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quarta-feira, agosto 09, 2006

Austrália: a vergonha de Wendell...

Quando um atleta é apanhado nas malhas do dopping cai sobre si - de forma justa, quando esse dopping é tomado de forma consciente! - o estigma do mau desportivista, desonesto para com os adversários, colegas de equipa e com o emblema que representa. O dopping é de facto um problema de grande actualidade no desporto...

Mas igualmente actual é o problema dos hábitos e comportamentos dos desportivistas, dentro e fora dos campos/recintos desportivos. Alguns atletas adoptam posturas excêntricas, que os promovem comercialmente, mas diminuem desportivamente. É um balanço que fazem, tentando «sacar» dele o maior proveito possível. Outros, são apanhados quando menos esperam, já que os regulares exames médicos a que estão sujeitos (felizmente!) lhes «tiram a radiografia» não apenas da sua saúde, mas também dos seus comportamentos mais recentes.

Wendell Sailor foi recentemente «apanhado» por esses mesmos testes, que revelaram indícios de consumo de cocaína no seu sangue. Convenhamos que é grave, ainda para mais sendo Wendell um atleta de topo da Rugby Union e da Rugby League australianas, tendo no seu currículo marcas invejáveis. Trata-se de um jogador da selecção da Union dos Wallabies e da equipa dos Warathas, no Super14.


Legenda: Wendell Sailor, ao serviço dos Wallabies.

Sailor luta agora pela sua sobrevivência como jogador de Rugby profissional, utilizando para isso argumentos perfeitamente... inacreditáveis! Como não pode negar o consumo das drogas, Sailor afirma que o consumo de cocaína 4 dias antes de um jogo não contraria regulamentos, e que o castigo a aplicar para o consumo deste tipo de drogas deve levar em linha de conta anteriores decisões judiciais, como a que aconteceu relativamente ao tenista argentino Mariano Puerta.

O que é certo é que nos próximos dois anos, Wendell Sailor terá de ver o Rugby na bancada... O que certamente afectará o seu percurso desportivo profissional, já que quando estiver novamente disponível para a competição terá... 34 anos!

Um exemplo - pela negativa - a ter em conta!

Sobre comportamentos correctos e incorrectos levados a cabo por atletas publicaremos em breve dois artigos de sensbilização, baseados em textos «oficiais» da RFU. Por hora fica esta notícia chegada do outro lado do mundo, que já fez correr muita tinta.