:: Belenenses XV ::: dezembro 2006

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Mourinha depois dos Sevens

Entrevista ao árbitro João Mourinha por José Rodrigues, in Jornal O Jogo.



JOÃO MOURINHA - ÁRBITRO PORTUGUÊS HONRADO COM CONVITE PARA JOGOS DO CIRCUITO MUNDIAL
"Foi uma honra enorme representar Portugal"

Após algum tempo de reflexão sobre o desempenho em duas provas da IRB, o jovem árbitro fala-nos da sua experiência num dos maiores palcos do râguebi mundial


No ano em que a Selecção Nacional de sevens foi convidada pela International Rugby Board (IRB) a participar nos oito torneios do circuito mundial de que é responsável, a arbitragem lusa não foi esquecida e a mesma IRB endossou um convite ao árbitro João Mourinha para estar presente nas duas provas que marcaram o arranque da temporada – Dubai e George – e ser um dos oito juízes a dirigir os jogos das 16 selecções em competição.

Como surgiu o convite para estar nestes torneios do circuito mundial?
Este convite surge, claramente e na minha perspectiva, pelos excelentes resultados das selecções nacionais. Daí surge a curiosidade de Paddy O’Brian (responsável da IRB pelos árbitros) sobre a arbitragem em Portugal e ter-me chamado para conversarmos, para me conhecer. Mas já teria a ideia de me convocar.

Quando aconteceu isso?
Em Agosto. Desde aí ficou apalavrado que deveria ir a alguns torneios. Em Setembro surgiu a confirmação, bem como alguns requisitos que teria de cumprir. Nessa altura a Federação também me ofereceu apoio.

E quais são os requisitos?
Concentração, cuidados com o jogo no solo, porque é um jogo muito mais rápido em que tudo acontece muito depressa, além da resistência natural, pois cada árbitro tem de apitar dois ou três jogos por dia, o que é muito cansativo. E com o cansaço a dificuldade em tomar decisões com clareza aumenta e não podemos falhar, pelo menos devemos evitar que isso aconteça.

Que sentimentos despertou este convite?
Grande responsabilidade e, ao mesmo tempo, de um sonho que não queria falhar. Mas também foi uma honra enorme representar Portugal, um país pequeno e com pouca visibilidade, daí a responsabilidade acrescida, afinal era o único estreante em grandes palcos, já que o árbitro japonês tinha cinco anos de profissionalismo e, habitualmente, apita jogos com mais de 20 mil espectadores. A minha estreia foi com o dobro da assistência, o que me fez sentir muito pequenino. Mas é destas emoções que vivemos…

Como correram os torneios?
George claramente melhor do que o Dubai. Contudo o acolhimento foi fantástico, os árbitros são acompanhados em todos os planos e no fim do dia temos uma avaliação a cada jogo e as correcções que devemos fazer. Devo dizer que o "coach" ficou surpreendido com o meu progresso. No Dubai fui o único a mostrar um cartão vermelho (por indicação do juiz de linha), enquanto na África do Sul fiquei muito perto de apitar uma final e estes convites são por mérito. Normalmente a final menos importante é atribuída ao árbitro do país, se for o caso. Em George poderia ter sido escolhido, talvez seja presunção minha. Mas um dia penso que chegarei lá e o quinto lugar (em nove árbitros) é muito animador.

O que retirou da experiência?
O método de trabalho ao mais alto nível, uma experiência que quero partilhar com os meus colegas. Essa era a grande missão. Mas também estou pré-convocado para o Mundial de sub-19, a competição onde todos os árbitros querem estar presentes.

Sente que cumpriu a missão?
Sim, honrei a camisola. Queria ter feito uma final, era um sonho, mas tenho a consciência tranquila, esforcei-me, dei o meu melhor, não fui passear mas sim dar o mais que podia.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Soltas de fim-de-ano...

#1
Acaba mal, 2006...

Não são palavras de circunstância mas antes de sentida perda, aquela que expresso acerca da morte de um antigo jogador do Belenenses, Campeão de Lisboa de Cruz de Cristo ao peito em 1944/45.

Benjamin manifestou, antes de falecer, o desejo de doar ao clube a medalha então conquistada, e esse gesto demonstra bem a gratidão do ex-jogador azul ao Clube e à sua secção de Rugby.

A lei da vida é assim, mas são estes pequenos gestos que tornam gigantes as instituições e aqueles que a preço de sangue, suor e lágrimas as constroem. Tem sorte, o Rugby do Belenenses, por ser erigido desde 1928 por homens e mulheres que tudo dão e nada pedem.

Preserve-se a memória dos nossos campeões (tenham ou não ganho campeonatos) e multiplique-se a mística que o nosso clube tem (e tem, efectivamente!) pelas novas gerações de jogadores.

#2
Em jeito de balanço

Foi um ano estranho, 2006. Houve do melhor e do pior, em termos de Rugby.

No que ao Belém diz respeito lembro apenas alguns factos:

- Forte crescimento nos escalões de formação, com impacto decisivo no crescimento da modalidade em termos regionais e nacionais;

- Bons resultados desportivos ao nível dos escalões pré-competitivos e competitivos de formação: iniciados, juvenis e juniores, com estes últimos a sagrarem-se campeões nacionais;

- Boa época da equipa senior, que venceu de forma justa a fase regular da Divisão de Honra, passou com distinção a meia-final da prova e deitou tudo a perder numa tarde má, frente a um Direito que foi sem dúvida mais forte;

- Lesão de João Uva, capitão belenense e nacional, numa fase em que se afirmava - na minha opinião - como o melhor jogador da temporada. É certo que nenhum jogador é, por si só, capaz de ganhar campeonatos... Mas a ausência do nosso capitão na fase decisiva foi um facto negativo, que pesou em desfavor do Belenenses. São circunstâncias do jogo, do desporto e da vida. Nada a fazer!

- Saída de Diogo Mateus para o UCC Rugby (Cork) e para o Munster Rugby, campeão europeu de clubes em título... Notícia magnífica para o jogador! Para o Belenenses, um facto com sabor «agridoce»: todos queremos ver o Diogo vingar na Irlanda, mas um jogador com a sua qualidade não é facilmente substituído num campeonato como o português;

- A temporada 2006/2007 a começar a meio-gás, com vários jogadores envolvidos nos trabalhos das selecções. Houve ainda assim uma consequência positiva que muitos parecem desconhecer, ou ignorar: a equipa técnica tem chamado aos 22 (e ao XV titular) vários «miúdos» que ainda são juniores e/ou que fazem este ano a sua estreia na prova maior do Rugby luso. A equipa Belenenses reconstroí-se, depois de uma série de abandonos, mas mantém qualidade competitiva! A ver vamos onde chegam os rapazes da Cruz de Cristo;

- A mudança da equipa técnica no comando da equipa principal azul: a Adam McDonald sucedem Francisco Borges (Kika) e Pedro Netto. Uma dupla 100% belenense, com um compromisso claro com a equipa e uma forte ligação ao clube. Tem tudo para dar certo! Força!

#3
Para 2007...

Desejo mais e melhor Rugby, em todo o país, escalões e envolvendo não apenas homens mas também mulheres. Desejo mais organização - da FPR e dos clubes, que não estão isentos de culpas no «estado a que isto chegou» - e boa vontade de todos. Menos conflito e mais trabalho.

Desejo naturalmente o sucesso das equipas do Belenenses, e sobretudo que o Rugby se reforce dentro do clube, ganhando mais público, mais espaço, mais atenção... Creio que o vamos conseguir!

Desejo para todos sem excepção, belenenses e «adversários», um feliz 2007, cheio de saúde, que é a coisa mais importante do mundo.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Rugby azul está de luto

O Belenenses e em particular a sua secção de Rugby encontra-se de luto. Benjamin, o mais antigo jogador de Rugby do clube ainda em vida, faleceu hoje.

Benjamin foi campeão de Lisboa pelo Belenenses na temporada 1944/45 e em Abril passado fez questão de oferecer ao Belenenses, através da sua secção de Rugby, a medalha então conquistada, hoje patente na Sala de Troféus/Museu do Estádio do Restelo.



Da equipa campeã em 44/45 faziam parte Buisson, Barcinio Pinto, Cabral de Matos, Filipe Bensaúde, Domingos Rebelo, Fernando Chagas Esteves, Mário Domingues, Arlindo Costa, Antunes, Flores de Barros, Flores de Barros II, Vicente Giesteira, Pinto Queiroz, Álvaro de Santos, Cardoso, Amílcar Silva, Castro, Benjamin, Avelino e Jacinto Duarte.

