:: Belenenses XV ::: junho 2007

quarta-feira, junho 27, 2007

Calendário dos Lobos

Segundo um comentário no blog Zé do Melão este é o presumível calendário da selecção nacional:

Os Lobos passaram as ultimas 4 semanas a treinar fisicamente em Lisboa, de segunda a sábado, 2 vezes ao dia.

Tiveram agora direito a umas «ferias», onde devem treinar por conta própria.

Recomeçam a 13 de Julho, com um estágio no Alentejo.

Dia 16 de Julho fazem exames médicos em Lisboa, treinam dia 17 e 18 em Lisboa, e depois passam 4 dias nos fuzileiros.

Treinam de 25 a 28 em Lisboa e depois partem para o Algarve, para um estágio de 10 dias.

Onde irão realizar 2 jogos treinos contra equipes inglesas da 1ª divisão.

Dia 7 de Agosto partem para o Canadá, onde ficam por 12 dias a treinar.

Jogam 2 jogos lá, um contra uma provincia e outro contra o Canadá, dia 18.

Partem dia 22 para Itália, onde jogam com Itália dia 25.

Partindo no inicio de Setembro para França.


PS: embora esta seja uma informação dada por um anónimo presumo que seja correcta, ou pelo menos próxima do correcto, pois o meio do rugby em Portugal é muito pequeno e com os lobos não se costuma brincar.

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domingo, junho 24, 2007

Mêllée - problema interno e externo

É no Estádio Nacional que está instalada a máquina de Treino específico de Formação Ordenada (Mêllée) do Belenenses, um elemento fundamental para a preparação de uma equipa.

Esta máquina é utilizada pelas equipas do Belenenses (nomeadamente seniores e júniores) e também pelas várias Selecções Nacionais.

Perguntam vocês: E a Selecção Nacional não tem uma máquina própria?

Respondo eu: Tem, mas está a um canto do relvado do Jamor há anos, sem uso algum e deitada ao abandono. A máquina em questão é pneumática, com valências excelentes, uma modelo de topo e consequentemente de um custo elevadíssimo.

Neste momento a Máquina do Clube está a ser utilizada no Estágio de preparação para o Campeonato do Mundo pelos Lobos, mas está no mesmo caminho da da Selecção.

Precisa-se urgentemente de manutenção para este património azul, uma capa de protecção, de uma desbastagem, uma pintura nova e uma renovação das almofadas.

PS: Hoje eu e o Prof. Henrique Rocha retirámos e transportámos as almofadas do campo para a arrecadação das bolas, pelo menos durante o verão não ficam ao relento a sofrer danos desnecessários... ficam informados os técnicos e dirigentes do Belenenses que as almofadas não foram roubadas.

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quarta-feira, junho 20, 2007

Rugby na TV

Esta noite no programa «um contra todos» surgiu uma pergunta sobre a nossa modalidade:

Uma equipa de râguebi entra em campo com quantos jogadores?

A- 8
B- 15
C- 25



Estas foram algumas frases que consegui apanhar:

«sabe o que é rugby?»
«sei que fomos a 1ª equipa amadora a chegar ao campeonato mundial»

«são os lobitos, que são muito queridos»
«faz lembrar os escuteiros» a mim não!

«aquelas reuniões...» são as mêlleés
«vou comprar esta resposta»

«não tem assim regras muito...»
«têm que chegar até a uma baliza acho»

«acho que é a resposta A[8]»

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Rui Vasco fala ao país!

Conheçam a entrevista de um dos editores deste blog (o Rui Vasco) em:

http://coisasderugby.blogspot.com/2007/06/entrevista-blogue-do-belenenses.html

abraço

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Breve

Um Ruck não se pode transformar em Maul... um Maul pode transformar-se em Ruck, mas provavelmente é derrube intencional do Maul.

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segunda-feira, junho 18, 2007

Repto

Ainda vamos a tempo de inscrever uma equipa no torneio final de sevens seniores...

Fica a ideia

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Festão

No passado sábado, dia 16, juntou-se a família e festejou-se mais uma época azul no mundo oval.

Quem lá esteve comeu, bebeu, dançou e riu desalmadamente.

