:: Belenenses XV ::: setembro 2006

sábado, setembro 30, 2006

Torneio de Abertura começa amanhã

O Torneio de Abertura (categorias de Juvenis e Juniores) inicia-se amanhã para três equipas azuis (Juvenis A e B, e Juniores). Os horários, locais de realização dos jogos e adversários são os seguintes:

Juvenis B
Direito - Belenenses
Monsanto, 11:00h

Juvenis A
Belenenses - Técnico
Estádio Nacional, 13:00h

Juniores
Belenenses - Técnico
Estádio Nacional, 14:30h

Mais informações no Blog Rugby Sub17.

Sub 20 ganham contra a Polónia

A Selecção Nacional de Sub 20, que se encontra em Gdansk a disputar o Campeonato Europeu da categoria, ganhou hoje à equipa anfitriã (Polónia).


Imagem de Arquivo, Portugal – Espanha (10 de Setembro)

Num jogo em que Portugal esteve à frente do marcador desde o intervalo (3 – 15), e marcado por duas expulsões temporárias da parte da polónia, os jogadores portugueses marcaram 3 ensaios (dois convertidos) e 3 penalidades, fixando o resultado final em 14 – 28.

Estas são informações do site da FIRA AER.


Imagem de Arquivo, Portugal – Espanha (10 de Setembro)

Formação Ordenada - Parte 2

Este texto vem na continuação de um artigo publicado aqui no BELENENSES XV há dias, para consultá-lo clique aqui.

A Formação Ordenada é constituída por oito jogadores de cada equipa, ligados entre si, e agrupados em três filas por equipa. As primeiras filas (primeira linha) de cada equipa encaixam-se uma na outra, de modo que as cabeças dos jogadores estejam colocadas alternadamente.

Esta forma de encaixe cria um túnel, no qual será lançada a bola pelo jogador médio de formação, a fim de permitir aos talonadores (taloneur, hoocker ou “grancha”), disputarem a sua posse, tentando jogar a bola com o pé.



Dada toda a especificidade técnica da Formação Ordenada para a elaboração deste artigo recorri à experiência de uma cara conhecida do Rugby nacional, Luís Claro. No passado dia 16 de Setembro no 2º Módulo do Curso de Treinadores Nível 2, Luís Claro deu uma palestra sobre Mellée, as fotos ilustram a manhã nas Caldas da Rainha.

A F.O. é um momento do jogo onde deve estar presente a coordenação, o rigor, o detalhe, a conjugação de forças, a concentração, a inteligência e a atenção.

É um combate directo entre dois exércitos de oito homens num espaço reduzido de que sairá vencedor aquele que for mais coeso aproveitando o mínimo erro e a falha de concentração do adversário.

PEGAS

Palavra-chave – SOLIDEZ (acompanha os movimentos para a frente, para trás e para os lados, mas fica sempre de pé)

1ª Linha:
- O pilar esquerdo agarra o talonador por baixo da axila direita
- O pilar direito agarra o talonador nos calções, o mais à esquerda possível

Quanto mais unida /compacta estiver a 1ª linha., quanto menos espaços houver, menor volume, maior dificuldade terá o adversário no encaixe.



2ª Linha:
- Devem agarrar-se entre si, agarrando os calções do companheiro o mais próximo de si.
- Devem agarrar o respectivo pilar na camisola o mais acima possível
- É fundamental que não haja espaço entre o braço do 2ª linha e o corpo do pilar
- A relação entre a posição da cabeça e a zona da bacia e posição (ângulo) dos joelhos é fundamental para se ter sempre um equilíbrio nesta posição

Não procuramos a posição mais confortável, procuramos a posição mais eficaz, mais sólida.



- Depois de formar, o cinco da frente deve manter o olhar para cima
- Toda a gente tem que estar predisposta para o embate, com os pés da primeira linha ao mesmo nível, isto é, não há nenhum travão do talonador mas sim três homens com vontade de “ir para cima deles”
- Formar mais baixo e mais rápido que o adversário

- Os terceiras linhas asas devem formar colocando o ombro debaixo de nádega externa do respectivo pilar, agarrando o mais possível com o braço interno na camisola do 2ª linha
- O nº 8 deve formar com os ombros debaixo das nádegas dos 2ªs linhas agarrando na parte externa dos calções dos 2ªs linhas, de modo a poder “conduzir” a formação.



ARBITRAGEM:

Ao nível do Rugby profissional, neste momento, existem árbitros acusados da responsabilidade de lesões contraídas por jogadores em Formações Ordenadas, e severamente penalizados.

Assim, ao árbitro compete:

- Assinalar o local da Mellée
- Assegurar que a bola está na mão do formação
- Garantir a distância entre as duas linhas
- Verificar as pegas
- Verificar a posição dos ombros
- Vozes “Baixa e espera” ou “Crash and hold”
- Garantir a posição das costas
- Voz “Encaixa”, “Forma” ou “Engage”
- Garantir uma correcta ligação entre as duas primeiras linhas
- Assegurar uma Mellée estática e direita
- Introdução correcta e rápida da bola



Agradecimentos:
- Luís Claro
- João Mourinha

Diogo Mateus em Cork (Irlanda)

De acordo com a edição de hoje do jornal «A Bola», e na sequência dos rumores que se vinham avolumando nos últimos dias, Diogo Mateus confirmou a transferência para a Província de Munster, no sudoeste irlandês. O jogador belenense integrará, previsivelmente, a equipa local do Cork Constitution - uma das mais fortes da província - na qual alinham vários jogadores da selecção provincial (campeã da Europa 2005/2006) e da equipa nacional irlandesa, como o «médio-abertura» Ronan O'Gara.



Ainda fazendo fé na referida peça de «A Bola», Diogo Mateus irá auferir um salário de 2500 euros mensais (livres de impostos), casa e possivelmente carro. Para além deste rendimento fixo, o centro internacional português deverá ainda receber prémios de jogo: 700 euros por vitória caseira e 900 euros por vitórias fora de portas. O acordo tem a duração de 4 meses, existindo a possibilidade de ser prolongado.

Abrem-se assim as portas da Europa a Diogo Mateus, que poderá vir a vestir a camisola do Munster para disputar provas tão prestigiadas como a Celtic League e a Heineken Cup (a prova mais importante do Rugby de clubes, ao nível europeu).

Uma má notícia para o Belenenses, como já referimos antes, pois aquele que é por muitos considerado o melhor jogador nacional vai deixar o Restelo... Simultaneamente, trata-se de mais uma prova de que, com trabalho, o Rugby português está em condições de «exportar» grandes jogadores.

Para saber mais sobre o Cork Constitution e sobre a equipa do Munster, visite os respectivos sites oficiais:

Cork Constitution FC
Munster Rugby Branch

sexta-feira, setembro 29, 2006

Entrevista ao Prof. Tomaz Morais

A apenas uma semana de partida para Itália, onde a selecção portuguesa enfrentará o XV transalpino em jogo a contar para a Pool A da 5ª ronda de qualificação do Mundial de França 2007, o Blog BELENENSES XV foi assistir ao treino dos «Lobos» da passada 5ª feira. Na circunstância, o seleccionador nacional, Tomaz Morais, acedeu a falar connosco sobre os jogos que se avizinham.


Legenda: Tomaz Morais (Créditos: Getimage).

Belenenses XV: Depois da digressão à América do Sul e da partida com a equipa de Oxford, qual é o balanço que faz dos trabalhos de preparação da selecção nacional?

Tomaz Morais: O balanço é muito positivo. A partir do momento em que conseguimos uma série de vitórias consecutivas com a selecção de XV, eu próprio e sem que isso me tivesse sido proposto, achei que a selecção tinha de começar a jogar com países ou equipas que tivessem uma qualidade de Rugby superior àquela que nós jogávamos.