Aos familiares do nosso campeão agora falecido, o Blog Belenenses XV endereça as mais sentidas condolências.

Crónica (atrasada) da vitória de sábado

Mais vale tarde que nunca... e depois de alguns dias longe de um computador - que é coisa que faz bem a todos aqueles que com estas máquinas lidam diariamente - é tempo de publicar algumas ideias acerca do jogo do passado sábado entre Belenenses e Técnico, a contar para a 2ª jornada (jogo atrasado) da Divisão de Honra.

Foi numa manhã cheia de sol e muito fria que o Complexo Desportivo do Restelo recebeu mais uma jornada de Rugby. Belenenses e Técnico encontraram-se pela segunda vez esta temporada, sendo que no primeiro encontro (também disputado no Restelo) os engenheiros haviam levado a melhor por 20-25, em junto suficientemente debatido e encerrado.

O Belenenses apresentou-se com um XV muito jovem, com várias alterações relativamente ao que havia alinhado contra o Cascais, fruto de ausências e lesões. Tiveram assim oportunidade para alinhar de início jogadores mais jovens e com menos jogos realizados no escalão senior, sendo que alguns ainda têm idade para representar a campeã em título equipa junior belenense.



O XV do Restelo foi composto por:

1 - Juan Murré
2 - Paulo Santos
3 - Cristian Spachuk
4 - João Fezas Vital
5 - Diogo Jorge
6 - Salvador da Cunha
7 - João Uva (capitão)
8 - Valter Jorge
9 - Ramiro Alvarez
10 - Diogo Miranda
11 - Tiago Cabral
12 - David Mateus
13 - Diogo Pinheiro
14 - Gonçalo Lucena
15 - João Mirra

Começou o jogo numa toada morna, a contrastar com o frio que se fazia sentir. O Belenenses procurava tomar o pulso ao jogo, mas foi o Técnico que pouco depois dos 10 minutos aproveitou um erro do trio de trás do Belenenses para fazer 0-5.

A luta entre blocos avançados foi intensa na fase inicial do encontro, e uma penalidade a castigar falta num ruck permitiu ao australiano Joe Gardner somar mais três pontos ao marcador, ampliando a vantagem da equipa das Olaias para 0-8.

O Belenenses via-se nesta fase do jogo reduzido a 14 jogadores devido a cartão amarelo mostrado a Tiago Cabral. Minutos mais tarde, e com a equipa de novo com 15 elementos, seria o arrier João Mirra a ser expulso temporariamente pelo árbitro João Mourinha.

Encerrava-se o primeiro tempo com 0-8 e o Belenenses com 8 minutos de inferioridade numérica a cumprir no início da segunda parte.

Nos segundos quarenta minutos o Belenenses entrou com outra vontade e foi construindo diversas situações de perigo, muito por «culpa» do pack avançado azul, que dominou as formações ordenadas e os alinhamentos.

Aos 55 minutos o pilar luso-argentino Juan Murré relançou o jogo, concluindo com sucesso uma jogada de insistência dos avançados de Belém.

Já com Marco Miroto em campo (troca com Diogo Jorge), a mêlée azul empurrava com surpreendente facilidade o oito das Olaias, conquistando bolas de introdução própria e adversária. A posse de bola pertencia nesta fase do jogo ao Belenenses, que numa jogada em que a bola percorreu toda a largura do campo acabou por somar novos 5 pontos ao marcador, desta feita através de Gonçalo Lucena.

Minutos mais tarde foi a vez de Diogo Miranda chutar aos postes (a 45 metros da linha de meta) e obter mais 3 pontos.

O Técnico mostrava grandes dificuldades no plano físico, e foi sem surpresa que o Belenenses voltou a marcar um ensaio debaixo dos postes, com Diogo Castro a passar por dois defensores adversários e a forçar a entrada na área de validação para 17-8. Miranda converteu e fixou o resultado final em 20-8.

Destaques para:

- A excelente arbitragem do trio presente no Restelo (João Mourinha, auxiliado por Pedro Murinello e António Moita);

- A boa prestação de vários jovens jogadores do Belenenses, que se lançam este ano na Divisão de Honra e que mostram grande capacidade de sacrifício, vontade de evoluir e de se afirmarem num plantel bastante competitivo;

- A excelente prestação do n.º8 azul Valter Jorge, o melhor jogador em campo;

- O bom comportamento das duas equipas. O jogo decorreu sem problemas entre jogadores, o que é de saúdar;

- A vontade com que os jogadores suplentes do Belenenses entraram em campo, sempre com uma atitude positiva, de somar esforços e ajudar a equipa no seu esforço. Foram, sem excepção, essenciais nesta vitória.

domingo, dezembro 24, 2006

Bom Natal



O Natal também chegou ao Rugby, não parece mas é verdade, quem pensa que os árbitros do jogo de ontem estavam todos de vermelho por razões oficiais engana-se... combinaram entre eles para dar um "bom natal" a todo o público (só faltava mesmo o barrete de Pai Natal!).


Votos de um bom natal para todos os nossos leitores.

sábado, dezembro 23, 2006

"Rucks" - Formações Espontâneas

Quem viu o jogo de hoje no Restelo (Belenenses - Técnico) não pôde deixar de reparar na grande clareza do jogo no chão, coisa rara em Portugal. Houve apenas uma situação em que foi assinalada mellée pela bola se ter tornado injogável numa formação espontânea. Esta clareza de que falo é fruto da constante comunicação de árbitro para com os jogadores, que se fez notar principalmente em situações de mauls e rucks.

Quem já esteve no papel de árbitro sabe que as situações de jogo no chão são muito dúbias e confusas, sendo por vezes muito difícil saber que falta foi cometida em primeiro lugar. Quando é marcada a falta logo se fazem ouvir as vozes grossas do público a contestar a decisão, por total desconhecimento das leis de jogo (e a uma distância grande em relação ao terreno de jogo). Este desconhecimento é também da parte dos jogadores, por exemplo, hoje na sequência de um jogador do Técnico ter jogado a bola com a mão num ruck, João Mourinha assinalou o correspondente pontapé de penalidade e a voz que se ouviu foi: "senhor árbitro, eu estava de pé!".

Para esclarecer estas situações recomendo vivamente a leitura das leis 15 e 16 das «Leis do Jogo de Rugby», respectivamente, «Placagem» e «Formação Espontânea». Para aceder ao documento, nada mais fácil que clicar aqui.

Belenenses 20 - Técnico 8

No confronto entre azuis quem saiu vencedor foram os azuis do Restelo. O resultado final fixou-se em 20 - 8, estando a equipa da casa a perder ao intervalo por 0 - 8.

Ensaios de Ruan, Gonçalo Lucena e Diogo Castro. Uma penalidade e uma conversão por Diogo Miranda. Cartões amarelos para Tiago Costa Cabral e João Mirra.



A equipa azul:

1 - Ruan
2 - China
3 - Cristian
4 - Fezas Vital
5 - Diogo Jorge
6 - Salvador Cunha
7 - João Uva
8 - Valter Jorge
9 - Ramiro
10 - Diogo Miranda
11 - Tiago Costa Cabral
12 - David Mateus
13 - Diogo Pinheiro
14 - Gonçalo Lucena
15 - João Mirra

Entraram:

- Miroto
- Diogo Castro
- Lino

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Sobre o jogo de amanhã...

O ano de 2006 termina com uma jornada em véspera de consoada entre o Belenenses e o Técnico. A marcação do jogo para data tão fora do comum está relacionada com assuntos já debatidos e por isso nada escreverei sobre o tema. O que importa é que há jogo, a doer, com os pontos a contarem para a prova máxima do Rugby Nacional.

O jogo será, sem dúvida, difícil para as duas equipas.

O Belenenses entrou bem no campeonato e foi à Guia conquistar 4 pontos (11-25) frente ao Cascais. Fiquei-se com a sensação de que se o jogo durasse mais 5 minutos o «Belém» teria mesmo conquistado o ponto bónus... A equipa jogou q.b., notando-se ainda falta de rotinas mas boa forma física. Neste segundo encontro da Divisão de Honra estará certamente mais entrusada e isso só pode beneficiar o XV do Restelo.

Por outro lado o Técnico - que muito apelidam como equipa sensação de 2006/2007 - conta por derrotas os jogos realizados (incluindo com o CDUL, em casa), mas já mostrou que pode ser uma equipa perigosa. Foi aliás ao Restelo eliminar o Belém da Taça, num jogo em que Joe Gardner esteve em especial destaque, apontando 15 dos 25 pontos da sua equipa.