Momentos que ficam na memória da família do rugby azul, alguns destes momentos estão registados e em breve publicarei um vídeo com grandes imagens da noite.

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terça-feira, junho 12, 2007

Festa/Arraial do Rugby do Belém é dia 16

A Secção de Rugby do Belenenses encontra-se a organizar o jantar final da temporada 2006/2007, o qual terá lugar no Estádio do Restelo («Topo Norte» do campo principal do Restelo) no próximo dia 16 (sábado), pelas 19:00 horas.

A ementa será variada e bem regada (agora que a temporada terminou já pode ser...). Está prevista a matança de dois porcos, cerveja e vinho em quantidades generosas e música a partir das 23:00 horas.

A vista será deslumbrante - ou não fosse o Topo Norte do estádio do Restelo um autêntico terraço sobre o Tejo e sobre a zona história de Santa Maria de Belém - e para ter acesso a esta grande festa azul, os interessados terão de pagar apenas:

- 5 euros para jogadores no activo;
- 15 euros para acompanhantes de jogadores (namoradas, etc.);
- 25 euros para casais.

Como os lugares são sentados, pede-se que as inscrições sejam feitas para o e-mail geral da secção (belenensesrugby@netcabo.pt), ao cuidado do Manuel Resende. Ainda assim, quem não conseguir inscrever-se de forma atempada poderá aparecer na mesma, pagando o jantar no próprio dia.

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segunda-feira, junho 11, 2007

Juniores vencem TN de Sevens

A equipa junior do Belenenses venceu o Torneio Nacional de Sevens, disputado no Estádio Nacional (Jamor) no passado fim-de-semana.

Resultados:

Grupo A: Lousã, 7 - Belenenses, 52
Grupo A: Agronomia, 12 - Belenenses, 27
1/2 Final: Belenenses, 27 - Belas, 5
Final: Belenenses, 19 - Direito, 5

Registo para o reduzido número de equipas participantes: apenas 6 (Belenenses, Direito, Agronomia, Técnico, Lousã e Belas), após a falta de comparência da Académica.

Os juvenis também estiveram em prova, e chegaram à 1/2 final de um Torneio com um número maior de equipas (12). Os resultados obtidos foram os seguintes:

Grupo D: CDUL D, 14 - Belenenses, 19
Grupo D: Belenenses, 14 - Belas, 14
Grupo D: Belenenses, 24 - Direito B, 5
1/2 Final: Belenenses, 0 - Direito, 43
Vencedor: Direito

O Belenenses apresentou-se muito desfalcado, e apenas com um jogador de 3/4's habitual titular da equipa que este ano ganhou tudo o que havia para ganhar.

Aos juvenis e juniores, desejo de boas férias. Que regressem para um 2007/2008 com muito treino, muito suor e... muitas vitórias.

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domingo, junho 10, 2007

Nova época

A nova época está cada vez mais próxima e importa prepará-la de uma forma estruturada.

O primeiro problema que se levanta é a alteração de escalões, que por incrível que pareça para todos os efeitos é uma incógnita... porquê? depois da reunião da passada 2ª feira ainda não foi confirmada nenhuma decisão pela parte da FPR. Por enquanto ainda só podemos contar com o «diz que disse», recomendo a leitura do artigo do Francisco Branco no MV, e parece que os escalões vão ficar assim:

Sub 8 - 6 e 7 anos
Sub 10- 8 e 9 anos
Sub 12- 10 e 11 anos
Sub 14 - 12 e 13 anos
Sub 16- 14 e 15 anos
Sub 18- 16 e 17 anos
Sub 20 (que apenas durante a próxima época serão Sub 21)- 18, 19 e 20 anos
Seniores
Feminino


É um facto que o rugby português está crescer quantitativamente e qualitativamente mas este crescimento não está a ser acompanhado pelo aumento de infraestruturas e de treinadores qualificados.


A primeira questão que se levanta é sem dúvida os campos, onde treinar e onde competir?

«Estamos a rebentar pelas costuras»

O problema é sobejamente conhecido e não vale a pena martelá-lo muito mais, ou se calhar vale... onde é que vamos enfiar os mais de 170 jogadores que às 3ªs e 6ªs temos a treinar?

