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domingo, setembro 17, 2006

Rugby e Nutrição: a Cerveja

Beber uma cerveja não faz mal a ninguém... Aliás, sendo eu um amante da cerveja (bebida com moderação), não me faz confusão nenhuma que também os jogadores de Rugby de alta competição possam consumir esta bebida de forma racional e responsável. Importa todavia que estes últimos tenham perfeita consciência dos efeitos que o simples consumo de uma garrafa de cerveja no fim de uma partida pode ter no seu corpo e no processo de recuperação do esforço.


Legenda: Anton Oliver, talonador All-Black, brinda com cerveja, após a vitória dos neozelandeses em Murrayfield, em Novembro de 2005 (Créditos: Rugby Heaven).

É precisamente esta matéria que se encontra abordada no texto que transcrevemos em seguida, retirado do site PODIUM, associado ao Jornal Público. O artigo - intitulado «Cerveja traiçoeira» - deverá ser lido pelos praticantes de Rugby e avaliado pelos mesmos de acordo com a forma como vivem a modalidade e o seu desempenho desportivo. Que retirem dele as consequências que acharem mais correctas.

Beber após esforços
A cerveja traiçoeira
2004-05-24
Por Duarte Ladeiras

Fresca, leve e com menor teor alcoólico que muitas outras bebidas, a cerveja é muitas vezes usada por atletas, no final de um esforço, para satisfazer a sede. Contudo, beber cerveja nestas circunstâncias não traz qualquer benefício.

Usar esta bebida para fugir a um controlo “antidoping” é uma técnica obsoleta. São precisas várias cervejas para acelerar a excreção de urina e o consumo de álcool também punível pelos regulamentos antidopagem.

Para além disso, é desaconselhável utilizar esta bebida para repor líquidos no corpo, devido às suas propriedades diuréticas. “É verdadeiramente conveniente tomar uma bebida diurética no momento em que as reservas hídricas do organismo estão desfalcadas? Em teoria, poderá mesmo agravar este défice. Não podemos esquecer que a prioridade do organismo, quando terminado o esforço, é restabelecer o volume plasmático (a parte líquida do sangue). Uma vez alcançado este objectivo, podem começar a funcionar as virtudes diuréticas de certas bebidas. Portanto, será numa segunda fase que a cerveja poderá revelar-se eficaz e ajudará a eliminar certos desperdícios formados durante o esforço”, explica Denis Riché no livro “L’aliméntation du sportif en 80 questions” (“80 Perguntas y Respuestas sobre la Alimentación del Desportista”, versão em castelhano à venda em Portugal)

Segundo este autor, a cerveja é também pobre em sódio, substância importante na recuperação do volume plasmático e na dissolução dos desperdícios: “Esta diminuição do risco de cristalização, especialmente a nível renal, manifesta-se a prazo tão importante como a rapidez na eliminação dos desperdícios”, diz.

Há ainda um terceiro factor que desaconselha o consumo desta bebida logo após esforços físicos: as influências nefastas do álcool no organismo. Esta substância é rapidamente absorvida pelo organismo e “perturba o metabolismo e a capacidade do organismo em restabelecer a glicemia [presença de açúcar no sangue]”.

5 Comments:

At 1:10 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Off topic: há novidades sobre a eventual ida do Diogo Mateus para o Munster?

Eu sei que a função de um blog não é fazer entrevistas, mas vocês que são 100% adeptos do râguebi e 100% Belenenses não lhe poderiam fazer uma mini-entrevista sobre a evolução do assunto, nem que fosse por mail?

Um abraço,
Duarte

 
At 8:41 da manhã, Blogger Rui Silva said...

Duarte

As entrevistas estão aí a rebentar... aguarde que terá boas surpresas. Algumas surpreedentes.

Ao Diogo não está previsto, mas é de facto uma excelente ideia. Tentarei (tentaremos) concretozá-la!

Abraço

 
At 2:11 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Óptimo!

 
At 11:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

ai se a Fernanda Assis visse isto..."concretozá-la"...esta palavra não me parece constar nos dicionários portugueses...

 
At 3:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

"Concretozá-la" é, claramente, uma gralha. Saíu um "o" em vez de um "i" (estas letras estão lado a lado nos teclados)

"À manhã", em vez de "amanhã", é um erro grosseiro que revela um enorme desconhecimento da língua portuguesa.

Gralhas e erros não são a mesma coisa.

Mas não desejo mal a ninguém. O que digo é que, se não sabem português, aprendam, ou, ao menos, usem um dicionário online. Não se podem cometer erros destes (e já foram tantos) no site oficial duma Federação Nacional.

 

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