Azuis do Restelo e azuis das Olaias vão querer vencer. O Belém para não perder de vista o topo da tabela. O Técnico para dar um «pontapé na crise» e somar o primeiro resultado positivo na prova.

Como qualquer jogo a doer, será um jogo de nervos. E por isso seria bom que todos os intervenientes - jogadores, técnicos, dirigentes e árbitros - tivessem uma postura inversa ao que se vem verificando em alguns dos últimos jogos das competições nacionais. Eu, pela minha parte, e tal como aconteceu em Cascais (jogo correctíssimo dos dois lados), vou manter a postura de cooperação com árbitros e adversários, concentrando toda a minha energia no apoio aos atletas do meu clube.

Estendo também o apelo ao público que certamente aproveitará a manhã de sol para ir ao Restelo (o jogo tem início pelas 12:30 horas): adeptos azuis e «engenheiros» devem respeitar o adversário, acabar com as «bocas» da bancada, não assobiar o chutador no momento em que dele se exige maior concentração. O público deve concentrar-se no apoio à sua equipa. Ponto. Não é o «fair-play» uma das características basilares do Rugby?

Resta acrescentar que o árbitro do encontro será o internacional João Mourinha, n.º1 do Ranking Nacional.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Soltas

#1
Centro de Treinos


Tenho fortes dúvidas quanto ao sucesso da Academia ou Centro Nacional de Treinos. Estas minhas dúvidas prendem-se sobretudo quanto à vontade dos jogadores convocados ou convidados.

Olhando para o panorama do Rugby nacional vemos um nível social médio dos nossos jogadores bastante elevado, com uma vida social bastante activa e com um espírito de atleta muito baixo.

Comecemos por olhar para os nomes dos jogadores, nome sonantes, nomes pomposos, será que estes jogadores vão fazer uma escolha entre o Rugby e a namorada ou os amigos?

Seria uma aposta certamente vencedora apostar em jogadores com capacidades físicas, e mais disponibilidade, e desenvolver as suas qualidades técnicas. Construir uma equipa de raiz e a 100%, é uma ideia defendida algumas individualidades do meio.


#2
Blogues e afins


Nos últimos dias, ou mesmo semanas, tenho estado na «blogosfera» de uma forma muito passiva por razões variadas. Tenho-me apercebido de que vários espaços estão a surgir neste panorama virtual-rugbistico, estes são espaços que procuram trazer algo de inovador à nossa modalidade. Dou então o devido destaque ao blog «Cascalheira Rugby», que tem uma dinâmica interessante e que tentámos sustentar aqui no Belenenses XV mas por falta de tempo não conseguimos dar a devida continuidade, falo de uma sequência de artigos que iriam dar a conhecer caras conhecidas do clube (alguns destes «perfis-azuis» estão quase prontos mas falta-nos o nº1).

Deixo uma palavra de incentivo ao pessoal do Rugby do Cascais para a continuação e perpetuação do excelente trabalho desenvolvido.


#3
O Rugby e o natal


Mais uma época natalícia e mais uma época de paragem no calendário do Rugby Nacional. Esta é uma paragem de quase 1 mês, mas o mais alarmante é ser geral. Digo geral pois não são só os jogos e campeonatos que param... o treinos param... os clubes fecham... os jogadores comem... os jogadores perdem capacidades... as equipas esmorecem... as equipas estancam o desenvolvimento de qualidades...


#4
Formação de Treinadores




Acabou no passado dia 17 a parte curricular do Curso de Treinadores Nível 2. Este não foi um curso com um formato normal, foi mais que o habitual «debitar de matéria», foi uma troca bi-lateral de ideias e pensamentos acerca do Rugby, métodos de treino, acima de tudo uma troca de experiências.

Para acabar em beleza houve cerimónia de entrega de diplomas e encerramento, presidida por Henrique Rocha, Tomáz Morais, João Paulo Bessa, Henrique Garcia e Pedro Gonçalves. Esta cerimónia realizou-se no Hotel Praia-Mar, em carcavelos, e suscitou o debate de vários assuntos relacionados com o desenvolvimento do Rugby em Portugal.

Belenenses vs Técnico é sábado

O Belenenses receberá no Restelo a equipa do Técnico no próximo sábado, dia 23 de Dezembro, pelas 12:30 horas. O jogo será a contar para a 2ª jornada (em atraso) da Divisão de Honra.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Finalmente... a fotografia!

O espaço já existia no site do Munster, o nome e os dados já lá estavam, mas a foto do Diogo era a única que faltava. Enviei um mail ao gestor do site do Munster Rugby, questionando-o acerca do porquê de faltar apenas a fotografia do pequeno grande centro luso... e a resposta foi quase imediata:

«Thanks for your email. Because Diogo was away on national duty with Portugal over the last number of weeks, we have only just been able to organise his photo in the last few days. It will be going on the website asap!»

Como o prometido é devido, a cara do Diogo - devidamente equipado - está já disponível, e quem quiser vê-la no próprio site deve clicar aqui.

Para os mais preguiçosos, e porque é um orgulho para nós aqui publicar «a prova» de que um português e belenense joga actualmente no Campeão Europeu de Rugby, eis a imagem:



Ao Diogo enviamos desde Lisboa um forte abraço e o desejo que 2007 lhe traga muitos jogos com as três coroas ao peito... ainda que isso signifique o seu afastamento do Belém...

Danificar ou dignificar?

Fico chateado quando há por ai pessoas que querem 'danificar' a camisola azul, fazem jogos mesquinhos e cobardolas.

Hoje apeteceu-me fazer um bocado de «zé do melão» (um dia destes vou descobrir-lhe a carapuça). Prometo voltar aos assuntos sérios (se bem que este é um assunto sério, tem pertinência e espero que faça reflectir neste período natalício).

terça-feira, dezembro 19, 2006

Cascais vs Belenenses em imagens

Fotos da autoria de Rui Vasconcelos (www.dramatico-cascais.com), a quem desde já agradecemos a autorização para a utilização das mesmas.


Legenda: Paulo Santos «China» prepara-se para introduzir a bola no alinhamento.


Legenda: O n.º8 Reggie Perkins em acção.


Legenda: Mata Pereira ganha a bola nas alturas.


Legenda: «Oito para oito».

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Em evolução

Quem se deslocou no passado sábado ao Estádio Nacional viu um espectáculo fenomenal, quase 700 miúdos dos 4 aos 13 anos a placar, a correr, a saltar e a marcar ensaios.

Este foi um evento organizado pela Associação de Rugby do Sul, e contou com a participação de 51 equipas a representar outros tantos emblemas. Em relação a estes números há a relatar:

- Que na ausência de uma equipa de infantis da Agronomia a resposta do CDUP foi: «inscreve ai mais uma equipa nossa...», fazendo assim um recorde de 4 equipas de infantis.

- A estreia de 2 novos clubes: St. Julian's Rugby School e Escolinhas de Rugby da Galiza (sobre a segunda prometo que um dia destes vou falar sobre o excelente trabalho desenvolvido)

Quem olha para este Convívio Nacional e olha pelos Torneiozinhos disputados há uns anos atrás fica de boca completamente aberta, tanto pela grandiosidade da acção como pela evolução técnica dos jovens jogadores.

Finalmente podemos assistir a uma aposta de alguns clubes no Rugby de Formação!

domingo, dezembro 17, 2006

Soltas de Domingo

#1
Ainda sobre o Cascais vs Belenenses

Ontem referi de forma breve, na crónica que aqui publiquei, que jogar num sintético causa problemas à equipa visitante, sem rotinas neste tipo de piso. De facto, e não obstante as excelentes condições do complexo do Cascais – por ventura as melhores da Divisão de Honra – o facto do jogo se realizar num relvado não natural constitui, logo à partida, uma condição de desigualdade que as equipas visitantes devem superar.

O toque da bola no chão é diferente e a tracção das botas no solo é diferente, o que naturalmente dificulta o trabalho dos avançados nas formações-ordenadas e nos mauls.

Uma última palavra acerca da postura do público, tema muito actual nos dias que correm, no Rugby nacional: apesar de tudo ter decorrido na maior normalidade, registei com pena os assobios e os comentários dirigidos ao chutador do Belenenses sempre que este se preparava para chutar aos postes.

É claro que, o que se passou em Cascais, passar-se-ia em qualquer outro campo do país, Restelo incluído.