Como é que podemos manter a qualidade de uma sessão treino dividindo mais ainda a área de treino para cada escalão?
Esta diminuição do espaço disponível para cada escalão treinar parece que não influencia muito, mas é muito perceptível numa competição principalmente em termos de ocupação territorial e em termos da tomada da decisão.

«Uma equipa joga como treina»


Outro dos grandes problemas que vamos enfrentar será o número de treinadores.

Ter treinadores não é difícil, mas o complicado é ter treinadores qualificados.

Podemos sempre recorrer à solução de pedir a uns pais e antigos jogadores que se lancem na tarefa de treinadores, mas não lhes podemos pedir que saiam mais cedo dos empregos para preparem os treinos, que se actualizem em termos técnicos e tácticos, nem que planifiquem uma época de competições. Esta solução não é viável.

Precisamos de treinadores qualificados, enquadrados e com objectivos bem definidos.

Treinadores a 100%

Outros detalhes também são importantes nomeadamente um que não é um detalhe e que o Francisco Branco tão bem focou no Blog nortenho:

«Defendo que as escolas não devem financiar os seniores, sub 20 e sub 18. Devem sim, financiar-se a si próprias e INVESTIR em si próprias. O rugby sub 16 é um "produto" diferente do rugby supra 16! Logo tem de ser gerido de maneira diferente.»

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sábado, junho 09, 2007

All Blacks trocidam França (61-10)

Uma semana depois da primeira vitória desta mini-série de jogos amigáveis contra a França, a equipa da Nova Zelândia voltou a afirmar-se como uma das mais sérias candidatas à vitória do Mundial de Setembro, trocidando os vencedores do VI Nations 2007 por... 61-10.

A vitória, alcançada em Wellington, constitui um novo recorde entre os dois países, e é a oitava consecutiva dos AB contra a equipa n.º1 do hemisfério norte.

Os homens de negro marcaram 9 (nove!) ensaios aos gauleses (Oliver, Kelleher, Rokocoko 2, MacDonald, Toeava, Collins, Mealamu e Evans) e sofreram apenas um (Julien Laharrague).

Mesmo tendo em conta que a África do Sul também anda a «despachar» com grande facilidade os colossos do Norte, e que a Austrália deverá querer assegurar o 3º título mundial (depois de este lhe ter escapado em Sidney no ano de 2003), haverá alguma equipa que neste momento se equipare aos All Blacks?

O Tri Nations 2007 poderá esclarecer algumas - apenas algumas - dúvidas. Todavia, apenas em França as equipas se apresentarão para ganhar. A ver vamos...

Ficha de Jogo:

Nova Zelândia, 61 - França, 10
Ao intervalo: 30-3
(9-1 em ensaios)

Nova Zelândia: Leon MacDonald, Joe Rokocoko, Isaia Toeava, Luke McAlister, Sitiveni Sivivatu, Nick Evans, Byron Kelleher, Rodney So'oialo, Richie McCaw (capitão), Jerry Collins, Ali Williams, Chris Jack, Carl Hayman, Anton Oliver, Tony Woodcock. No banco: Doug Howlett, Ma'a Nonu, Brendon Leonard, Chris Masoe, Troy Flavell, Neemia Tialata, Keven Mealamu

França: Thomas Castaignede, Julien Laharrague, Arnaud Mignardi, Lionel Mazars, Jean-Francois Coux, Benjamin Boyet, Nicolas Durand, Sebastien Chabal, Oliver Magne, Damien Chouly, Julien Pierre, Pascal Pape (capitão), Olivier Surgens, Sebastien Bruno, Christian Califano. No banco: Raphael Ibanez, Nicolas Mas, Olivier Olibeau, Fulgence Ouedraogo, Michael Forest, Nicolas Laharrague, Benjamin Thiery.

Árbitro: Craig Joubert (África do Sul)

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sexta-feira, junho 08, 2007

Onde param os 7's do Belém?


Legenda: Belenenses vs. Selecção, em Janeiro passado.

O Nifo perguntou e eu não tenho a resposta (alguém se importa de esclarecer?): «Onde andam os Sevens do Belenenses?»

