Força Diogo!
A época 2006/2007 da equipa de Munster tem corrida abaixo das expectativas, e os maus resultados desportivos (moderadamente maus, diria eu) levam os apaixonados adeptos da equipa da província a questionar uma série de decisões e estratégias levadas a cabo por quem tem o poder de dirigir o «clube» actual campeão europeu.
A formação ficou-se pelos 1/4 de final da Heineken Cup, e na Magners League ocupa um modesto 7º lugar, com 36 pontos (8 vitórias e 8 derrotas)... a muitos dos 51 pontos da equipa rival de Leinster.
Uma das questões que tem sido levantada pelos adeptos relaciona-se com a aposta feita em jogadores de fora (estrangeiros) em detrimento da «prata da casa», no que diz respeito aos lugares em aberto na equipa. A aquisição de jogadores bem pagos, como o «kiwi» Cristian Cullen, são considerados erros de gestão, e a chamada à província de outros atletas desconhecidos (como Diogo Mateus) levanta interrogações junto daqueles que vêem nos muitos jovens irlandeses formados nas escolas de Rugby do país (bem como no apetecível e actualmente caótico «mercado» escocês) o futuro da selecção provincial.
Diogo Mateus partiu para Munster para alinhar na AIL2 (UCC), e de olhos postos numa oportunidade no contexto da Magners League. Foi chamado duas vezes ao banco, mas em nenhuma delas foi opção para a equipa técnica (apesar da equipa ter perdido os dois jogos de forma clara), o que levou vários adeptos a questionar-se acerca do porquê da sua contratação.
Muitos irlandeses gostariam de ver o Diogo ter uma oportunidade real na Magners League, mas a má época da equipa de Munster – bem como a contratação de jogadores com créditos firmados para a mesma posição – não permitiu ao nosso n.º12 nacional mostrar aquilo que sabe nos grandes palcos da competição celta...
O que é certo é que se no início da temporada o Munster Branch se demonstrava reticente em libertar o jogador para as provas de Sevens da IRB, o Diogo já participou nas etapas de Hong Kong e Adelaide, depois de ter estado ao serviço da equipa de XV nos jogos decisivos da repescagem. Em suma: há muito que se encontra ausente da Irlanda.
Não sei se a aventura irlandesa do centro azul chegou ao fim, ou se ainda terá novos capítulos, com oportunidades mais efectivas. Pela minha parte, e porque o admiro bastante (como jogador pela qualidade, como pessoa pela humildade), apenas espero que a vida lhe corra como deseja.
Força, Diogo!
2 Comments:
Também espero que consiga seguir a carreira internacional. para bem dele e do rugby português. É um grande jogador e merece tda a sorte do mundo.
O Diogo é o exemplo concreto do jogador que se tem dedicado ao Rugby de corpo e alma. O seu caminho tem sido construído na base do sacríficio e da entrega à modalidade.
Por isso foi jogador do ano duas vezes, e só não foi a 3ª porque a FPR terá achado que devia distinguir igualmente outros atletas. É justo.
É como diz, caro amigo: TODA A SORTE DO MUNDO, DIOGO! As portas do Restelo estão sempre abertas para uma pessoa e um jogador como tu, mas que passes muitos e bons anos nos melhores campeonatos da europa (ou do mundo...).
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