A quem assobia e tenta desconcentrar o chutador lanço um desafio: observem o que se passa em semelhantes situações nos grandes palcos do Rugby irlandês. Oiçam o silêncio a que, apoiantes e adversários se obrigam. Um exemplo de fair-play a ser rapidamente importado para o Rugby luso.

Ora vejam aqui.

#2
Direito batido na Taça Ibérica

Os «advogados» foram, pelo segundo ano consecutivo, derrotados na Final da Taça Ibérica. Lamento o resultado, pois desejava com honestidade a vitória portuguesa (independentemente da equipa envolvida).

Excelente mesmo foi o facto do jogo ter sido transmitido na televisão, facto que – ao nível das provas de clubes – não se verificava há uns anos.

Por outro lado devo dizer, por uma questão de igual franqueza, acrescentar o seguinte relativamente à questão da marcação de jogos de outros clubes para o mesmo horário, em pontos diferentes da cidade: o problema da falta de público nos campos de Rugby em Portugal não pode ser sempre resolvido com a concentração de todos (jogadores, técnicos, dirigentes e adeptos de todos os clubes) num só Estádio, para apoiar – neste caso – o Direito. Resolve-se, isso sim, com a atracção de mais adeptos e sócios para os clubes de Rugby existentes e com uma maior divulgação/captação de amantes da modalidade.

Por outras palavras: querer concentrar sempre «a malta do costume» num só estádio é fórmula que apenas para a selecção nacional faz sentido. Quando os jogos em causa são de clubes – e não obstante poder-se fazer um esforço para agendar outros encontros em horários que possibilitem aos amantes do Rugby seguir todos os jogos do fim-de-semana – creio que é aos clubes que cabe (em grande parte) fazer o esforço de divulgação do encontro e engrandecerem-se, aumentando de forma substancial a curtíssima comunidade do Rugby que os segue…

Entrar a vencer!

O Belenenses disputou esta tarde, em Cascais, o primeiro encontro a contar para a edição 2006/07 da Divisão de Honra, prova principal do Rugby nacional. Os azuis do Restelo venceram por 11-25 e somaram os primeiros 4 pontos da fase regular.

O jogo era a contar para a 3ª jornada, mas para os azuis foi o primeiro, adiadas que estão as jornadas 1 e 2 (contra CDUL e Técnico, respectivamente), devido ao elevado número de jogadores do Belenenses que estão se encontravam ao serviço da selecção nacional de «Sevens».

Disputado em relva sintética – à qual os jogadores do Belenenses não estão habituados – o encontro teve como palco o moderno Complexo Desportivo do Dramático de Cascais, situado na Guia, e contou com a presença de observadores das instâncias internacionais que regulamentam o Rugby (IRB e FIRA-AER).

Era sabido que a partida não seria fácil. O Cascais havia batido em casa o CDUP e contava já com um número considerável de jogos oficiais realizados, por oposição a um Belenenses, que apenas com dois jogos «a doer» contados desde Setembro ainda procura rotinas e um maior ritmo de jogo.

O Belenenses apresentou de princípio com um XV composto por: Juan Murré, Paulo Santos e Cristian Spachuk; Mata Pereira e Fezas Vital, Valter Jorge, João Uva (capitão) e Reggie Perkins; Bruno Nifo e Diogo Miranda; Tiago Cabral, Gonçalo Lucena, Diogo Pinheiro e Duarte Bravo; João Mirra.

Começou bem a equipa do Restelo, que durante os primeiros minutos tomou a iniciativa do jogo, obrigando o Cascais a cometer faltas. Numa das penalidades assinaladas no meio campo adversário, Diogo Miranda chutou pela primeira vez aos postes e estabeleceu a primeira vantagem da tarde (0-3).

Respondeu bem o Cascais, que chegou ao ensaio através de um maul, quando o pack do Belenenses se encontrava reduzido a 7 unidades, por expulsão temporária de João Uva.

A equipa belenense voltou a chutar aos postes (5-6), mas antes do intervalo nova penalidade a favor do XV da casa fixava o primeiro parcial em 8-6. Ao intervalo a vantagem da equipa do Cascais penalizava a passividade azul.

O encontro recomeçou com o lesionado Mata Pereira a sair, para a entrada de Salvador da Cunha, passando o sul-africano Reggie Perkins a alinhar na 2ª linha. David Mateus também reforçou a linha de «três-quartos», por troca com Gonçalo Lucena, lançado para a posição de 1º centro pela equipa técnica na partida desta tarde.

Uma falta azul permitia ao Cascais alargar a vantagem, e pouco depois era Fezas Vital a sair, também lesionado. Entrou para o seu lugar Marco Miroto, refrescando ainda mais o pack, que começou a trabalhar com mais eficácia.

Aos 52 minutos o maul do Belenenses foi intencionalmente derrubado a escassos metros da área de validação (sem consequências para o Cascais). Todavia, apenas um minuto depois, nova jogada de «touche-maul» permitia a Valter Jorge marcar o primeiro ensaio do Belenenses, convertido por Diogo Miranda (11-13).

Aos 69 minutos, uma bola aparentemente perdida no meio campo azul foi recolhida por Duarte Bravo, que correu muitos metros por entre adversários, evitando placagens e entregando a bola a David Mateus, o qual embalado não teve dificuldade em fazer o 11-18.

No reatar do jogo, Valter Jorge (que se encontrava a jogar na posição n.º8) sofreu uma forte pancada na cabeça, vendo-se obrigado a deixar o terreno. Nova alteração no Belenenses, com Murteira a entrar para a primeira linha e Cristian Spachuk a recuar para o centro da 3ª linha. Em campo encontrava já também o médio-formação argentino Ramiro Alvarez.

O Belenenses corria contra o tempo, em busca de mais dois ensaios e, na sequência de uma formação-ordenada, Spachuk pega na bola e «atropela» vários adversários, parando apenas na área de validação. Após conversão de ângulo difícil, Miranda colocava o marcador em 11-25.

Com o relógio a chegar aos 80 minutos, e já com Diogo Castro em campo, o Belenenses lançou vários ataques à mão, mas sem sucesso.

No final do encontro, e com 3 ensaios marcados, os azuis somaram os primeiros 4 pontos (correspondentes à vitória), mas não alcançaram o ponto bónus.

O jogo foi apitado por António Moita, auxiliado por Pedro Murinello e Tiago Silva.

sábado, dezembro 16, 2006

Vitória em Cascais (11-25)

O Belenenses foi esta tarde à Guia bater o Dramático de Cascais por 11-25 (8-6 ao intervalo). Os azuis do Restelo marcam assim 4 pontos da vitória, mas não alcançaram o ponto bónus já que lhes faltou um ensaio. Pelo Belenenses marcaram Cristian Spachuk (5), David Mateus (5), Valter Jorge (5) e Diogo Miranda (3+2+3+2).

Para mais tarde fica prometida uma crónica desenvolvida do jogo.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Fim-de-semana

#1
Cascais vs Belenenses

Vamos apoiar a equipa senior do Belenenses!



Sábado, pelas 15:00 horas
Campo da Guia

#2
Direito enfrenta Santboiana

No Estádio Universitário de Lisboa, o Direito - Campeão Nacional 2005/2006 - enfrenta os campeões de Espanha. O jogo terá início pelas 15:00 horas deste sábado, e contará com transmissões em directo na RTP2.

Ao GDD e aos seus atletas, o desejo de boa sorte neste importante embate.

Mudanças de Leis na Formação Ordenada

Artigo da autoria do nosso «correspondente» em Dublin, Manuel Mourão.

Como é do conhecimento geral, a IRB anunciou já há uns tempos (e até aqui foi mencionado já no blog) mudanças na Lei sobre as formações ordenadas.

A grande mudança é na indicação que o árbitro dá aos jogadores: entre o comando de agachar e pausa entra agora o "tocar".

Durante esta nova fase do "tocar" os pilares têm que usar o seu braço do lado de fora para tocarem no ombro do lado de fora do pilar oposto, retirar o braço, aguardar a indicação do árbitro e apenas depois fazer o encaixe. De referir que esta lei já existia para o escalão de Sub-19 e visa proteger a integridade física e a segurança dos jogadores, principalmente da 1ª linha.

Estas mudancas são efectivas a partir do dia 1 de Janeiro de 2007.

Como é natural, a maioria das Federações por esse mundo fora já está activamente a passar esta informação aos clubes e associações de árbitros, organizando tambem seminários explicativos.