De facto tem sido um pouco estranha a repetida ausência de equipas do Belenenses - se não estou em erro, o clube que em 2006/2007 mais jogadores cedeu à equipa de Sevens que disputou o Circuito da IRB* - de Torneios como o de Arcos de Valdevez ou, mais recentemente, de Cascais.

A época terminou cedo - aliás, muito cedo - e a malta está de férias. É claro que alguns estão nos trabalhos da equipa nacional que prepara o mundial e outros estiveram em Twickenham e Murrayfield, nas etapas finais do circuito IRB... Mas o plantel azul não se esgota - felizmente - nesta dezena de jogadores... temos mais!

Arrisco-me aliás a afirmar que entre esses «mais» estarão alguns futuros jogadores da equipa nacional de «Sevens», e outros que dela já fizeram parte (Francisco Moreira, Valter Jorge, etc...). E assim sendo, tendo jogadores e condições desportivas para ganhar (mesmo que não tivessemos...), porque não aparecemos?

* Jogadores participantes no Circuito IRB 06/07:

- Valter Jorge
- Sebastião da Cunha
- Duarte Bravo
- Francisco Moreira
- Diogo Miranda
- Diogo Mateus
- David Mateus
- Pedro Silva
- João Mirra

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O zé (do melão) faz mesmo falta!



para aumentar clicar aqui

II Agrários Seven´s – 12 equipas confirmadas



Rugby - Circuito Nacional de Seven´s

A 2ª edição do Agrários Seven´s sob organização do Núcleo de Rugby da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária de Coimbra decorrerá amanhã a partir das 13:30 no relvado da Escola Agrária de Coimbra e contará com 12 equipas o que garante desde já o sucesso competitivo da iniciativa a contar para o Nacional.

As 12 equipas foram escalonadas pela organização em 3 grupos mediante os rankings Nacionais de XV. Caso por algum motivo alheio à organização, por exemplo a falta de alguma equipa, a organização reformulará o quadro competitivo de forma a garantir o interesse competitivo:

Grupo A Grupo B Grupo C

1 – Técnico

2 – AAC

3 – Vigo


6 – Agrária HZPC

5 - Belas

4 – UTAD

7 – Oeiras

8 – Santarém

9 – Aveiro

12 – VII do Presidente

11 - Agrária

10 – RC Coimbra

A partir das 12 horas será servido almoço ligeiro.

O torneio contará com 3 árbitros oficiais, sendo o sorteio de cada jogo efectuado na mesa da organização durante o decorrer do jogo imediatamente anterior ao que se disputará.

Os jogos iniciar-se-ão às 13:30 de sábado dia 9 de Junho.

Para os interessados aqui deixamos a grelha de jogos definida pela organização:

Jogo 1

13:30

(1 X 12) Técnico X VII do Presidente

Jogo 2

13:50

(2 X 11) AAC X Agrária


Jogo 3

14:10

(3 X 10) Vigo X RC Coimbra

Jogo 4

14:30

(6 X 7) Agrária HZPC X Oeiras

Jogo 5

14:50

(5 X 8) Belas X Santarém


Jogo 6

15:10

(4 X 9) UTAD X Aveiro

Jogo 7

15:30

Derrotado jogo 1 X Derrotado Jogo 4

Jogo 8

15:50

Derrotado jogo 2 X Derrotado jogo 5

Jogo 9

16:10

Derrotado jogo 3 X derrotado jogo 6

Jogo 10

16:30

Vencedor jogo 1 X vencedor jogo 4

Jogo 11

16:50

Vencedor jogo 2 X vencedor jogo 5

Jogo 12

17:10

Vencedor jogo 3 X vencedor jogo 6



Pelas 17:30 terá inicio a disputa das 3 Taças do Torneio:

1º de cada série e 2º melhor classificado
Taça Freguesia de São Martinho – restantes 2º classificados e 3º melhor classificado Taça HZPC – Restantes 3º de cada grupo e todos os 4º classificados

Escolha dos 2º e 3º melhores classificados de cada grupo:
1º Diferença entre pontos marcados e sofridos; 2º Pontos marcados; 3º Ensaios Marcados