Foram importantes as vitórias e os resultados alcançados, mas para evoluir como equipa tínhamos ir à procura de equipas como as Fiji, Uruguai, Chile, o Stade Toulousain (que defrontámos com uma equipa composta por alguns jogadores mais experientes e outros mais jovens, que foram lançados). O facto de termos defrontado a equipa de Rosário, Buenos Aires e novamente o Uruguai serviu também para elevarmos o nível dos adversários.

Havia também uma saturação dos jogadores por jogarmos há 5, 6 ou 7 anos sempre contra a Geórgia, a Roménia, a Rússia, Espanha… países que são os nossos adversários regulares.

Tomei portanto a opção estratégica de começar a jogar contra equipas mais fortes (em termos de nível e conhecimento do jogo), de um patamar superior… e quando fomos à Argentina foi exactamente para isso.

Não foi uma viagem cómoda… foi uma viagem difícil. Jogámos três jogos em oito dias, treinámos todos os dias, por vezes dois treinos diários, e o objectivo era mesmo dar a fase de carga máxima para tirarmos rentabilidade dela mais tarde. Na Europa não tínhamos ninguém com o valor dessas equipas disponível para jogar neste período.

Surge também aqui o problema que é o campeonato começar apenas em Outubro, com o jogadores a estarem muito tempo parados em Portugal devido ao prolongado período transitório entre uma época e outra, o que já não se justifica. Muitos jogadores estão muito tempo sem fazer nada pois não têm o hábito de treinar individualmente. O jogador português joga Rugby, gosta de jogar Rugby, tem paixão pelo jogo – o que é fantástico – mas não tem o hábito de se cuidar para aquilo que o jogo exige…

A nossa preparação foi toda nesse sentido: preparar da forma mais profissional possível a equipa, sabendo sempre que ele são amadores. Organizámos a ida à Argentina, o jogo com Oxford e temos trabalhado aqui (no Estádio Nacional) semanalmente, por vezes de manhã (parte física, das 8h às 9h) e à noite o treino de Rugby, no campo.

No fundo estamos a rentabilizar a boa vontade, a entrega e o grande espírito que existe nesta «rapaziada» que defende as cores da selecção, e simultaneamente tentar diminuir o nosso fosso relativamente aos jogadores profissionais, que fazem do Rugby a sua vida há muitos anos, jogando em equipas totalmente profissionais (como vai ser o caso dos nossos próximos adversários).

Começámos um pouco tarde a preparação e devíamos ter começado 15 dias mais cedo. Mas existem dificuldades. Os jogadores têm famílias e empregos, e não podiam conjugar as férias com o início da temporada e eu resolvi começar com todos.

Na América do Sul correu tudo muitíssimo bem, e podíamos ter ganho dois jogos. Contudo, com Rosário, num jogo que «foi nosso» – fomos nós quem o perdeu e não Rosário quem ganhou – chegámos na véspera e não tivemos tempo de preparar o jogo. A 20 minutos do início do jogo ainda estávamos no autocarro, com o público e o adversário à espera, em campo. Houve uma fase de desconcentração grande, utilizámos 27 jogadores num jogo o que também não ajuda.

Depois fomos totalmente superados no segundo jogo, apesar de termos montado uma defesa fantástica. Foi o jogo com Buenos Aires. Alcançámos alguns objectivos na defesa e conseguimos uma coisa muito boa: jogar contra uma equipa de nível muito semelhante ao da Itália. Os jogadores perceberam que, com determinados tipos de erros que cometemos, ele vão marcar fácil…

São equipas que estão habituadas a aproveitar os erros do adversário ao máximo, e se nós cometermos esses erros, a vitória adversária é mais fácil…

Belenenses XV: A questão dos erros foi salientada pelo Professor após o jogo com Oxford… Falou em «erros infantis». Quais são esses erros?

Tomaz Morais: Esses erros são claros.

Nos últimos três jogos que fizemos – a contar para a Nations Cup – eu sabia que se as coisas nos corressem bem poderíamos ir à final e até ganhar. Quando aceitei esse Torneio foi exactamente com essa perspectiva.

O jogo com a Rússia correu-nos mal. Devido aos «sevens» e às competições nacionais, resolvemos começar a treinar apenas na sexta-feira antes do jogo, que se realizou numa terça. A equipa apareceu totalmente desconcentrada…

Os jogadores nunca tiveram a cabeça no jogo e pensaram que seria uma partida fácil. Pensaram que a Rússia tinha jogado 48 horas antes e que vinha cá apenas passear… E foram totalmente surpreendidos pela qualidade de jogo russa. Já sabíamos que essa qualidade existia e já a tínhamos sentido na pele num jogo à chuva em que empatámos 19-19, num jogo em que a Rússia nos foi superior não fisicamente mas tecnicamente. Acabaram por empatar com a felicidade de um erro do árbitro… o que nos penalizou, pois a alta competição não tem a ver apenas com qualidade de jogo, mas sobretudo com resultados.

Eu tinha avisado os jogadores para terem cuidado com a Rússia, pois aquele havia sido um bom resultado para Portugal, atendendo ao que se passou dentro do campo… Mas eles não ouviram. Estou perfeitamente consciente de que não me ouviram… e eles também. Jogaram demasiado desconcentrados e quando quiseram reagir já era tarde pois já não havia conjunto, não havia colectivo. Havia um conjunto de bons jogadores a tentar um resultado positivo mas sem saber como.

Depois desse jogo a equipa reagiu psicologicamente, trabalhou muito bem e podia ter vencido facilmente a Itália A. Portugal teve o jogo controlado e podia tê-lo «morto» com dois ou três ensaios falhados a cinco ou seis metros da linha… e vai empatar infantilmente, com os mesmo erros que comete agora: erros de natureza táctica e de rigor. Estamos a querer jogar bonito e bem, e por vezes esquecemo-nos que em determinadas zonas do campo o que interessa é não errar. Esses foram os erros que nos custaram o empate.

Com a Argentina A passou-se a mesma coisa. As faltas infantis que cometemos e os consequentes cartões amarelos marcaram o jogo. Na primeira parte fomos mais fortes e foi normal serem eles a dominar no segundo tempo… Todavia, a partir do momento em que houve a expulsão ficámos condicionados na gestão que tínhamos planeado para a segunda parte. A Argentina chegou com relativa facilidade à vitória nesse jogo. Foi uma derrota com sabor a vitória, pois perder por 5 pontos com uma equipa como aquela deixa sempre um sentimento de vitória nos jogadores…

O que é certo é que podíamos ter ganho esses jogos e perdemos por culpa própria.

Na pré-época voltámos a cometer os mesmos erros. Sofremos até ao momento 10 ensaios e nenhum deles foi construído… O adversário não construiu até agora nenhum ensaio contra Portugal, e todos eles foram consequência de erros da nossa equipa, quando pressionada em algumas zonas do campo. Nenhum desses erros foi de organização… mas antes de carácter individual, de desconcentração e até repetitivos, algo que me preocupou.

No jogo contra Oxford quisemos emendar em termos de sistema de jogo, mas há erros que têm surgido em determinadas zonas do campo e sempre da mesma forma. Creio que a equipa aprendeu com esses erros e a pré-época serviu para isso. Se queremos chegar ao campeonato do mundo não os podemos cometer.

Belenenses XV: Não convocou os jogadores que actuam em França – Gonçalo Uva e David Penalva - para a digressão à Argentina…

Tomaz Morais: Eles foram convocados. Os clubes é que não os libertaram…

Belenenses XV: … então não foram utilizados por essa razão, mas… estarão disponíveis para o jogo com a Itália?

