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segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Ainda sobre o Irlanda - França

Ontem à noite referi, em post dedicado ao jogo entre Irlanda e França, a atitude de grande desportivismo e bom senso adoptada por Eddie O’Sullivan, o seleccionador nacional irlandês. É que em vez de crucificar o desprotegido Steve Walsh, O’Sullivan preferiu relativizar o efeito dos dois erros do árbitro neozelandês no desfecho de um jogo que muito provavelmente deitou a perder o Torneio e negou aos homens de verde um Grand Slam que buscam desde... 1948!

Não posso todavia deixar de confessar que quando vi Steve Walsh de apito na mão, segundos antes do início da partida, me lembrei das observações nada agradáveis que sobre ele escreveu Brian O’Driscoll (capitão irlandês ausente por lesão) a propósito dos jogos em que o juiz kiwi esteve envolvido, durante a digressão dos Lions à Nova Zelândia.


Legenda: Steve Walsh com Brian O'Driscoll e Gordon D'Arcy, no célebre jogo entre os Lions e os Maori, que valeu a primeira vitória destes últimos sobre a formação do hemisfério norte.

Atenção: não estou a sugerir que Walsh prejudicou deliberadamente a Irlanda, como vingança contra O’Driscoll. Sendo um árbitro profissional, os dois erros de ontem custar-lhe-ão caro, e Walsh é também um dos penalizados do jogo de Croke Park. Mais acrescento que é de louvar o reconhecimento, por parte do árbitro e em pleno relvado, do erro.

Walsh poderia ter tido a tendência para compensar a Irlanda, mas tentou libertar-se da pressão e foi nitida a sua preocupação de não voltar a errar.

Confesso que o seu estilo autoritário – O’Driscoll fala nele, em «A Year in the Center» - não me agrada particularmente. Todavia, e curiosamente na sequência de erros graves, foi possível verificar no mesmo homem uma outra face, mais modesta e justa.

Um exemplo a reter, tal como o de O’Sullivan.

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2 Comments:

At 5:51 da tarde, Blogger Rui Silva said...

Miguel, o que é certo é que as duas decisões erradas do Steve Walsh impediram um ensaio certo e um ensaio provável...

Agora, o que está aqui em causa não é tanto o erro, mas o seu reconhecimento.

Abraço,
RV

 
At 11:40 da manhã, Blogger Rui Silva said...

O segundo erro é aquele em que o Marcus Horan dá um pontapé na bola, passa pelo francês a caminho do ensaio e é-lhe puxada a camisola.

 

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