actual bicampeão nacional).
Rui quanto a questão dos equipamentos alternativos, no regulamento da IRB diz claramente que todas as equipas devem ter um equipamento alternativo, pa evitar estass confusões.
Os regulamentos a actuar em Portugal nao sao so os da FPR. Os da IRB tambem se aplicam aqui. Acho q n devemos fazer da FPR o nosso bode expiratório para tudo o q há de mal em portugal, e parar para reflectir q
nem tudo o q se aplica em portugal está no nosso regulamento, q há entidades a quem a fpr obedece e q os regulamentos q estão em vigor em portugal são os da irb (para as leis do jogo, pontuação, EQUIPAMENTOS, e tudo isso relacionado), e da fpr (relacionados com o modelo competitivo, castigos dos jogadores, etc.)
estes 2 posts sao a minha opinião. n e para ofender ng
abraço
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