Tomaz Morais: Eles estão convocados para o jogo com a Itália, mas se me disser que eles não estarão disponíveis… não me admira. Não tenho a certeza de nada, e quanto mais tempo passa menos certezas tenho. Neste momento sinto que Portugal é um país sem poder e que não há respeito pela selecção portuguesa por parte dos clubes franceses.

Belenenses XV: No que diz respeito aos médios são conhecidas as dificuldades na posição de formação e falou-se na indisponibilidade do Luís Pissarra para ir a Itália. Todavia, no último domingo ele apareceu com a camisola n.º9… Isso significa que ele vai estar disponível para a selecção?

Tomaz Morais: Eu penso que sim.

O Zé (José Pinto) foi um herói. Jogou três jogos na América do Sul sozinho, e teve a responsabilidade de jogar a médio de formação sem descansar. Tirei-o apenas 10 minutos no jogo com Buenos Aires, adaptando o Pedro Leal à posição de formação, para ele descansar.

Eu senti que o Zé vinha muito cansado da Digressão à Argentina e que tinha de descansar. Não há também nenhum grupo que evolua sem ter competição interna. Ainda não há, infelizmente…

Não está preparado mais nenhum médio de formação para ser rival do Zé, e o Lóios por dificuldades pessoais e profissionais afastou-se entre Junho e Agosto. Não pode começar o trabalho com a equipa, juntou-se tarde e não foi à Argentina por motivos pessoais, apesar de estar convocado. Decidi colocá-lo a jogar no encontro com Oxford, para ver qual dos dois me poderia servir melhor em determinados momentos. Eles são jogadores completamente distintos, com características completamente distintas… e nós vamos ter jogos também eles muito distintos.

A selecção precisa de dois jogadores de elevada qualidade naquela posição, e penso que com o Zé e com o Lóios, nessa posição, a equipa de Portugal está muitíssimo bem servida.

Belenenses XV: No que diz respeito aos jogos que se avizinham, como é que a equipa os vai abordar?

Tomaz Morais: Nós abordamos todos os jogos da mesma maneira: até terminar temos de ter sempre a intenção, a atitude e a esperança de ganhar, seja contra quem for.

Eu acho que Portugal se tem superado sempre contra adversários que jogam bom Rugby, do ponto de vista técnico. Quanto maior o nível técnico do adversário, melhor é o jogo da equipa portuguesa, uma vez que jogamos um Rugby positivo e construtivo. Tentamos jogar à mão, co uma equipa organizada, temos sectores onde atacamos e os jogadores têm um sistema de jogo moderno. É um modelo dos mais dinâmicos a nível de selecções… não há muitas selecções a jogar como Portugal joga, de forma aberta e à procura de ensaios.

As equipas jogam cada vez mais fechadas, para não perder ou para ganhar por um. Nós jogamos, hoje em dia, um Rugby que dá gosto ver, o que torna cada vez mais exigente quem assiste aos jogos. As pessoas cada vez querem mais… querem ver ensaios como o do Kiki (Pedro Carvalho) no passado domingo... Não há muitas equipas a construírem ensaios assim… Há muitas equipas a marcar os ensaios que Oxford marcou, aproveitando os erros do adversário. E o Rugby de alto rendimento é cada vez mais assim. Está feio nesse aspecto.

Nós temos a nossa escola e as nossas «convicções», e continuaremos assim.

Portugal pode fazer um grande jogo. Pessoalmente acredito muito que se conseguirmos alguns objectivos, como entrar bem no jogo, sem medo do adversário, sem receio das camisolas, não estar preocupados com o Estádio cheio a gritar pela Itália… se a equipa tiver essa força psicológica, se nos primeiros 20 minutos não sofrer pontos, se conseguir jogar no meio campo adversário e se conseguir lançar ataque à mão sem problemas… se ao intervalo estivermos dentro do resultado… tudo é possível no Rugby!

Bem sei que os 20 minutos finais em Itália, com um resultado desses, vão ser de loucos… Mas nós temos de estar preparados para isso e é nesse sentido que temos vindo a trabalhar a equipa.

Eu acredito e a equipa acredita que pode fazer a vida negra à Itália… e quem sabe se a sorte que nos tem fugido nos jogos difíceis não venha um dia ter connosco. Há sempre uma primeira vez para tudo na vida, e quem sabe se não é desta.

Belenenses XV: No que respeita à Rússia, no último ano obtivemos um empate e cedemos uma derrota mais ou menos inesperada…

Tomaz Morais: É bom que se saiba que nas vitórias com a Rússia apenas numa delas dominámos completamente o adversário. Foi aquela em que ganhámos por 1 ponto em Coimbra, na qual devido a uma má arbitragem e devido a ansiedade da equipa não conseguimos traduzir em pontos o domínio que tivemos…

Em todos os outros jogos com a Rússia, incluindo o de Krasnodar, quando vencemos por 11 pontos, a equipa esteve sempre «cinquenta-cinquenta» com este adversário.

Não vamos cair em ilusões. Nós ganhámos porque soubemos ganhar esses jogos, mas se tivesses perdido também não teria sido injusto.

O jogo com a Rússia é um jogo de «cinquenta-cinquenta»… agora, estou perfeitamente convencido de que com o apoio de todo o Rugby português, se as pessoas quiserem sair de casa para apoiar a selecção, com tudo aquilo que passámos ao longo destes últimos cinco anos – atravessámos o mundo, dormimos tapados por equipamentos – não é este jogo que nos vai impedir de ir em frente.

Nesse jogo, os jogadores têm de dar tudo. O que têm e o que não têm. Têm de ser impecáveis e tacticamente não podem falhar. Não é nenhum deles que vai resolver o jogo. Quem o vai fazer é a equipa, e eles vão ter de se convencer disso. A equipa dentro do campo, como uma verdadeira equipa, vai ter de resolver o jogo.

… E esse é o trabalho que nos falta: convencê-los de que, tal como aconteceu no passado, vão vencer agora, jogando em equipa. Não é a táctica, a touche, a mêlée… é fazê-los acreditar que vai haver um sistema e uma estratégia, e que eles colectivamente vão saber actuar.

Belenenses XV: Ainda relativamente ao apuramento, o Professor referiu ao jornal O JOGO que entre os dois jogos – Itália e Rússia – seria bom realizar uma partida particular…

Tomaz Morais: Sim, era fundamental.

Belenenses XV: … e esse jogo, vai realizar-se?

Tomaz Morais: Não… não porque nos foi atribuído um orçamento para a preparação relativa a estes jogos de apuramento, e já está completamente esgotado. Não temos portanto possibilidades financeiras, e temos de respeitar as verbas atribuídas.

As grandes equipas também se vêem assim… São aquelas que respeitam as condições financeiras que lhes impõem.

A equipa de Montpellier aceitou jogar connosco, no dia 14 em França, mas nós não temos dinheiro para nos deslocarmos… A verdade é essa e não vamos.

Esta é a preparação possível, e é com ela que vamos, cheios de esperança.

Belenenses XV: Para terminar, gostaria de deixar alguma mensagem às pessoas do Rugby e de fora do Rugby, relativamente aos jogos que se avizinham e particularmente no que diz respeito ao que disputaremos em casa, com a Rússia? Como é que os adeptos podem ajudar a equipa?

Tomaz Morais: Penso que as pessoas que estão à volta do Rugby, que conhecem a modalidade, a selecção e a nós, têm tido imensas alegrias nos últimos anos por pertencer ao Rugby. Hoje em dia, a realidade do Rugby português é completamente diferente do que era, e o respeito que alcançámos – nacional e internacionalmente – é completamente diferente, o que nos deixa muito orgulhosos.

Somos um povo tradicionalmente exigente, e é assim que temos que ser, mas o que é certo que nós demos uma «reviravolta» clara naquilo que é o Rugby português e na sua imagem. Hoje em dia é muito respeitado, e não há ninguém que não tenha admiração por todos os rapazes que jogam Rugby e pelo nome «Portugal Rugby».

