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terça-feira, janeiro 02, 2007

Soltas de início de ano...

Antes de mais, bom ano a todos! Que 2007 seja um ano feliz para a comunidade do Rugby luso e para os seus protagonistas.

Aliás, 2007 tem tudo para ser «o» ano do Rugby português: a Taça do Mundo - o Campeonato do Mundo, como lhe chamamos em Portugal - é já «amanhã», e no entretanto temos 2 eliminatórias para superar, contra duas equipas ao nosso alcance: Marrocos e Uruguai.

Fazendo votos e tendo fé no apuramento não podem todavia, aqueles que realmente querem bem ao Rugby nacional, ficar apenas concentrados no sonho do Mundial. O Rugby não se esgota na selecção... aliás, pelo contrário, é na selecção que ele se poderá esgotar, caso não sejam tomadas medidas com a devida urgência!

É preciso dar nova vida à formação e às competições dos escalões de formação e pré-competitivos. Incentivar mais rapaziada a entrar para o Rugby, assumir o aumento do número de praticantes como o objectivo n.º1 da modalidade em Portugal! Alterar de forma mais ou menos radical o desajustado modelo competitivo dos escalões de juvenis e juniores, criando condições para que todos os jogadores e todas as equipas «saquem» das provas em que se encontram envolvidas o maior benefício possível.

É preciso investir de forma séria e absolutamente eficaz nas competições nacionais de seniores, e em particular no Campeonato Nacional de Honra! Sejamos claros: a prova está (quase) morta, sem público, com escassos patrocinadores, sem uma transmissão televisiva que justifique às piedosas empresas que enterram o seu dinheiro no Rugby tal «sacrifício»! A qualidade dos jogos é sofrível, o calendário da prova sofre permanentes alterações, os campos apresentam deficientes condições para a prática da modalidade... Ninguém, que não «a malta do Rugby», conhece a prova máxima da modalidade! Não fossem os jornais «A Bola» e «O Jogo» e nem de Rugby se ouviria falar no mundo desportivo português.

2007 terá de ser «o» ano do Rugby.

Se formos apurados para o Mundial... com certeza teremos mais gente a olhar para o pequeníssimo mundo oval luso. Será pois coisa boa, não apenas no aspecto desportivo, mas também mediático, organizativo e até - se trabalharmos convenientemente - financeiro!

O problema é que, como já referi antes e por diversas vezes, para inverter o «definhamento» (aparentemente camuflado pelos resultados da selecção) em que se encontra a modalidade, TODOS terão de assumir o compromisso de trabalhar pelo Rugby, tomando nas suas mãos tarefas concretas (não apenas intenções!) que elevem a modalidade ao patamar que merece.

Apontar o dedo é fácil. Aliás, no Rugby português TODOS apontam o dedo a TODOS. A culpa de tudo e mais alguma coisa é sempre do parceiro do lado: os clubes apontam o dedo à Federação, os jogadores aos dirigentes, os técnicos à falta de organização, os dirigentes à falta de meios... Tudo «à portuguesa». O que acontece é que o «comboio» do desenvolvimento não pára, e pelo contrário acelera.

Estará o Rugby português disposto a lutar, fora de campo, para que 2007 seja efectivamente um ano de sucesso?

Se estiver, com ou sem apuramento estaremos no bom caminho.

2 Comments:

At 1:57 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Porque não voltar a incentivar a formação de selecções regionais nos escalões de formação.
Dessa forma mais jogadores poderiam ter treinos de nível mais elevado, teriamos um leque de jogadores mais motivados, pois em qualquer escalão, ser convocado para uma selecção, mesmo que regional, já é uma coisa importante, e além essas selecções poderiam jogar de forma mais regular contra selecções regionais espanholas.
penso que o ideal seriam 4 ou 5 selecções, por exemplo, uma do Norte, uma do Centro, lisboa 1 e lisboa 2 (aqui certos clubes dariam jogadores para uma e outros para a outra) e sul.
Além disso, a federação poderia por os seus treindores dos varios escalões etários para dar sessões de treino, o que seria na maior parte dos casos um avanço para quase todos os miudos
abraço

 
At 10:17 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Outra coisa interessante seria rodar os treinadores dos varios clubes por essas mesmas seleccoes, ainda que como adjuntos, pois também os Treinadores precisam de ganhar ritmo competitivo e ainda que frequentem cursos isso por vezes nao chega faltanto a oportunidade de trabalharem com "orientadores" experientes...

elevar o nível!!

 

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