Por exemplo na pagina inicial do site da IRFU (Irish Rugby Football Union) já há muito que consta uma notícia permanente sobre esta mudança das Leis, com um link para o site da IRB que contem um video demonstrativo da execução das mesmas. Aconselho vivamente a visualização do video, até porque para alguns será a possibilidade de verem em primeira mão estas alterações.

Como curiosidade: o video foi feito na Irlanda, onde está sediada a IRB, conta com os jogadores das Ilhas do Pacífico, que estavam em digressão, e miudos de uma escola secundária de Dublin; o primeiro árbitro do filme é o internacionalíssimo Alan Lewis e o segundo é capaz de ser mais familiar para quem segue os 7's pois trata-se do tambem irlandês David Keane, que apitou este ano a final do Dubai 7's.

O link para o site da IRFU com a noticia é:
http://www.irishrugby.ie/htmlpage/85757.html

O link directo para o video é:
http://www.irb.com/NR/rdonlyres/3683A4B0-1B85-4538-AAC2-DCEA06E96E58/0/videowmvtest.wmv

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Soltas

#1
Finalmente... o Campeonato!

É certo que todas as outras equipas já jogaram, mas para o Belém apenas sábado se inicia o Campeonato Nacional, ou Divisão de Honra.


Legenda: Sebastião da Cunha, na final da Supertaça 2005.

A malta anda cheia de «sede» de competição, e depois de uma fase de grupos da Taça de Portugal para esquecer e de dois jogos a doer contra a Académica e o Técnico (com ausências devido à selecção nacional), é com este jogo que verdadeiramente se abre a temporada desportiva do Belém!

Pena que o jogo entre Dramático e Belenenses se dispute à mesma hora que a final da Taça Ibérica. Lá está... somo tão poucos e tão dispersos...

#2
Diogo Mateus espera oportunidade

A equipa da UCC Rugby, onde se encontra integrado o nosso centro internacional Diogo Mateus, viu três jogadores seus serem seleccionados para a equipa provincial do Munster. Assim, Darragh Hurley alinhou na partida da Heineken Cup (frente aos Cardiff Blues), enquanto que Diogo Mateus e Jeremy Manning (Abertura) se sentaram no banco de suplentes.

O Diogo continua assim à espera de uma oportunidade para mostrar todo o seu potencial ao serviço da equipa camepã europeia.

No que ao clube diz respeito, a equipa da UCC bateu no passado dia 9 o Midleton por 6-18, com ensaios de Gavin Blower (2), Finbar Dennehy (1) e uma penalidade de Gavin Dunne. Os universitários de Cork passam assim ocupar a 2ª posição da AIL2 com 4 vitória, 1 empate e 1 derrota (19 pontos).

#3
Os Blogs e o Rugby

Primeiro apareceram timidamente, depois foram surgindo mais e hoje a comunidade de Blogs dedicados ao Rugby e escritos em Português é... campeã europeia! Não há clube, dos mais antigos (Belenenses, CDUL, Agronomia, CDUP...) aos mais recentes (Borba, CRUP, Setúbal...) que não tenha um seu espaço virtual, para promoção da modalidade e das suas equipas.

Sobre o assunto aconselha-se a leitura do texto «BLOGS UM NOVO E FORTE MEIO PROMOCIONAL DO RUGBY», da autoria de Miguel Rodrigues, no Blog «CDUL (Formação)».

Agradecendo desde já as considerações tecidas relativamente ao Belenenses XV, chamamos sobretudo a atenção para as conclusões do texto, que demonstra que o formato Blog se tornou num meio por excelência de promover os nossos clubes e a nossa querida modalidade.

Saibamos usar os Blogs com correcção e num sentido positivo...

#4
Prémios Steinlager (NZ)

Richie McCaw venceu o Prémio de Jogador neozelandês do ano. Sem surpresa. É de facto um verdadeiro All-Black.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

O assunto recorrente

Escrevo pela milésima vez sobre o quê? ... é claro a arbitragem. Ok, eu sei que não é a primeira nem a segunda vez (e ou muito me engano não será a última) que vos trago este assunto mas desta vez...



Desta vez o caso é bicudo, parece que o tão aclamado e recentemente empossado conselho de arbitragem demitiu-se. Segundo consegui apurar, depois de meses de trabalho desta comissão a redigir e organizar novos estatutos (com pés e cabeça) estes foram aprovados na generalidade pela Assembleia Geral da FPR com direito a palmas e afins, até aqui tudo bem.

Em posterior reunião com ordem de trabalhos para a votação na especialidade, à qual os clubes compareceram em número muito reduzido, estes mesmos estatutos foram alterados por mão-alheia ao novo órgão e em vez de aprovados na especialidade foram levados para a "espacialidade" de um planeta desconhecido, ficando então completamente desfigurados...

Sobre esta polémica que agora vos trago gostaria de saber mais pormenores pois as informações que disponho são escassas. No momento em já se via um rumo traçado para a arbitragem em Portugal é deitado tudo a perder?!

Seniores: Plantel 2006/2007



Com a chegada dos atletas estrangeiros (Reggie Perkins, Ramiro Alvarez e Guillermo Malin) o plantel senior 2006/2007 do Clube de Futebol «Os Belenenses» passa a contar com os seguintes jogadores:

Avançados

1ª Linha:
- Cristian Spachuk (naturalizado)
- Juan Murré (naturalizado)
- Fernando Murteira
- Paulo Santos
- Carlos Janardo
- Guillermo Malin (Argentina)
- António Fraga
- Michel da Cruz

2ª e 3ª linha:
- João Uva
- Gonçalo Lucena
- Manuel Mata Pereira
- João Fezas Vital
- Sebastião da Cunha
- Reggie Perkins (África do Sul)
- Salvador da Cunha
- Valter Jorge
- Diogo Jorge
- Gonçalo Gonçalves
- Marco Miroto
- Miguel Fernandes
- Francisco Nogueira*

Médios

- Bruno Nifo
- Carlos Gaspar
- José Maria Lino
- Pedro Silva
- Ramiro Alvarez (Argentina)
- Diogo Miranda

Defesas/«Três-Quartos»

- Francisco da Cunha (capitão)
- João Mirra
- David Mateus
- Duarte Bravo
- Tiago Cabral
- Diogo Castro
- Diogo Pinheiro
- João David
- Francisco Moreira

Registam-se as seguintes saídas:

- Diogo Mateus (centro)
- Lourenço Andrade (2ª linha) **
- António Cunha «Balula» (n.º8)
- Pedro Netto (Formação)
- André Santos (talonador)
- David Penalva (2ª/3ª linha)
- Nuno Garvão (ponta)
- Pedro Silveira (médio/defesa)
- Rodrigo Silveira (talonador)
- Vaz Pinto (2ª linha)
- Manuel Castagnet (n.º8)
- Emiliano Castagnet (ponta)
- Nicolas Formigo (talonador)

Treinadores

- Francisco Borges
- Pedro Netto

Staff

- Miguel Barreiros (Vice-Presidente do Clube)
- Manuel Costa (Coordenador da Secção)
- António Henrique (Coordenador dos Seniores)
- João Mirra (Seccionista)
- Rui Vasco Silva (Seccionista)
- José Carlos (Fisioterapeuta)

Notas:

* Ausente do país no quadro do Programa Erasmus (regressa em Março).
** Ausente do país por razões profissionais.

Equipa reforçada para atacar o título

A equipa principal de Rugby do Belenenses foi reforçada com três atletas estrangeiros, chamados a Portugal com o objectivo de tornar a equipa mais forte e dar maior profundidade ao grupo de trabalho, apostado em disputar o título nacional 2006/2007.

Depois de uma temporada desportiva muito intensa, durante a qual o Belenenses dominou a fase regular do Campeonato Nacional de Honra (a qual venceu com 11 vitórias em 14 jogos disputados), tendo perdido o título na final frente à equipa rival do Direito, a secção de Rugby volta a apostar forte no «ataque» ao título nacional que foge ao XV do Restelo desde a temporada 2002/2003.

Após o final da época 2005/2006 vários foram os jogadores que, por motivos diversos, abandonaram a competição e o clube, tendo-se verificado que a aposta nos jogadores provenientes da equipa junior campeã (que passaram a séniores de 1º ano) seria insuficiente no sentido de colmatar as lacunas deixadas em aberto no plantel.