Creio que aquilo que podemos fazer agora, todos, é irmos ao Estádio e esperar uma grande tarde de Rugby contra a Rússia, adoptar uma atitude positiva de apoio a estes jogadores e ter esperança na vitória de Portugal…

Nós já fizemos, em treino, os possíveis e os impossíveis para estar preparados para vencer esse jogo. Assumimos todos que nunca iríamos desistir e que iríamos lutar até ao último segundo.

Temos um sonho, que é um sonho de todo o Rugby português, e queremos concretizá-lo. Tudo faremos para o conseguir. É essa a nossa missão e esta equipa já provou que tem espírito de missão.

ARS - Bom Trabalho

Mais uma vez a Associação de Rugby do Sul está a fazer o trabalho da FPR, desta feita é um excelente projecto, a pensar no médio e longo prazo – A Escola de Jovens Árbitros.




«A ARS pensa que a sensibilização para a importância e valores da arbitragem deve começar desde cedo, na formação dos próprios jogadores, dando condições para que estes, além de jogarem, possam ter o gosto e o orgulho de também serem árbitros.
Com este projecto de acção, pretende-se ajudar à captação de novos e jovens árbitros, valorizar a imagem da arbitragem e melhorar o conhecimento geral das leis e do jogo, o que, aliás, deve ser uma ambição de todos os que se preocupam com o desenvolvimento do rugby português.
A realização destes objectivos dependerá do empenho desde logo dos clubes, seus dirigentes e técnicos, e do apoio dos próprios árbitros seniores.»

Para conhecer o projecto na íntegra clique aqui.

Parabéns à ARS por todo o trabalho que tanto tem desenvolvido o Rugby português!

Problemas de memória...

Ontem realizou-se, no Estádio do Restelo (Pavilhão Acácio Rosa), uma Assembleia Geral Extraordinária do clube da Cruz de Cristo, acalorada e durante a qual surgiram os já habituais ataques às modalidades extra-futebol. É óbvio que cada um pode dizer aquilo que entender, desde que esteja na posse das faculdades intelectuais necessárias e se encontre em situação regular face ao clube, na qualidade de associado. O que na minha opinião não pode acontecer é faltar-se à verdade em questões histórias e de princípio, acerca do clube.

Dizer-se que o Belenenses é um clube de futebol «como demonstra o seu nome» (Clube de Futebol «Os Belenenses») obriga a que se faça uma leitura literal não apenas da palavra do meio, mas de todo o nome do emblema. Se é de futebol por causa do nome, é também só dos Belenenses (leia-se, os nascidos ou residentes em Belém) e de mais ninguém. É esse o clube que queremos, nós, «os Belenenses» espalhados por todo o mundo? Creio que não...

Os maus resultados do futebol profissional são, para muitos, a consequência do tão falado ecletismo, e o facto do Presidente do Clube, Eng.º Cabral Ferreira ter referido que «nascemos como um clube eclético basta ler os estatutos! Temos de discutir como ser ecléticos e não o facto de o ser» escandalizou muita gente... sem razão, digo eu.

O ecletismo - se bem gerido, com resultados e à Belenenses - engrandece o nosso querido emblema. Sobre a sua origem histórica, convido todos a ler este pequeno texto escrito há uns anos por Homero Serpa, grande jornalista do jornal «A Bola» e sócio de mérito do Belenenses:

«Um bom amigo descobriu nos seus papéis antigos um velhíssimo exemplar os Estatutos do «Club de Foot-Ball 'Os Belenenses'». Deu-me o livrinho de folhas amareladas com treze simples capítulos. Está muito bem estimada esta peça de museu belenense, que devia existir e não existe, assim como a história do popular clube, que foi de gente humilde e hoje será coito de timocracias. Acácio Rosa, nos seus livros, contribui com largos e importantes subsídios para alguém escrever a História do Belenenses, que seria a luta de um pequeno clube de bairro pela sua expansão, mas o importante não é historiar a obra colectiva, o importante é subir os degraus da promoção social como se isso desse respeitabilidade ao indivíduo. Lê-se no frontispício, num rectângulo destacácel: 'Foot-ball', natação, ciclismo, atletismo, hand-ball, basket-ball, rugby, hockey, pingpong e tiro. A memória dos homens pode ser curta, mas a memória dos livros é eterna».


Legenda: A primeira equipa de Rugby azul, nas Salésias, em 1928. (Créditos: Jornal «A Bola»).

O ecletismo belenense não é uma criação das actuais direcções. Não resulta da decisão de pessoas irresponsáveis. Não tem responsabilidades directas em maus resultados da modalidade n.º1 do clube, o futebol.

Ele nasceu com o Belenenses, dos belenenses e para os belenenses. Ele permitiu a miúdos e graúdos vestir a camisola do clube em modalidades diversas, encher a sala de troféus, projectar o nome do «Belém» nacional e internacionalmente.

Querer diminuir o enorme e indiscutível peso do futebol no seio - e na origem do clube - é um crime «lesa-pátria» que importa impedir. Mas desvalorizar todas as outras modalidades, o seu historial, os seus dirigentes, técnico e atletas passados e presentes... é no mínimo um grave problema de memória!

Derby regional «aquece» EDF Energy Cup


Há quem lhe chame um dos mais apaixonantes «derby's» do Rugby britânico: os embates entre Bath e Bristol, disputem-se no campo de um ou outros emblema. É por isso com muito interesse e paixão clubística que se inicia a EDF Energy Cup, competição que envolve equipas inglesas e galesas (outro foco de rivalidade) e que garante ao vencedor acesso directo à edição 2007/2008 da Heineken Cup.

Desta vez, e na 1ª jornada da prova, são os homens do Bath Rugby quem se desloca ao campo adversário, onde não vencem desde... 1998. Pela frente terão um XV de Bristol que comanda isolado a Guiness Premiership, depois de ter sido dado como o principal candidato à despromoção...

Os homens de Bath têm a sua favor a história da prova, que já conheceu diversos nomes (John Player Cup, Pilkington Cup, Tetley's Bitter Cup, Powergen Cup, Powergen Anglo Welsh Cup e, agora, EDF Energy Anglo Welsh Cup). A equipa do histórico REC já venceu a competição em 10 ocasiões, contra apenas 1 vitória do Bristol, em 1983.

As equipas colocarão em campo jogadores menos utilizados, pelo que o jogo não está a ser encarado como uma verdadeira final... Todavia, a rivalidade entre os clubes e a potencial importância da prova no acesso directo à Heineken Cup deverão ser motivos mais do que suficientes para um grande jogo em perspectiva.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Lobos trabalham arduamente!...



O Blog BELENENSES XV assistiu esta noite ao treino da selecção nacional senior, que trabalha arduamente no sentido de se preparar para os embates frente às equipas congéneres da Itália e Rússia.

Na circunstância, o seleccionador nacional Tomaz Morais concedeu-nos uma entrevista, a qual contamos publicar nos próximos dias.

Para já, e mesmo sem edição de imagem, deixamos os links para dois pequenos vídeos do treino desta noite, marcado por intenso trabalho físico e pelo bom espírito de equipa que caracteriza o grupo.

Vídeo n.º1
Vídeo n.º2

Notícias da Polónia

Já aqui noticiamos a vitória dos Sub-20 contra a Ucrânia, no entanto e apesar de todas as imprecisões do site da FPR relativas ao jogo «XV Presidente» – «Oxford Blues» decidi publicar na íntegra esta notícia, por ser assinada por Caleia Rodrigues e Pedro Netto.



