I.
Hoje apetece-me escrever, e por isso cai vai disto:
II.
Destaque dos destaques para a nossa selecção. A de Rugby, claro.
Heróico jogo, o de Montevideo. É daqueles que não mais esquecerei, tal como não esquecerei outras vitórias igualmente determinantes neste apuramento.
Tomaz Morais é de facto o homem certo no lugar certo, por muito que isso incomode quem não tem do Rugby a mesma visão de um homem que tem subido a pulso na sua vida. Este apuramento é dos jogadores, claro. Mas é em grande parte dele. Todos o sabem, mas nunca é demais repeti-lo.
III.
O que deve ser mudado – o que urge ser mudado – é a estratégia da FPR. Como alguém escrevia ontem em «A Bola», este é um ponto de partida e não um ponto de chegada. Subimos de «divisão», e agora a opção é nossa: ou nos mantemos lá, ou fazemos como a Espanha (foi ver como era o Mundial e nunca mais lá mete os pés...).
IV.
A «cena de copos» no Uruguai pode até ter sido insignificante, mas acabou por ofuscar parcialmente os méritos desportivos dos «Lobos». Em Portugal todos ficaram a saber que «os boémios mal comportados do Rugby se apuraram para o Mundial», e as culpas não pode ser todas lançadas sobre a imprensa sensacionalista.
Eis mais uma oportunidade perdida para inverter a (má) imagem que muita gente no nosso país tem dos praticantes desta nossa modalidade.
V.
O Belém viveu este fim-de-semana o melhor e o pior que o Rugby tem para oferecer.
Os juvenis sagraram-se campeões, com inteira justiça! Apresentaram um Rugby vistoso, maduro e excelente atitude competitiva. Dominando quase sempre a partida, tiveram de esperar cerca de 40 minutos para marcar os primeiros 3 pontos. Nunca perderam a cabeça, e acabaram por reconquistar o título.
Mais tarde foram os juniores a entrar em campo. Jogo dividido, mas a ser decidido nos minutos iniciais, com o CDUL a entrar muito bem, garantindo 0-17. Fiquei surpreendido por ver o Belém sofrer um ensaio de maul com apenas 4 minutos jogados, até porque pensei (e penso não estar errado) que a nossa vantagem sobre o CDUL reside sobretudo nos avançados.
Resta à equipa júnior levantar a cabeça, não se dispersar e partir para a Taça de Portugal com total disponibilidade e vontade de chegar lá...
Por fim, os seniores. Não fui às Olaias, mas não precisei de ir. Aquilo que se passou no domingo não é novo esta temporada, e apenas me questiono acerca dos «porquês». Uma equipa que treina muito e bem, recheada de bons jogadores (alguns dos quais com vários títulos no saco), não pode fazer dos seus fantasmas o mais poderoso dos inimigos.
Estamos bloqueados por nos próprios, rapazes. Dar o pontapé na crise é essencial, e é dentro de cada um de nós e dentro do nosso grupo de trabalho que o vamos conseguir.
Lembrem-se que a nossa mente pode ser a nossa maior aliada, mas também o mais poderoso dos inimigos...
VI.
As escolinhas do Belenenses (dos Benjamins aos campeões Juvenis) partem dentro de semanas para Edimburgo, onde serão acolhidas no Raeburn Place pelo Edinburgh Academicals («Accies»), o mais antigo clube da Escócia (e segundo mais antigo em todo o mundo).
Depois de cinco anos seguidos a rumar ao sul de França (e no ano passado também a Madrid) a rapaziada vai contactar com outra realidade, numa das mais emblemáticas nações Rugby do mundo.
Trabalha-se bem, na formação azul.
VII.
Amplo destaque ao Rugby na próxima edição do Jornal do Belenenses, que sai no próximo sábado. São 4 páginas, incluindo as centrais.
VIII.
Deixo para um dia destes o tema «O Rugby e as eleições no Belenenses», bem como a questão da parceria desportiva entre Belenenses e Real Madrid, a qual pode ter no Rugby um dos pontos mais interessantes.