Porque não uma nova Taça?

Há algum tempo atrás escrevi no Blog Rugby Azul um artigo acerca das três hipóteses apresentadas pelas FPR aos clubes relativamente ao calendário de competições seniores 2006/2007. Uma das propostas - preterida em favor de uma outra - previa a instituição (ou re-instituição) de uma Taça de Honra no início da temporada. Pela minha parte já apresentei os argumentos que considerava (e considero) justos, e continuo a defender que há jogos e provas a menos no calendário senior luso.

Sobre o assunto não direi mais nada... Agora, dentro da proposta aprovada há sempre a possibilidade de fazer «ajustes» e melhorar a chamada Divisão de Honra, tornando-a mais atractiva. Já o escrevi muitas vezes: a prova, tal como está, é uma morte lenta do Rugby de clubes, que vai vivendo da visibilidade da nossa selecção.

Uma das formas de valorizar a Divisão de Honra, nomeadamente a sua «fase regular», é premiar a equipa vencedora das 14 jornadas disputadas em duas voltas de «todos contra todos». Um género de vencedor da fase de regularidade, que longe de apurar o Campeão Nacional (esse será decidido num jogo único, por acordo dos clubes...) seria antes um justo reconhecimento para o XV com o percurso mais homogéneo (pela positiva) ao longo da temporada.

Disputar 14 jornadas apenas para ordenar/emparelhar equipas em eliminatórias da fase final é... pouco motivante. No fundo, para as equipas que lutam por se qualificar entre os 4 primeiros, ficar em 1º ou em 4º é a mesma coisa... tirando a relativa vantagem de jogar a meia-final em casa. Coisa pouca. Coisa que não atrai, nessa fase, gente aos campos!

Defendo, e creio que seria bom para a Divisão de Honra (e fácil de implementar), que o 1º da fase regular seja distinguido com a chamada «Taça Regularidade» (ou com uma Taça com nome de patrocinador a «engatar»... que bom sinal seria). Depois... bem, depois decida-se quem é o melhor de Portugal em 80 minutos.