A SELECÇÃO NACIONAL SUB20 NO CAMPEONATO DA EUROPA

«A Selecção Nacional SUB-20 teve ontem a segunda participação no Campeonato da Europa, jogando em Gdansk (11H00 locais) com a Ucrânia e tendo vencido por 18-0.

A equipa nacional entrou muito bem em campo, tendo marcado dois ensaios de bonito efeito através das suas linhas atrasadas.
A substancial melhoria na formação ordenada e a forma decidida como defendeu foram os grandes pilares desta primeira vitória no Campeonato.

No outro jogo do Grupo 2, a Polónia e a Alemanha empataram 18-18.
O último jogo da Selecção Nacional realizar-se-á no próximo sábado dia 30, às 15h00 locais (menos uma em Lisboa), contra a Selecção anfitriã (Polónia), actual líder do grupo.

Constituição da equipa:

Cláudio Tenreiro
Gonçalo Paiva (João Costa, 72m)
Vincent Coelho (Tiago Coelho, 60m)
João Fezas Vital
Diogo Jorge (Luís Lobo, 60m)
Francisco Bello (Francisco Miranda, 60m)
Francisco Mira, capitão
Salvador Cunha
Francisco Magalhães
Nuno Penha Costa
Tiago Cabral (Francisco Serra, 76m)
Rui Rodrigues
Duarte Bravo
Sérgio Franco
Nuno Durão

Marcador:

5-0 Ensaio de Duarte Bravo, 4m
10-0 Ensaio de Sérgio Franco, 19m
12-0 Transformação convertida por Nuno Costa
15-0 Penalidade transformada por Nuno Costa, 39m
18-0 Penalidade convertida por Nuno Costa, 70m

Gdansk, 27 de Setembro
Caleia Rodrigues, Pedro Netto»

O profissionalismo e o Rugby luso

Tudo parece clarificado. Diogo Mateus terá chegado a acordo com a equipa irlandesa da procínvia de Munster - actuais campeões europeus -, deixando para trás o Belenenses e Portugal, numa aventura irlandesa que merece e para a qual lhe desejamos a melhor sorte do mundo!



O Diogo é um jogador com enorme potencial, e pode progredir muito mais. Precisa de mais treino, de mais experiência, de mais jogo a alta velocidade, de adversários mas difíceis e de campos cheios. Precisa de respirar Rugby e encontrar, finalmente, um país e uma cidade - Limerick - onde possa evoluir como jogador e como homem, de uma forma inimaginável em Portugal.

Para o comum dos irlandeses - em especial para os adeptos da equipa de Thomond Park - o primeiro centro português é um perfeito desconhecido. Talvez alguns o conheçam do circuito de sevens da IRB... ou se calhar nem isso. É que os irlandeses não ligam nenhuma aos sevens.

Assim, quem se ligar aos fóruns da IRB ou da FIRA (nos respectivos websites) encontrará questões sobre o Diogo: quem é ele? alguém sabe como joga? como são os jogadores portugueses? porque é que não há mais profissionais em Portugal?

Alguns portugueses vão tentando responder, dizendo o que sabem sobre o Diogo e sobre os (poucos) jogadores lusos a actuar fora de portas. Mas o mais importante (ou preocupante) não é o facto de sermos mais ou menos desconhecidos no panorama internacional. É não nos questionarmos acerca do porquê de, provado que está o talento dos portugueses para o Rugby, não termos mais jogadores a alinhar em campeonatos e ligas profissionais.

Acredito que no fundamental esta questão se encontra ligada a três ou quatro aspectos fundamentais:

a) O perfil socio-económico do jogador de Rugby português, o qual se encontra num patamar elevado, e que levará sempre o jogador internacional luso a pensar nos prós e nos contras de uma possível profissionalização em ligas estrangeiras;

b) O facto de não existirem assim tantos jogadores portugueses com nível suficiente para ingressar em equipas e/ou ligas verdadeiramente motivadoras e interessantes;

c) O facto da maioria dos jogadores lusos levarem o Rugby «na desportiva», ou seja, com grande descontração e pouca disciplina. Fumam, bebem e não projectam o seu percurso desportivo para além da realidade do clube ou, na melhor das hipóteses, da selecção;

d) A existência de jogadores que, de forma consciente e perfeitamente legítima, não querem apostar no Rugby em detrimento da sua vida familiar, profissional e académica.

Cada caso é um caso... e cada jogador terá as suas condições objectivas e subjectivas para poder ou não alinhar no Top14 francês, na Pro2, na Celtic League ou mesmo na Heineken Cup.

O Diogo Mateus optou - ao que tudo indica - por dedicar mais uns anos ao Rugby de alto nível. Creio que é o desfecho natural de tantos a dedicar-se a 110% à modalidade. O centro belenense joga pelo clube, pela selecção de «sevens» e pela equipa de XV. Parece nunca dizer que não a nada, mostra uma capacidade de sofrimento invulgar e não tem férias... há anos!

As razões pelas quais não existem muitos mais «Diogos»... terão de ser analisadas pelas instâncias competentes, ou seja, pela FPR e pelo seu corpo técnico. É que as competições nacionais de clubes - secundarizadas, desvalorizadas e de baixo nível competitivo - não serão a curto/médio prazo o «viveiro» gerador dos talentos (e mais do que isso, dos jogadores feitos!) necessários para que Portugal se consolide no Top-20 Mundial, caminhando posteriormente para vôos mais altos.

Eu aponto desde já uma conclusão evidente, mas à qual ninguém parece prestar atenção: é necessário abrir o Rugby a todos os miúdos, de todas as classes sociais. É preciso que o número de praticantes se multiplique, aumentando assim as probabilidades de se encontrarem grandes talentos e jogadores com um projecto de vida ligado ao desporto profissional.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Sub-20 vencem Ucrânia (18-0)

A selecção nacional de Sub-20 bateu hoje a equipa da Ucrânia por 18-0, em jogo a contar para o Europeu da categoria, a disputar-se na Polónia.

De acordo com o site da FIRA-AER, ao intervalo a equipa lusa já vencia por 15-0 (dois ensaio, uma conversão e uma penalidade), pelo que no segundo tempo apenas há a registar um pontapé aos postes, a fixar o 18-0 final.

No capítulo disciplinar, destaque para o facto dos portugueses terem visto um cartão amarelo, contra dois mostrados aos adversários ucrânianos.

O próximo jogo será disputado no dia 30 (sábado), contra a equipa da casa - a Polónia - que até ao momento registou uma vitória frente à Ucrânia (31-8) e um empate frente à Alemanha (18-18).

Crónica de um jogo irreal...

Poderia optar por abordar o tema com ironia, mas não o farei. A ironia não me agrada, até porque soa um pouco a brincadeira, e este tema não tem piada nenhuma. O site da FPR voltou a bater no fundo (sim, ainda mais fundo!), publicando hoje uma crónica do jogo de domingo passado que mais parece... o retrato de uma outra partida, disputada por duas equipas apenas com o mesmo nome daquelas que estiveram em Massamá.

Para que se perceba o porquê deste nosso texto, propomos aos leitores que cliquem aqui (para aceder à tal notícia), ou se não tiveram paciência que leiam os excertos por nós seleccionados:

«O jogo que teve lugar no Campo do Real Clube Massamá acabou ao intervalo com resultado de 13-7 e terminou com 19-17.

O Seleccionador fez rodar 24 jogadores, entre os quais Diogo Mateus, Aderito Esteves e Pedro Carvalho que fizeram as transformações. Diogo Mateus que realizou 2 das 4 transformações marcou também um ensaio, juntamente com Pedro Leal que marcou o outro e foi também o responsável pela marcação de 4 penalidades.»

Qualquer pessoa minimamente instruída nas regras básicas do Rugby percebe que a quantidade de ensaios, conversões e penalidades atribuídas à equipa lusa não pode nunca corresponder aos 19 pontos que garantiram a vitória sobre os universitários ingleses. Dois ensaios são 10 pontos. Quatro conversão, são mais 8. Quatro penalidades correspondem a 12 pontos. 10+8+12... são 30!