Assim, e após uma análise realizada ao quadro de jogadores disponíveis para a temporada 2006/2007, a secção de Rugby do clube – em coordenação com o patrocinador principal da equipa senior, a Lusocede – garantiu a contratação de três reforços oriundos da África do Sul e da Argentina:

Reggie Perkins

Idade: 27 anos
Nacionalidade: Sul-Africana
Posição: n.º8 / 2ª linha
Altura: 1.95 m
Peso: 110 kg
Clubes anteriores (como profissional): Universidade de Pretória (África do Sul), Brive (França), Taranaki (Nova Zelândia), London Scottish (Inglaterra) e Stade Montois (França).


Legenda: Reggie Perkins ao centro, na fila de cima. Créditos: Site dos «London Scottish».

Reggie Perkins é, para além de jogador, técnico de 2º nível certificado pela South African Rugby Football Union, após frequência de um programa de formação intensiva como jogador/treinador na Universidade de Pretória. Este programa, dirigido a 36 jogadores de elite sul-africanos, foi desenvolvido em parceria com os Queensland Reds (Austrália).

Durante a sua passagem por Inglaterra, Perkins trabalhou actividamente em projectos de ligação entre o Rugby e a comunidade local, formando jovens jogadores e incentivando rapazes e raparigas de todos os estratutos sociais e proveniências a ingressar no mundo do Rugby.

Ramiro Alvarez

Idade: 20 anos
Nacionalidade: Argentino
Posição: Médio-Abertura / Médio-Formação
Altura: 1.73 m
Peso: 71 kg

Guillermo Malin

Idade: 20 anos
Nacionalidade: Argentino
Posição: Pilar / Talonador
Altura: 1.77 m
Peso: 106 kg
Curriculo: Malin alinhou pela selecção provincial de Buenos Aires (os «Aquilas» da URBA) na categoria de sub-18.

Ambos os jogadores alinhavam na Região e no Campeonato Provincial da União de Rugby de Buenos Aires, em La Plata.

Fonte: Site Oficial do Belenenses

terça-feira, dezembro 12, 2006

Mau serviço à comunidade

Este não é certamente o espírito do Rugby:

«Muito equilíbrio e uma luta, sobretudo de avançados, foi a constante de uma partida em que o árbitro, Tiago Silva, prestou um péssimo serviço, acabando por influenciar o resultado que, sem tirar mérito ao esforço do CRE, poderia ter sido bem diferente.

Sobretudo durante a segunda parte não foi claro se as decisões do juiz assentaram em mera incompetência ou em vontade de afrontar os poucos apoiantes do CRAV, que não se cansaram de mostrar o seu desagrado com várias decisões erradas.»

Este é um excerto de um dos poucos artigos (se não mesmo o único) de Rugby na imprensa portuguesa sobre o fim-de-semana «rugbystico», neste caso é assinado por J.R. (penso que seja José Rodrigues) e é publicado no jornal O Jogo (para lê-lo na íntegra clique aqui). É pena que o desporto que tento fala de camaradagem e de «fair play» passe esta imagem para o exterior...

Não vi o jogo, não posso falar da exibição dos jogadores nem do árbitro. Tenho apenas a dizer que este artigo me envergonha como amante da nossa grande modalidade.

Rugby na escola

O trabalho destinou-se à disciplina de Educação Física, e foi o único da turma que versou o Rugby!... A autora é a minha irmã Mariana, de 12 anos de idade, que sentindo uma crescente paixão pela modalidade (à qual não será alheio o seu «fanatismo» pelo Belém e a influência do irmão mais velho...) resolveu apresentar à turma um trabalho diferente, sobre um «desporto» diferente, verdadeira escola para a vida.

O trabalho, e apenas por curiosidade, fica aqui publicado, para quem quiser «descarregar» e ler. Basta clicar aqui.

Eu agradeço à Mariana pela ideia, pelo empenho e pela divulgação do Rugby. Terá sido das primeiras vezes que, na escola dela, se falou de Rugby durante uma aula. E pelo que sei não será a última. É que o próximo projecto é levar lá alguém, ligado ao Belenenses (o nosso clube) ou à FPR, para demonstrar in loco como se joga e o que se pode aprender praticante este jogo que nos une.

Soltas em jeito de regresso

#1
De volta

Várias reclamações relativas ao encerramento do blog, recebidas pelas mais diversas vias (e dos mais diversos emblemas...), motivam este regresso. Os moldes serão diferentes, ou talvez não... Não sei. O ritmo de actualização andará ao sabor da disponibilidade, da vontade, da motivação.

A quantos nos pediram para não acabar com «a tasca», um obrigado pelo reconhecimento... A ver se é a última sequência «encerramento-ressureição» desta nossa «clubhouse» virtual.

De resto, editar esta nossa brincadeira-séria é já um vício, como devem calcular.

Siga o Blog, e obrigado ao leitores!

#2
Belém vai à Guia



O Belém inicia no próximo sábado a sua participação na Divisão de Honra 2006/2007, deslocando-se ao Campo da Guia, em Cascais, para defrontar o Dramático.

Não se espera um jogo fácil, até porque o Cascais já tem mais Rugby nas pernas e joga em casa, num campo que, apesar das excelentes condições, apresenta piso artificial (relva artificial).

O objectivos dos azuis passa todavia pela vitória, e se possível pelo ponto bónus relativo à marcação de pelo menos 4 ensaios.

O árbitro nomeado pela FPR para o encontro é António Moita.

#3
Lusocede nas camisolas

A Lusocede passa a patrocinador principal da equipa senior do Belenenses, ocupando lugar de destaque nas camisolas dos azuis do Restelo.

O patrocinador belenense encontra-se aliás apostado em ajudar o Belém a constituir uma equipa pelo menos tão forte como a do ano passado, e para tal apoiou a secção de Rugby da Cruz de Cristo a assegurar os serviços do n.º8 sul-africano Reggie Perkins (ex-Stade Montois).

A notícia foi avançada pelo jornal «A Bola», mas carece de confirmação oficial por parte do site do clube.

Completam o quadro de patrocinadores da equipa senior a Mitsubishi e os patrocinadores «transversais» Junta de Freguesia de Santa Maria de Belém, Gatorade, Império/Bonança e Lusifor.

sábado, dezembro 09, 2006

Ponto final

O Blog Belenenses XV vai colocar um ponto final na sua actividade. Este encerramento vem na sequência de um progressivo abrandamento no ritmo da publicação de artigos de opinião sobre os temas que, de facto, mais nos interessam no contexto do Rugby nacional. Este abrandamento deveu-se (e deve-se) fundamentalmente à falta de tempo para desenvolver, com o devido respeito pelo Rugby e pelos leitores, um trabalho que acrescente algo à modalidade.

Acreditamos que o balanço deste meio ano de actividade do Blog é positivo. Lançou-se o debate sobre diversos temas, exprimimos ideias concretas e apontámos propostas de solução para alguns problemas, contribuímos – de forma modesta mas empenhada – para o alargamento dos horizontes do Rugby lusitano.

Não nos arrependemos das opiniões publicadas, e acreditamos que nelas se encontram ideias válidas e passíveis de aplicação nos diversos contextos: clubes e Federação. Mais: acreditamos que, independentemente da aplicabilidade das medidas e sugestões apresentadas, o facto de as termos apresentado contribuiu para uma maior reflexão sobre aspectos não exclusivamente desportivos associados ao Rugby.

O Blog nunca foi suficientemente imparcial. Aliás, a sua condição belenense foi sempre assumida, sem constrangimentos. Mas tentámos abordar os temas com o maior distanciamento possível, chegando mesmo a afirmar a discordância com a secção de Rugby do Belenenses em diversos pontos e decisões.

Duas notas finais:

I.

Continuaremos ligados ao Rugby, desenvolvendo projectos em prol da modalidade, dentro do Belenenses – o clube do nosso coração – e fora dele.

II.

Agradecemos sinceramente a participação de todos. Nunca esperámos chegar a cerca de 40.000 visitas em tão curto período, e sobretudo receber comentários tão construtivos e interessantes como muitos daqueles que se encontram associados a múltiplos textos.

Este agradecimento é naturalmente reforçado para aqueles que contribuiram activamente (por diversas formas) para a construção e manutenção deste nosso Blog:

- Secção de Rugby do Belenenses (jogadores, técnicos e dirigentes);
- Manuel Mourão (o nosso «correspondente» em Dublin, pelo seu trabalho de acompanhamento do Diogo Mateus em Munster e pelos excelentes textos sobre a equipa nacional irlandesa e Magners League);
- Prof. Tomaz Morais (pelo incentivo e por manter sempre o contacto, esclarecendo e abrindo-nos as portas nos treinos da selecção);
- Eng.º Pedro Sousa Ribeiro (ex-Presidente da FPR e dirigente do Técnico, pelas palavras de apoio e envio de material... algum por publicar!);
- João Rebocho Pinto (ex-jogador do Belenenses, pelo seu apoio em algumas matérias aqui abordadas)
- João Peral (jogador do Técnico, pelo apoio e incentivo)
- Miguel Barbosa (ex-jogador do Belenenses que, de longe, nos foi orientando também na abordagem deste ou daquele tema).