Entrega de Prémios
– Durante o decorrer do jantar final onde para além dos prémios de classificação será atribuído prémio melhor jogador do torneio, equipa fair-play e jogador revelação.
Em caso de dúvida p.f. contacte: 919591940 (Ana Bagagem) ou 969852740 (Rui Carvoeira)
Até sábado na Agrária
A Organização do II Agrários Seven´s
João Alberty

quarta-feira, junho 06, 2007

Sevens: a objectividade dos resultados

Torneios disputados: 8
Total de jogos: 45

Vitórias: 15
Empates: 0
Derrotas: 30

Finais Cup: 0
Finais Plate: 0
Finais Bowl: 2 (0 ganhas)
Finais Shield: 3 (2 ganhas, na África do Sul e na Nova Zelândia)

Pior Torneio: Austrália (5 jogos e 5 derrotas).
Pior resultado: vs. Inglaterra, em George (5-58) e vs. Samoa, na Australia (0-50).
Melhores resultados: vs. Quénia, no Dubai (29-0) e vs. Sri Lanka, em Hong Kong (47-7).

Adversários:

Argentina: 5 D
Inglaterra: 4D
Fiji: 4D
Gales: 3 D
Samoa: 2D
África do Sul: 2D
Canadá: 1V e 2D
Escócia: 2V e 2D
Austrália: 1V e 1D
Quénia: 1V e 1D
Uganda: 1V
Zimbabué: 1V
França: 1D
USA: 1V e 1D
Ilhas Cook: 1D
Papua NG: 1V
Tonga: 1D
Chile: 1V
Sri Lanka: 1V
Itália: 2V
Rússia: 1 V
Geórgia: 1V

Foram utilizados 30 jogadores (destes 9 são jogadores do Belenenses).

DADOS DE 2005/2006 (Fonte: Blog Rugby Azul)





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Perspectivando uma «nova» Divisão de Honra

Há umas semanas atrás escrevi aqui, no Belenenses XV, acerca da iniciativa do presidente da Agronomia, Amado da Silva, relativamente à convocação dos responsáveis dos clubes para uma discussão sobre a Divisão de Honra e sobre o Rugby de clubes em Portugal.

Na altura foi com extrema satisfação que li o texto publicado por Amado da Silva no site oficial do seu clube.

Acontece que Amado da Silva voltou ao tema – também na habitual crónica «O Cantinho do Presidente», de 4 de Junho de 2007 –, avançando um pouco mais neste tema. É sobre alguns aspectos referidos no texto referenciado que me proponho escrever hoje.

A preocupação relativa ao potencial efeito da preparação do Mundial na temporada 2007/2008 é inteiramente justificada. Partilho-a e já a fiz sentir aos responsáveis do meu clube.

Amado da Silva informa que a tal convocatória foi feita, e que a ela corresponderam vários dirigentes. Pessoalmente não tomei conhecimento da iniciativa (aliás, nem tinha de ter tomado) e por isso não sei se o Belém esteve representado (presumo que sim) nem quais os clubes ausentes. Mas isso não é relevante para o que aqui gostaria de referir.

Diz Amado da Silva que se sente uma vontade de mudança, mas adverte para um certo imobilismo por parte de quem vai beneficiando do sistema. Não me surpreende, até porque uma coisa é a análise que o clube A ou o clube B fazem do «estado de coisas» do Rugby luso, outra questão bem diferente é a efectiva disponibilidade desses mesmos emblemas para se empenharem em medidas concretas para a inversão deste ciclo descendente do Rugby de clubes



Na verdade, o imobilismo não serve a ninguém, e é isso que mesmo os mais imobilistas terão de perceber rapidamente. O Rugby de clubes está moribundo, e há modalidades com menor expressão ou menor potencial que lhe passam à frente todos os dias. Os patrocinadores lá se vão arranjando com base nos conhecimentos, cunhas, amizades... Mas esse não é o caminho para o futuro. Como qualquer modalidade decente, o Rugby terá de afirmar o seu valor próprio, a sua capacidade organizativa e procurar gerar retorno(s) para todos aqueles que nele se envolvem. Seja ele de carácter financeiro ou de outro tipo.

O imobilismo tem conduzido a «isto» que temos hoje. Chega!