Depois há questões que não são menores e que revelam total desconhecimento dos jogadores e das suas características. Diogo Mateus e Adérito Esteves a converter ensaios? Dois ensaios para os portugueses? Mas afinal o XV do Presidente jogou de azul?

O site da FPR está absolutamente desgovernado, sem rumo editorial, sem textos apelativos e elaborados a pensar nos leitores. Tem revelado deficiências múltiplas, de que este último exemplo é, claramente, o mas grave. Quem escreveu o texto:

a) Não viu o jogo, ou...
b) ... não percebeu nada do que viu!

Em qualquer dos casos é grave.

Prejudicados ficam os adeptos (claramente desprezados pela actual «política de comunicação» - inexistente - da FPR), a modalidade e sobretudo... Tomaz Morais e o seu grupo. Aqueles bravos rapazes merecem mais. E o Rugby português também.

António Cunha «Balula» no Barbarians FC

Introdução

Este artigo encontrava-se preparado há várias semanas, para publicação. Infelizmente, a actualidade do Rugby tem merecido mais espaço e atenção da nossa parte, sendo por vezes dificil encaixar artigos mais ligados à história de equipas, selecções e jogadores. Trata-se de um «campo» que exploraremos de forma mais elaborada e permanente no futuro. Este é o primeiro de vários artigos à História do Rugby português e Belenenses.

Mais tarde iniciaremos uma segunda série de artigos, designados «Perfis Azuis», a qual abordará a história pessoal e desportiva de alguns homens (e mulheres) do Rugby belenense.

António Cunha «Balula» no Barbarians

Uma das maiores honras a que um jogador de Râguebi pode aspirar é ser convidado a alinhar pelo menos uma vez na vida numa equipa do Barbarians FC, provavelmente o mais mítico e querido emblema do Râguebi mundial.

Representar o Barbarians FC é ver reconhecidas as qualidade não apenas técnicas enquanto jogador, mas sobretudo valorizada a postura e fair-play do homem, dentro e fora de campo. Assim, desde 1890 que os jogadores convidados a alinhar na equipa do emblema criado por William Percy Carpmael são como que verdadeiros embaixadores do Râguebi e do seu espírito primordial, marcado pelo genuíno desportivismo, honra e respeito pelo adversário.

Nos Barbarians joga-se pelo amor ao Râguebi e pela diversão. Ainda assim não se pense que as equipas da camisola alvi-negra encaram os jogos de forma menos séria. Pelo contrário, os Barbarians jogam sempre para vencer, e já proporcionaram aos amantes do Rugby alguns dos mais espectaculares jogos de sempre, como o que os opôs aos temíveis All-Blacks, em Cardiff, no ano de 1973.

Uma das características mais interessantes do clube é a tradição de jogarem os seus jogadores com camisola e calção igual - respeitando as cores dos emblema - mas com meias dos seus clubes de origem. É por isso possível - e até provável - que nos jogos dos Barbarians, a equipa alinhe com 15 pares de meias diferentes.

O Belenenses no Barbarians FC

Ora, «meias belenenses» já tiveram a honra de alinhar pela mítica equipa centenária, quando o Clube viu um dos seus melhores jogadores de sempre - o «asa» António Cunha, conhecido no meio pela alcunha de «Balula» - vestir a camisola dos Barbarians, no dia 9 de Novembro de 2004.


Legenda: António Cunha e a camisola do Barbarians por si utilizada, hoje colocada na parede da secção/bar do Rugby do Belenenses.

No jogo desse final de tarde, os Barbarians tiveram pela frente a equipa dos «Combined Services», constituída por jogadores de todos os ramos das forças armadas inglesas. A partida teve lugar em solo inglês, em Aldershot.

Com António Cunha seguiram de Portugal outros dois jogadores de excelência, internacionais lusos: o chutador Gonçalo Malheiro, do CDUP (então a alinhar pelos espanhóis do «Mappio 2012»), e o médio-formação Luís Pissarra, da equipa de Agronomia.

A partida terminou com a vitória dos «Combined Services» sobre os Barbarians, registando o marcador 38-36 e tendo cada equipa marcado 6 ensaios.

O convite para integrar uma equipa do B.F.C. terá sido um dos pontos altos da sua já prestigiada e longa carreira, sobretudo pelo que representa relativamente ao reconhecimento internacional das suas qualidades como raguebista, dentro e fora das quatro linhas. Ao vestir a camisola dos Barbarians, «Balula» passou a integrar um restrito grupo de jogadores continuadores do espírito original de WP Carpmael, e do qual fazem parte nomes tão importantes como Gareth Edwards, Cliff Morgan, Jason Leonard, David Campese, Phil Bennett, Jonah Lomu ou Fançois Piennar.

A lista de jogadores portugueses que já representaram o Barbarians FC é constituída por:

- António Cunha (Belenenses) - 1 jogo
- Luís Pissarra (Agronomia) - 3 jogos
- Gonçalo Malheiro (CDUP) - 3 jogos
- Joaquim Ferreira (CDUP) - 1 jogo

Évora já tem (ou volta a ter...) campo!

O R.C.Évora anunciou, através do seu site oficial, que após reunião com a CME, com o Lusitano Ginásio Clube e a administração da Évoraurbe, foi-lhe novamente concedida permissão para utilizar o Campo Estrela, para a disputa dos jogos caseiros. Para saber mais sobre o desfecho deste algo caricato e mal explicado processo, clique aqui.

terça-feira, setembro 26, 2006

Juniores e juvenis recebem o Técnico



As equipas de juniores e juvenis do Belenenses iniciam este fim-de-semana a temporada oficial, enfrentando na jornada inaugural do Torneio de Abertura os XV's homólogos do Técnico.

Os jogos estão marcados para domingo (dia 1 de Outubro), no Estádio Nacional, sendo que o jogo dos juvenis tem início às 13:00 horas e o dos juniores pelas 14:30 horas. Ambos os encontros serão apitados pelo mesmo árbitro, R.Pinto, solução que à partida não parece minimamente adequada. Terá o árbitro pernas para «duas partidas de rajada»?

Recordamos que as equipas do Belenenses estão incluídas nos grupos A de ambas as categorias, os quais incluem ainda os XV's dos seguintes emblemas: Direito, Técnico e Belas.

Itália já divulgou convocados

A Federação Italiana de Rugby (FIR) já divulgou a lista dos atletas convocados para o jogo do próximo dia 7 de Outubro, a disputar-se no Estádio Tommaso Fattori, pelas 15:00 horas locais.



Os «italianos» convocados - e escrevo italianos entre aspas pois a quantidade de naturalizados é... bem grande! - são os seguintes:

Robert BARBIERI (Overmach Parma)
Mauro BERGAMASCO (Stade Français)
Mirco BERGAMASCO (Stade Français)
Valerio BERNABO’ (Cammi Calvisano)
Marco BORTOLAMI (Gloucester)
David BORTOLUSSI (Montpellier)
Gonzalo CANALE (Clermont-Auvergne)
Pablo CANAVOSIO (Castres)
Martin CASTROGIOVANNI (Leicester)
Roland DE MARIGNY (Cammi Calvisano)
Carlo Antonio DEL FAVA (Bourgoin)
Santiago DELLAPE’ (Biarritz)
Carlo FESTUCCIA (SKG Gran Parma)
Ezio GALON (Overmach Parma)
Paul GRIFFEN (Cammi Calvisano)
Andrea LO CICERO-VAINA (L’Aquila)
Andrea MARCATO (Benetton Treviso)
Andrea MASI (Biarritz Olympique)
Fabio ONGARO (Saracens)
Gonzalo PADRO’ (Biarritz)
Sergio PARISSE (Stade Francais)
Salvatore PERUGINI (St.Toulousain)
Simon PICONE (Benetton Treviso)
Matteo PRATICHETTI (Cammi Calvisano)
Kaine ROBERTSON (Arix Viadana)
Michele SEPE (AlmavivA UR)
Josh SOLE (Arix Viadana)
Fabio STAIBANO (Overmach Parma)
Marko STANOJEVIC (Bristol)
Alessandro ZANNI (Alvisano)

Para mais informações sobre a partida, consulte o site da equipa do Infinito L'Aquila, clicando aqui.