A todos um enorme abraço e até um dia destes, num qualquer campo deste nosso cantinho «à beira mar plantado».

sexta-feira, dezembro 08, 2006

O Rugby e os Jogos Olímpicos (parte III)

Não obstante o «ponto final» colocado no Blog, estava prometido - por parte do Eng.º Pedro Sousa Ribeiro - o envio de um artigo para publicação sobre o Rugby e os Jogos Olímpicos. Tendo recebido o artigo esta noite, e mesmo tendo em consideração a decisão acerca do destino a dar ao Blog, passamos a publicá-lo, com o devido agradecimento ao autor.

O Rugby e os Jogos Olímpicos (parte III)
pelo Eng.º Pedro Sousa Ribeiro

Em artigos anteriores Rui Vasco teceu varias considerações sobre este tema. Irei tentar neste artigo complementar algumas das suas ideias e informações.

Assim o Rugby, que foi modalidade olimpica de 1900 a 1924, deixou de o ser por razão que pode ser apenas imputada ao Rugby. As nações britânicas nunca deram o seu apoio e não participaram nas diversas edições em que o Rugby foi modalidade olímpica. Por essa razão, os torneios olímpicos tiveram sempre expressão limitada, o que levou o Comité Olímpico Internacional a retirar a modalidade do seu programa. Tal facto teve até o apoio da International Rugby Football Board , então constituida apenas pelas nações britânicas e pelas 3 grandes potências do Rugby do Hemisfeério Sul. A razão desse desinteresse era simples: a IRFB não tinha controlo sobre os torneios olímpicos, cuja organização competia exclusivamente ao COI.

Esta situação manteve-se até aos anos 90. Só após a conferência internacional comemorativa do centenário da IRFB, realizada em 1986, se voltou a pôr a questão da presença do Rugby nos Jogos Olímpicos. Nessa altura, não havia uma Federação Internacional de Rugby reconhecida pelo COI, pois além da IRFB havia a FIRA ( Federation Internacional de Rugby Amateur ) que, sob a hegemonia da França reivindicava também o titulo de federação mundial. E o COI não reconheceria nunca duas Federações Internacionais.

Após a conferência de 1986, a IRFB abriu as suas portas à entrada de todas as Federações Ncionais se bem que a capacidade de decisão se mantivesse exclusivamente nas 8 federações membros de pleno direito ( as 7 anteriores e a França que entretanto havia sido admitida há uns anos atrás ).

No congresso da IRB ( a designação Football já havia desaparecido ) realizado em 1997 em Vancouver no Canadá, foi efectivado o acordo com a FIRA para esta se tornar apenas uma Federação Europeia e aceitar-se o reconhecimento de que a IRB era de facto a entidade governadora do Rugby à escala mundial.

Nesse mesmo congresso, foi votado pela grande maioria dos delegados presentes, que seria o Rugby de Sete, a modalidade a solicitar a sua inclusão no programa olímpico. Apesar do Rugby de XV ser “ o verdadeiro Rugby, a mais bela, mais espectacular, mais pura, mais fascinante” as razões principais para essa deliberação foram essencialmente as seguintes:

- Não ser possivel em duas semanas de duração dos jogos olímpicos realizar uma competição de Rugby XV com mais de oito paises participantes.
- O Rugby de Sete ser de mais facil compreenção para todos aqueles não familiarizados com o jogo.

- Ser possÍvel realizar em dois dias uma competição de Sevens com 16 paises, com alto valor competitivo e espectacularidade, utilizando instalações existentes, o estádio olímpico, que não é utilizado na primeira semana dos jogos.

- Nao desvalorizar o Campeonato do Mundo de Rugby, principal fonte de receitas para a IRB.

De referir que o delegado português votou pela variante de Sevens
Na sequência deste acordo, a IRB solicitou ao COI o seu reconhecimento como federação mundial o que veio a contecer com a assinatura em Biarrritz, Françaa deste reconhecimento, com a presenca de Juan Samaranch e Vernon Pugb, respectivamente Presidentes do COI e da IRB.

Iniciou-se aqui o arranque do projecto de inclusão do Rugby nos Jogos Olímpicos, com a apresentação formal da candidatura junto do COI.

Mas só no início dos anos 2000, esse objectivo passou a ser estratégico para a IRB.
Com a eleição de Jacques Rogge para Presidente do COI, foram realizadas algumas alterações significativas na sua estrutura e modo de funcionamento Assim o COI decidiu nomear uma pequena comissão com o objectivo de fazer recomendações sobre o programa olímpico. Essa comissão analisou com grande profundidade todas as modalidades olímpicas e ainda as quatro candidatas à inclusão : Rugby, Golf, Squash e Karaté. Essa comissão recomendou a eliminação do Basebol e do Softbal do programa olímpico, por não terem suficiente expressão mundial, do Pentatlo Moderno devido ao limitado número de praticantes e de algumas provas de Natação. Por outro lado, concluia com a proposta de introdução do Rugby e do Golf.

Este relatório foi discutido pela primeira vez pelo plenário de COI ( constituido por 115 membros ) na sua reunião de 2003 realizada na cidade do México. Os apoiantes do Basebol e do Softbal, especialmente da América do Norte e Central e Asia Oriental, sucederam-se no uso da palavra em defesa das suas modalidades preferidas, usando uma tactica de esgotamento do tempo disponível para essa discussão. A sua estratégia, aliás muito utilizada em Portugal após o 25 de Abril, resultou totalmente e o tema foi retirado da discussão.

Entretanto a Comissao Executiva do COI decidiu alterar um pouco as regras do jogo .
Submeter todas as modalidades do actual progama olímpico a votação, sendo retiradas do programa todas aquelas que não obtivessem 50% dos votos dos seus membros. Por outro lado, para uma modalidade ser admitida, teria de obter os votos favoráveis de 75% dos seus membros. Este processo foi posto em prática na reunião do COI de Julho de 2005, realizada em Singapura. O Basebol e o Softbal não obtiveram 50% de votos favoráveis sendo portanto eliminados do programa a partir dos jogos de Pequim. Por outro lado, nenhum dos 4 desportos submetidos à votação obtiveram os 75% de votos requeridos, pelo que qualquer deles ficou à porta dos Jogos.

De referir agora que, apesar do Presidente do COI, Jacques Rogge, antigo internacional belga de Rugby além de velejador olímpico, se ter manifestado publicamente a favor da inclusão do Rugby, a grande maioria dos membros do COI são pouco conhecedores do Rugby e do que ele represnta e pelo contrário muito apologistas dos desportos individuais.

Os membros do COI são actualmente 115, havendo apenas um Português, o Eng. Fernando Lima Belo, que votou favoravelmente a entrada do Rugby.

A IRB fez uma forte campanha pela inclusão do Rugby tendo o seu Presidente Sid Millar estado presente nos jogos de Atenas para colocar a posição do Rugby junto ao maior número possivel de membros do COI. ( no que aliás foi auxiliado pelo Adjunto do Chefe da Missão Portuguesa).

O Comité Olímpico dePortugal apoia a entrada do Rugby no programa olímpico, mas não tem qualquer direito de voto, apenas pode exercer pressão sobre os membros do COI, o que aliás tem vindo a fazer.

Apesar do falhanço da primeira tentativa ainda há uma pequena margem de esperança que o Rugby possa vir a fazer parte do programa dos jogos de Londres, quando a sua versão final for discutida e votada pela reunião plenária do COI. Nesta área, o Comité Organizador dos Jogos de Londres 2012, poderá ter uma palavra importante, apesar de já não existir a possibilidade de inclusão de modalidades de demonstração tal como havia até aos jogos de Barcelona.