O caminho apontado pela Agronomia parece-me bastante sensato: libertar a FPR para as tarefas específicas da divulgação da modalidade, criação de novas equipas e clubes, aposta na formação e nas provas vocacionadas para os escalões etários mais jovens... através de uma autonomia controlada e rigorosamente definida/estabelecida (acrescento eu) dos clubes principais da modalidade na organização de uma prova máxima digna desse nome e do Rugby.

É claro que se os clubes se puserem de acordo sobre este tema, e decidirem avançar mesmo com a organização da Divisão de Honra (supondo que a FPR se libertava desse pesado fardo, que pelos vistos não deseja para si, tal o grau de desorganização verificado nas últimas edições da prova), terão de mostrar competências e DISPONIBILIDADES vastas. Seria MUITO negativo para os emblemas e para a prova verificar-se uma incapacidade dos clubes maior do que a confrangedora incapacidade da FPR.

Terão os clubes capacidade para gerir, de forma consensual, uma prova como a Divisão de Honra? Terão os clubes a capacidade de se meterem de acordo relativamente a questões como a arbitragem, os regulamentos e os calendários?

Eu espero bem que sim, mas tenho fundadas dúvidas.

É que se a FPR tem mostrado grandes dificuldades organizativas na gestão da modalidade (sobretudo dentro de portas), os clubes têm também nisso graves responsabilidades, por acção ou inacção. Mais: os próprios clubes não são modelos perfeitos de organização, e parece-me que antes de avançarem numa direcção mais responsabilizante das suas funções terão de se auto-avaliar.

Amado da Silva propõe que aguardemos por novos episódios. Venham eles... a bem do Rugby.

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segunda-feira, junho 04, 2007

Até sempre, «Zé»!

Sejamos claros: há gente que não sabe ligar um computador mas que sabe que existe um Blog do Zé do Melão. Eu conheço umas quantas.

O «Zé» apareceu e agitou como poucos. Meteu o dedo na ferida várias vezes, umas vezes com piada, outras vezes com ironia q.b. Chamou muitas vezes os bois pelos nomes, e naquela aparentemente anarquia e total descontracção, o que se podia ler eram críticas contundentes à forma como o «Raibe» é gerido em Portugal, pela Federação e pelos Clubes (todos).

A coisa foi-se alargando, o público aumentando e a caixa de comentários começou a ser pequena para tanta vontade de opinar.

Como sempre acontece nestes casos, há quem opine com honestidade e há quem ofenda por necessidade.

No Blog do Zé estes últimos - os que ofendem por necessidade de ofender - acabaram por alcançar o seu objectivo: forçar o encerramento do Blog, o que no contexto da modalidade (e da importância que os Blog nela assumiram como «locais» de divulgação e sobretudo de troca de opiniões) significa puxá-la um bocado mais para baixo.

A mediocridade é a nota dominante no Rugby nacional.

Há quem dela se distinga, como é óbvio... Mas esses são rapidamente silenciados por aqueles que, de forma consciente ou inconsciente, querem continuar a ver o Rugby pequeno e familiar, dentro do género «evento social de revista cor-de-rosa».

Distinguem-se pela positiva alguns jogadores, pela abordagem ao jogo e pelos ensinamentos que dele retiram para a vida.

Distinguem-se alguns treinadores - o Tomás, por exemplo - pela forma como olham o futuro num contexto de gente agarrada ao passado. Será que veremos o Tomás sair da FPR logo a seguir ao Mundial, por manifestada falta de capacidade da Federação em motivá-lo para novas conquistas e novos projectos? Temo bem que sim...

Distinguem-se alguns árbitros, pela mesma razão.

Distinguem-se poucos, muito poucos, dirigentes. Idem relativamente ao «público» (qual público???).

O Zé fechou para balanço, e o Rugby blogosférico (que só servirá para cumprir os objectivos que os blogosféricos comentadores quiserem) ficou muito mais pobre. É a lei da vida, aplicada a todos os contextos e projectos: nascem, vivem e morrem.

E no fundo, eu que respeito essa lei normativa da vida das pessoas e dos seus projectos, apenas lamento que esta seja a vitória da estupidez e da tal mediocridade.

O Rugby merece mais que isto.