Do lado luso, Tomaz Morais ainda não definiu o grupo final que se deslocará a solo transalpino, sendo previsível que apenas o faça após o fim-de-semana.

Selecção Sub-20 perde na estreia

A selecão nacional Sub-20 perdeu o seu primeiro jogo a contar para o Europeu da Categoria, que se realiza na Polónia. Na jornada inaugural do Grupo 2 da 1ª Divisão, os nossos rapazes não foram além de uma derrota por 31-13 face à Alemanha (10-6 ao intervalo).

Em jogo a contar para o mesmo grupo, a equipa da casa bateu a Ucrânia por 31-8.

O próximo jogo de Portugal terá lugar no dia 27, contra a Ucrânia, e será apitado pelo senhor Grzegorz Michalik.

Para já, a classificação do Grupo 2 (1ª Divisão) é a seguinte:

1. Polónia - 3 pts.
2. Alemanha - 3 pts.
3. Portugal - 0 pts.
4. Ucrânia - 0 pts.

Grupo 1 - Resultados e Classificação:

Espanha, 0 - Roménia, 62
Geórgia, 15 - Rússia, 7

1. Roménia - 3 pts.
2. Geórgia - 3 pts.
3. Rússia - 0 pts.
4. Espanha - 0 pts.

A raínha e o republicano...

Tenho vindo a trabalhar em alguns textos dedicados aos Mundiais de Rugby, que desde 1987 se disputam de 4 em 4 anos, e que terão no próximo ano de 2007 nova edição, quando a França receber a prova máxima da modalidade.

Parte desses textos referem-se a aspectos puramente desportivos: grandes jogos e jogadas de antologia, grandes jogadores e records diversos. Hoje, todavia, preferi dedicar-me a analisar aspectos dos Mundiais que transcendem a sua importância (grande, aliás) meramente desportiva. Refiro-me a «estórias» que também se encontram directamente relacionadas com os Mundiais, ainda que não tenham tido neles influência directa.

Uma dessas «estórias» diz respeito ao capitão da equipa australiana que, em 1999, levantou a Taça William Web Ellis, em pleno relvado galês do Millenium de Cardiff. Falo naturalmente de John Eales, o 2ª linha «aussie» que deixou saudade após o seu abandono do Rugby internacional, em 2001, depois de uma vitória sobre a Nova Zelândia, obtida em Sidney (29-26), a 1 de Setembro.


Legenda: John Eales, capitão dos Wallabies.

O que se passou dentro de campo nesse Mundial de 1999 está descrito e é por quase todos conhecido. Os australianos apresentavam de facto a melhor equipa do Mundial, talvez apenas ameaçada pelo poder dos neozelandeses, surpreendentemente «arrumados» na meia-final por uma França que jogou tudo o que tinha para jogar.

Fora do campo, todavia, o Mundial coincidia com a realização de um referendo - em solo australiano - acerca da constituição ou não de uma República, independente do Reino Unido e da sua coroa. O famoso referendo de 1999 tinha, em termos práticos, a capacidade para decidir o afastamento da Austrália relativamente à «tutela» da Raínha de Inglaterra e seus descendentes. John Eales, capitão dos Wallabies, era um conhecido defensor da causa republicana...

O debate político na Austrália foi aceso, e o resultado do referendo «apertado», com a ligação ao Reino Unido a manter-se devido a 54.4% dos votos na hipótese «Sim». Apenas a pequena região da capital australiana - conhecida por ACT - votou pela República, alcançando o «Não» cerca de 63% dos votos.



Mesmo antes de ser conhecido o resultado do Mundial, Eales sabia que teria de se encontrar com a Raínha Elizabeth II, por razões institucionais ligadas às relações entre o Reino Unido e a Comunidade da Austrália (Commonwealth of Australia). Abordado sobre o assunto pela comunicação social, Eales optou por responder de forma politicamente correcta, garantindo que teria todo o gosto em encontrar-se com uma grande figura mundial, como a Raínha dos britânicos. Coisa bem diferente seria dizer que a aceitava também como sua raínha...

Terminada a prova, e depois de uma final facilmente arrebatada pelos «aussies» frente a um XV gaulês completamente esgotado e sem imaginação, a Raínha Elizabeth II desceu ao relvado, e entregou a John Eales a pequena Taça do Mundo, conhecida entre os homens do Rugby como «Taça William Web Ellis», ou simplesmente «Bill». O momento foi naturalmente registado pelas câmaras fotográficas, e guardado para a posterioridade.


Legenda: John Eales recebe a Taça das mãos da Raínha de Inglaterra (Créditos: Rugby Heaven)

Nos antípodas, em plena Oceânia, um país rejubilava de alegria, com a conquista do segundo título mundial de Rugby (feito único, nunca alcançado por nenhuma outra nação)... Mas os defendores da República, como Eales, choravam simultaneamente, lamentando a oportunidade perdida de obter uma independência que desejavam pelo menos tanto como o prestigiado troféu desportivo.

Rugby World # 555



Número redondo - 555 - e novo grafismo. A Rugby World de Outubro saiu para as bancas este mês de cara lavada (ainda que, em alguns aspectos e na minha opinião, não esteja melhor) e com destaque para quatro figuras das quatro «home-nations»: Martin Corry, Jason White, Brian O'Driscoll e... o inevitável Gavin Henson.

Não sei que «raio de paixão» tem a revista pelo defesa galês, ou que esperanças ainda depositam no rapaz, mas no último ano é a segunda grande reportagem sobre o jogador dos Ospreys, que tarda em mostrar o que vale. Só consigo perceber a insistência da revista à luz de critérios comerciais: o Gavin Henson vende papel!

De resto, e para os mais interessados, eis o índice da edição de Outubro de 2006, na versão original (inglesa):

10 Letters
140 Fitness
144 The Backs
146 Keating

12 THE DIRECTORY
All the fixtures for the month ahead

24 SIDELINES
Tri-Nations, New York, France, Italy, Edinburgh, Bali, Chris Bell and more

29 COLUMNISTS
Dallaglio, Williams and Bradley

40 SPOTLIGHTS
Phil Davies, David Humphreys and Stuart Grimes are among those eager to impress this season

48 MARTIN CORRY
Staying positive for club and country

54 GAVIN HENSON
Ready to let the good times roll again

60 BRIAN O'DRISCOLL
Hunting for European glory

66 JASON WHITE
Craving continued success

72 THE JONES DEBATE
Where have all the Exiles gone?

82 LONDON WASPS
Ireland scrum-half Eoin Reddan is a man in a hurry

90 GLOUCESTER
Dean Ryan's mountainous challenge

96 BATH
Mystery men uncovered at the Rec

100 SARACENS
Fabio Ongaro is the new man in black

106 BRISTOL
Matt proves he's the salt of the earth

112 NEWCASTLE
The Falcons forwards believe they can mix it with the best this season

116 HARLEQUINS
Paul Volley is now leading his old rivals

120 WORCESTER
Gavin Quinnell wants to make his mark

126 TAG RUGBY
We meet the UK charity introducing developing countries to tag rugby

132 LEEDS
The Tykes are aiming for a speedy return to the Guinness Premiership

148 THE LOCKER ROOM
Enjoy our new section where we check out London Irish's lineout – giving you some tricks of the trade – and answer your fitness queries. Plus we review the latest books, DVDs and products on the rugby market

segunda-feira, setembro 25, 2006

Magners League (4ª jornada)



(Texto elaborado por Manuel Mourão, a quem desde já enviamos um forte agradecimento!)