Pedro Sousa Ribeiro
Dezembro 2006

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Fim-de-semana de Rugby

Selecção de 7’s

Sexta-Feira em directo na SPORTTV1:
13:10 Rugby - Argentina X Portugal: Circuito Mundial Sevens
13:40 Rugby - Inglaterra X Portugal: Circuito Mundial Sevens
16:40 Rugby - P. Gales X Portugal: Circuito Mundial Sevens

Veja as repetições à noite também na SPORTTV1
21:10 Rugby - Argentina X Portugal: Circuito Mundial Sevens
21:40 Rugby - Inglaterra X Portugal: Circuito Mundial Sevens
22:00 Rugby - P. Gales X Portugal: Circuito Mundial Sevens


Belenenses

Equipa Sénior
Belenenses vs Técnico [a confirmar hora e local]

Equipa Júnior
Belenenses vs Cascais [Estádio Nacional, Sexta às 11h00; o árbitro será Mendes Silva]

Juvenis A
Belenenses vs Cascais [Estádio Nacional, Sexta às 12h30; o árbitro será Mendes Silva]

Juvenis B
Belenenses vs CDUP [Estádio Nacional, Sexta às 13h30; não há árbitro nomeado]

Iniciados
Torneio Tapada da Ajuda na Sexta a partir das 11 horas.
Torneio em Monsanto no Domingo a partir das 14 horas.

Escolas
Torneio Amigável no Sábado na Tapada da Ajuda a partir das 10h30.


Nota: As horas dos jogos de Juvenis e Juniores podem ser alteradas

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Lesões

#1
Uva e Mateus nos Sevens


Diogo Mateus e Vasco Uva juntam-se hoje à Selecção Nacional de Sevens, depois das baixas de Aguilar e Foro.
Assim passam a estar disponíveis para a etapa nº 2 (George) do Circuito Mundial de Sevens os seguintes jogadores:

- João Mirra (Belenenses)
- Francisco Moreira (Belenenses)
- Valter Jorge (Belenenses)
- Duarte Bravo (Belenenses)
- David Mateus (Belenenses)
- Frederico Sousa (Direito)
- Pedro Leal(Direito)
- Vasco Uva(Direito)
- Tiago Girão (CDUL)
- Adérito Esteves (Agronomia)
- Bernardo d'Eça (Técnico)
- Diogo Mateus (Munster)


#2
Nogueira lesionado

O jogador azul Francisco Nogueira, que actualmente se encontra a estudar em Barcelona ao abrigo do programa Erasmus, está a recuperar de uma lesão no pé. Esta foi uma lesão contraída num dos primeiros treinos que frequentou no POBLENOU ENGINYERS RUGBY CLUB. O regresso às competições portuguesas do nº7 azul é esperado para o mês de Março. Desejamos rápidas melhoras!

Mais informações sobre o clube em:
http://www.cnpn.org/rugby/eng/

Estágio de Jovens Árbitros



A arbitragem é um assunto tem um destaque alargado aqui no BELENENSES XV, pelo que considero pertinente a inclusão desta notícia:

No próximo dia 8 realiza-se o 1º Estágio de Aperfeiçoamento para os Jovens Árbitros da Escola de Árbitros da ARS. Esta acção decorrerá em simultâneo com o Estágio de Aperfeiçoamento de Iniciados, sendo que os árbitros participarão activamente em todas as sessões práticas.

A formação será coordenada pelos seguintes árbitros seniores:

- Jorge Mendes Silva
- Arnaldo Neto
- João Silva e Cunha
- David Jackson
- Ferdinando de Sousa

PROGRAMA PARA 8 DE DEZEMBRO - CASCAIS

10.30. Recepção dos Jovens Árbitros
10.45. Sessão teórica – Fora de jogo
11.30. Sessão prática – Arbitragem de mini-jogos
13.00. Almoço (assegurado pela ARS)
14.00. Sessão teórica – Jogo no solo: placagem e ruck
15.30. Sessão prática – Arbitragem de Mini-jogos
17.00. Sessão teórica – Formação Ordenada e Alinhamento
18.00. Fim do Estágio

terça-feira, dezembro 05, 2006

Nova Zelândia: Prémio «Steinlager»



A NZRU anunciou os nomeados para os prémios Steinlager (marca de cerveja que é a «main sponsor» dos All-Blacks) do ano 2006. A lista é composta pelos seguintes nomes:

Árbitro do Ano

Paul Honiss
Bryce Lawrence
Steve Walsh

Jogadora do Ano

Huriana Manuel (Auckland)
Amiria Marsh (Canterbury)
Rochelle Martin (Auckland)

Voluntário do Ano

Tom Clarkson (West Coast)
Jock Martin (Otago)
Maurie Scanlan (Canterbury)

Jogador do Ano (Super14)

Daniel Carter (Crusaders)
Jason Eaton (Hurricanes)
Leon MacDonald (Crusaders)

Prémio Adidas para a Equipa do Ano

All Blacks
Black Ferns
Crusaders
Waikato

Jogador do Ano (Heartland Championship)

Tomasi Kedrabuka (Wairarapa Bush)
Scott Leighton (Poverty Bay)
Denning Tyrell (Wanganui)

Jogador do Ano (Air New Zealand Cup)

Cory Jane (Wellington)
Richard Kahui (Waikato)
Hayden Triggs (Manawatu)

Treinador ao Ano

Robbie Deans (Crusaders)
Warren Gatland (Waikato)
Graham Henry (All Blacks)

Prémio «Kelvin R. Tremain Memorial» para o Jogador Neozelandês do Ano

Daniel Carter (Canterbury/Crusaders/All Blacks)
Richie McCaw (Canterbury/Crusaders/All Blacks)
Malili Muliaina (Waikato/Chiefs/All Blacks)

Serão ainda anunciados os vencedores das seguintes categorias:

- Jogador de Formação do Ano
- Prémio Tom French para o NZ Maori do Ano
- Prémio Richard Crawshaw para o jogador de Sevens do Ano
- Distinção Steinlager por uma contribuição extraordinária para o Rugby da Nova Zelândia

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Divisão de Honra: 1ª Jornada

Resultados:

CDUL - Belenenses (adiado)
Técnico, 21 - Direito, 36
Agronomia, 33 - Benfica, 9
Cascais, 25 - CDUP, 12

Munster lança novo site

O Munster Rugby - entidade provincial que tutela o Rugby do sudoeste irlandês, e que compete com a sua selecção nas mais importantes provas de clubes de nível europeu - lançou um novo website. Novo visual, mais informação, melhor grafismo.

A novidade que nos interessa é mesmo a inclusão de Diogo Mateus na lista de jogadores do plantel, ainda que... sem fotografia! Uma pequena desilusão no meio de um grande avanço na comunicação entre o Munster e os seus adeptos espalhados por todo o mundo... Portugal incluído.

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Marrocos no nosso caminho

O próximo adversário de Portugal no apuramento para o campeonato do mundo de 2007 é a selecção vizinha de Marrocos, os chamados «Leões do Atlas». Trata-se de uma equipa teoricamente de nível inferior, que ocupa actualmente o 26º lugar do Ranking da IRB.

Para chegar a esta fase de repescagem, a selecção marroquina disputou uma pool africana com o Uganda e a Costa do Marfim. Seguiu-se o Play-off com a Namíbia. Eis os resultados:

Fase de Grupo

Marrocos, 23 - Costa do Marfim, 7
Uganda, 3 - Marrocos, 5
Costa do marfim, 9 - Marrocos, 9
Marrocos, 36 - Uganda, 3

Play-Off

Marrocos, 8 - Namíbia, 27
Namíbia, 25 - Marrocos, 7

A melhor classificação de sempre de Marrocos foi o 19º lugar do Ranking (a 01/03/2004), e a pior classificação foi o actual 26º lugar. A «média» em termos de raking é de 21,09.

Portugal já foi 15º (a 14/11/2005) e ocupa actualment o 21º lugar, a sua pior classificação desde que o ranking foi instituído. A média é superior à de Marrocos, ficando-se pela 17ª posição, muito perto da 16ª do Uruguai.

O último jogo entre as duas selecções disputou-se em 2000 (em Lisboa), no contexto do Torneio Europeu das Nações, com a vitória a sorrir aos »lobos», por 9-3. Em Casablanca, o último jogo teve lugar em 1998, registando-se então um empate a 23 pontos.

O calendário de jogos para esta eliminatória da repescagem é o seguinte:

27 de Janeiro de 2007, Casablanca:
Marrocos vs Portugal

10 de Fevereiro de 2007, Lisboa:
Portugal vs Marrocos

Quem vencer, no conjunto das duas mãos, terá ainda de se bater com o Uruguai, nos mesmos termos, para discutir o lugar no grupo da Nova Zelândia, Escócia, Itália e Roménia, no Mundial de 2007.