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domingo, dezembro 17, 2006

Entrar a vencer!

O Belenenses disputou esta tarde, em Cascais, o primeiro encontro a contar para a edição 2006/07 da Divisão de Honra, prova principal do Rugby nacional. Os azuis do Restelo venceram por 11-25 e somaram os primeiros 4 pontos da fase regular.

O jogo era a contar para a 3ª jornada, mas para os azuis foi o primeiro, adiadas que estão as jornadas 1 e 2 (contra CDUL e Técnico, respectivamente), devido ao elevado número de jogadores do Belenenses que estão se encontravam ao serviço da selecção nacional de «Sevens».

Disputado em relva sintética – à qual os jogadores do Belenenses não estão habituados – o encontro teve como palco o moderno Complexo Desportivo do Dramático de Cascais, situado na Guia, e contou com a presença de observadores das instâncias internacionais que regulamentam o Rugby (IRB e FIRA-AER).

Era sabido que a partida não seria fácil. O Cascais havia batido em casa o CDUP e contava já com um número considerável de jogos oficiais realizados, por oposição a um Belenenses, que apenas com dois jogos «a doer» contados desde Setembro ainda procura rotinas e um maior ritmo de jogo.

O Belenenses apresentou de princípio com um XV composto por: Juan Murré, Paulo Santos e Cristian Spachuk; Mata Pereira e Fezas Vital, Valter Jorge, João Uva (capitão) e Reggie Perkins; Bruno Nifo e Diogo Miranda; Tiago Cabral, Gonçalo Lucena, Diogo Pinheiro e Duarte Bravo; João Mirra.

Começou bem a equipa do Restelo, que durante os primeiros minutos tomou a iniciativa do jogo, obrigando o Cascais a cometer faltas. Numa das penalidades assinaladas no meio campo adversário, Diogo Miranda chutou pela primeira vez aos postes e estabeleceu a primeira vantagem da tarde (0-3).

Respondeu bem o Cascais, que chegou ao ensaio através de um maul, quando o pack do Belenenses se encontrava reduzido a 7 unidades, por expulsão temporária de João Uva.

A equipa belenense voltou a chutar aos postes (5-6), mas antes do intervalo nova penalidade a favor do XV da casa fixava o primeiro parcial em 8-6. Ao intervalo a vantagem da equipa do Cascais penalizava a passividade azul.

O encontro recomeçou com o lesionado Mata Pereira a sair, para a entrada de Salvador da Cunha, passando o sul-africano Reggie Perkins a alinhar na 2ª linha. David Mateus também reforçou a linha de «três-quartos», por troca com Gonçalo Lucena, lançado para a posição de 1º centro pela equipa técnica na partida desta tarde.

Uma falta azul permitia ao Cascais alargar a vantagem, e pouco depois era Fezas Vital a sair, também lesionado. Entrou para o seu lugar Marco Miroto, refrescando ainda mais o pack, que começou a trabalhar com mais eficácia.

Aos 52 minutos o maul do Belenenses foi intencionalmente derrubado a escassos metros da área de validação (sem consequências para o Cascais). Todavia, apenas um minuto depois, nova jogada de «touche-maul» permitia a Valter Jorge marcar o primeiro ensaio do Belenenses, convertido por Diogo Miranda (11-13).

Aos 69 minutos, uma bola aparentemente perdida no meio campo azul foi recolhida por Duarte Bravo, que correu muitos metros por entre adversários, evitando placagens e entregando a bola a David Mateus, o qual embalado não teve dificuldade em fazer o 11-18.

No reatar do jogo, Valter Jorge (que se encontrava a jogar na posição n.º8) sofreu uma forte pancada na cabeça, vendo-se obrigado a deixar o terreno. Nova alteração no Belenenses, com Murteira a entrar para a primeira linha e Cristian Spachuk a recuar para o centro da 3ª linha. Em campo encontrava já também o médio-formação argentino Ramiro Alvarez.

O Belenenses corria contra o tempo, em busca de mais dois ensaios e, na sequência de uma formação-ordenada, Spachuk pega na bola e «atropela» vários adversários, parando apenas na área de validação. Após conversão de ângulo difícil, Miranda colocava o marcador em 11-25.

Com o relógio a chegar aos 80 minutos, e já com Diogo Castro em campo, o Belenenses lançou vários ataques à mão, mas sem sucesso.

No final do encontro, e com 3 ensaios marcados, os azuis somaram os primeiros 4 pontos (correspondentes à vitória), mas não alcançaram o ponto bónus.

O jogo foi apitado por António Moita, auxiliado por Pedro Murinello e Tiago Silva.

3 Comments:

At 7:45 da tarde, Blogger Rui Silva said...

Miguel,

O Reggie jogou 80 minutos, esteve muito lutador e empenhado. Jogo a n.º8 na 1ª parte e na segunda linha, depois do intervalo. Teve dois tipos de dificuldade: na comunicação com os colegas e na adaptação ao sintético. Ainda assim esteve bastante bem, apresentando notável condição física e excelente visão de jogo, própria de um jogador que vem de campeonatos muito competitivos (Top-14, Pro2, NPC...) e que é também treinador de nível 2 na África do Sul.

Quanto ao argentinos, apenas o Ramiro Alvarez jogou, durante 20 minutos, substituindo o Nifo. Esteve bastante bem, muito rápido e destemido. Como qualquer argentino adora o jogo físico, a placagem, o ruck... isto apesar de ser um formação pequeno (1.73m e 71kg).

Nos últimos minutos do jogo encontrou uma brecha na defesa do Cascais e apenas muito perto da área de validação foi placado.

Ainda não deu para avaliar bem a qualidade do passe e o tipo de tomada de decisão (até porque com o Cristian a jogar a n.º8 a bola não chegou ao formação a quando das mêlées... LOL), mas parece-me um excelente formação/abertura.

Um abraço e até 6ªfeira (certo?).
Rui Vasco

 
At 10:03 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Boas!
Sou adepto do Dramático de Cascais e tive oportunidade de ver o jogo ao vivo no nosso sintético. Parabens ás duas equipas. Tirei bastantes fotos do jogo que podem ver no forum do cascais em:
http://www.dramatico-cascais.com/forum/viewtopic.php?t=22
(é preciso efectuar registo)

Abraços
Rui Vasconcelos
ruivasconcelos@dramatico-cascais.com

 
At 6:14 da tarde, Anonymous Anónimo said...

80 minutes for Reggie! Bravo

 

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