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quinta-feira, abril 05, 2007

Entrevista a Miguel Freudenthal

Cerca de duas semanas antes da partida de várias equipas dos escalões de formação do Belenenses para a Escócia, o responsável pela digressão, Miguel Freudenthal, respondeu a algumas questões colocadas pelo nosso Blog sobre a viagem da delegação azul ao pais dos «kilts», onde para além de treinar e jogar os jovens jogadores belenenses terão a oportunidade de contactar com uma outra realidade do Rugby.


Legenda: Miguel Freudenthal (à direita) com Manuel Costa (Créditos: Blog das Escolas do Belenenses).

Pela disponibilidade demonstrada o nosso agradecimento a este responsável azul.

Belenenses XV (BXV): Como surgiu este hipótese de levar dezenas de rapazes das nossas equipas de benjamins, infantis, iniciados e juvenis à Escócia?

Miguel Freudenthal (MF): Trata-se de uma ideia da Direcção das Escolas de Rugby do CFB e da respectiva equipa técnica em por em contacto os seus jovens atletas com outras realidades, mais evoluídas, do rugby mundial.

Queremos manter-nos no topo das Escolas de Rugby a nível nacional, para isso temos que oferecer aos praticantes hipóteses de eles melhorarem o jogo nas suas vertentes tácticas e técnicas.

Por outro lado, serve como prémio a muitos e muitos atletas que, apesar de muito jovens, têm já vários anos de prática da modalidade - em alguns casos 10 anos!

BXV: Quanto são os membros da comitiva azul, entre jogadores, técnicos e dirigentes?

MF: A comitiva é composta por 68 atletas de 4 escalões (dos 10 aos 17 anos), 5 treinadores, 1 fisioterapeuta, 6 dirigentes e 17 pais acompanhantes.

BXV: As nossas equipas vão participar em algum torneio específico?

MF: Não propriamente. Teremos uma sessão de treinos durante uma manhã inteira ministrada por técnicos escoceses credenciados pelo IRB (International Rugby Bord), e 2 jogos para todos os escalões contra uma equipa local de Edimburgo.

BXV: O programa da digressão envolve uma forte dimensão desportiva, mas não esqueceu a componente cultural. Quais foram as preocupações da secção quando definiu o programa da Digressão?

MF: A componente desportiva é a mais importante, daí que as nossas preocupações se centrem em facultar aos atletas hipóteses de melhorar a qualidade do seu jogo. Não obstante, preocupamo-nos também em proporcionar momentos de interesse cultural com o objectivo de atrair pais para nos acompanharem na digressão, para também eles poderem testemunhar que o Rugby é uma modalidade que se preocupa com temas sociais e culturais. Em causa está sempre a formação da pessoa e do atleta em todas as suas vertentes.

BXV: Para além da visita a Murrayfield, a delegação assistirá a algum jogo de seniores entre equipas escocesas?

MF: Não, essa oportunidade perdeu-se ao termos alterado a data da digressão para uma altura mais conveniente para a nossa equipa Juvenil que disputou - e conquistou - a final do campeonato nacional.

BXV: E no que diz respeito ao futuro, há mais alguma digressão em perspectiva?

MF: Todos os anos as Escolas de Rugby do CFB realizam digressões ao estrangeiro, inclusive no ano passado realizámos 2 digressões (Madrid e Toulouse). Para 2008 prevemos, no mínimo, voltar a Toulouse com todos os escalões, incluindo os mais novos (Bambis).

Digressões com o impacto da deste ano repetir-se-ão provavelmente de 2 em 2 anos.

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