A jornada deste fim de semana da Celtic League tinha como jogos principais Ulster vs Ospreys e Scarlets vs Leinster, ambos os jogos já mostraram um pouco mais de qualidade nesta prova, devido em parte à inclusão de muitos internacionais que vão ficando livres das Seleccões e começam então a ganhar tempo de jogo nas pernas.

Realce nesta altura para a boa forma da grande maioria de jogadores Galeses, prevendo um bom crescendo até aos Testes de Outono. Os Escoceses continuam a sua agonizante travessia de maus resultados e exibicões, enquanto a dúvida subsiste em relação aos dois grandes Irlandeses que tardam em colocar os seus melhores jogadores e por conseguinte a obter as devidas exibições e pontos.

Ulster, 43 - Ospreys, 7

Assistência: 10.800

Destaque da jornada, jogo entre as duas equipas que em teoria, e por diversos motivos são consideradas as favoritas aos dois lugares de topo nesta competição.

Ulster a jogar em casa pode-se dizer que, em relação a jogadores disponíveis, se apresentou em quase máxima força, com muitos dos seus internacionais a jogarem de início. Os Ospreys, com grande profundidade de plantel também se apresentaram com um XV inicial de boa categoria, mas que cedo acusou o grande numero de jogos deste início de epoca (4 em pouco mais de uma semana) e viria a sofrer um verdadeiro colapso, perante uns avançados do Ulster fortíssimos, assim como um meio campo e linha de defesas bastante inspirada, com destaque para o formação Isaac Boss (Man of the Match) e Paul Steinmetz (1 internacionalização pelos All Black).

Na realidade o jogo até comecou bem para os Galeses que mostraram muita vontade concretizada num ensaio que começou com um passe do antigo All Black Justin Marshall para Gavin Henson entrar pelo espaço aberto e finalmente oferecer a bola a Byrne para o ensaio, que foi convertido e marcou os pontos finais dos Ospreys. A partir daí só deu Ulster, com os Galeses em declínio, sem grande orientação, com um Gavin Henson a jogar a Abertura completamente desinspirado. No fundo resume-se ao facto de sem grande exuberância Ulster fez o básico bem (formações e alinhamentos)
enquanto os Ospreys não, fazendo muitos erros, que aos poucos e com paciência foram sendo aproveitados para construir o resultado volumoso.

Nota Positiva: Ulster conquista um ponto de bónus num jogo com um adversário directo (4 ensaios).

Nota Negativa: Gavin Henson continua a ser um alvo favorito de marcações cerradas, ainda não encontrou a forma de há uns anos e Stephen Jones não precisa de se preocupar com esta concorrência à camisola 10 de Gales.

Llanelli Scarlets, 33 - Leinster, 21

Assistencia: 6.700


Legenda: Os Leinster tentaram parar os galeses, sem sucesso (Créditos: Site oficial dos Llaneli Scarlets/Arquivo).

Outro jogo de interesse pois os Galeses se vencessem, o que fizeram, passariam para o primeiro lugar da Celtic League. Enquanto os Scarlets contaram com muitas das suas estrelas, Dwayne Peel e Stephen Jones num meio campo de luxo (que é o da Selecção Galesa) os Irlandeses continuam sem os seus grandes nomes. De qualquer das formas foi um jogo agradável de seguir, nos primeiros 15 mins diabólicos os Scarlets marcaram 4 (!!) ensaios metendo logo ali no bolso o ponto de bónus. Os Irlandeses lançaram uma réplica muito boa, com excelente prestação do seu novo médio de formação (Chris Withaker, ex-internacional Australiano) assim como de Felipe Contepomi, muito regular a marcar o tempo das investidas constantes da sua equipa. O interesse foi sempre de saber até onde Leinster conseguia recuperar, e verdade seja dita mantiveram a assitência na expectativa até ao fim pois conseguiram 3 ensaios e quase que estiveram a obter o ponto de bónus tambem devido a diferença de pontos.

Ainda não foi desta que Leinster conseguiu mostrar solidez suficiente para ser candidato levado a sério nesta competição.

Nota positiva: Os primeiros quinze minutos dos Scarlets, com muita dinâmica e entrosamento, com um pack a apresentar muita bola jogável à sua defesa.

Nota negativa: Lesão de Dwayne Peel, foi substituído e ainda não se sabe a gravidade mas pode correr o risco de falhar os Testes de Outono pela Selecção Galesa. Se assim for, uma baixa de vulto.

Restantes jogos

O resto da Jornada Connacht e Edimburgo empataram 22-22 com a equipa da Província de desenvolvimento Irlandesa a segurar os pontos já mesmo no fim, e a mostrar que a sua alma continua a fazer com que sejam uma equipa chata de bater.

A jogar em casa na Escócia Border Reivers continua a má prestação ao perder com Newport-Gwent Dragons por 8-20 num jogo desinteressante marcado por muito mau tempo.

Realce ainda para a vitória dos Cardiff Blues em casa (a sétima consecutiva em casa) por 27-9 frente a uns valorosos Glasgow Warriors que lutaram muito mas foram incapazes de contrariar a boa forma dos Galeses, com especial destaque para Ben Blair (1 ensaio, 3 conversoes e 2 penaltis "Man of the Match") e boas prestacoes de nomes conhecidos como Tom Shanklin, Martyn Williams e Xavier Rush.

Classificação:

1. Llanelli Scarlets - 19 pts.
2. Ulster - 15 pts.
3. Ospreys - 13 pts.
4. Edinburgh Gunners - 11 pts.
5. Cardiff Blues - 10 pts.
6. Dragons - 10 pts.
7. Connacht - 10 pts.
8. Leinster - 5 pts.
9. Glasgow Warriors - 5 pts.
10. Munster - 4 pts.
11. Border Reivers - 1 pt.

Destaque para o próximo fim de semana derby Irlandês Munster vs Ulster.

domingo, setembro 24, 2006

XV do Presidente vence Oxford (19-17)

O chamado «XV do Presidente» venceu esta tarde a formação universitária de Oxford (os «Oxford Blues») por 19-17, num jogo marcado por muita luta e confronto entre os blocos avançados. O XV português bateu-se com valentia, e não obstante o nível do seu jogo não ter sido o melhor, a equipa parte para a fase final de preparação para a 5ª ronda de apuramento do Mundial com uma vitória sobre um conjunto difícil e... com renovada confiança.

Breve síntese da partida

A chuva não ajudou ao espectáculo nem à mobilização dos amantes da modalidade, e o jogo valeu sobretudo pela vontade que as equipas demonstraram em vencer este encontro amigável (o qual por vezes de amigável teve pouco...).


Legenda: Luís Pissarra actuou de início na sua posição habitual de «médio-formação».

Entrou melhor a equipa nacional, que à passagem dos 15 minutos já vencia por 13-0, fruto de duas penalidades e um ensaio (debaixo dos postes) convertido pelo pé de Duarte Pinto.

O jogo era disputado em grande medida pelos packs avançados das duas equipas, que lutaram muito pela posse da bola. Os portugueses pareceram mais «frescos» no primeiro tempo, e obrigaram o XV inglês a optar por um estilo de jogo mais destrutivo do que construtivo. Ainda assim, e já depois de Pedro Cabral ter saído lesionado, os azuis alcançaram o segundo ensaio da tarde (e o seu primeiro), convertido pelo australiano Joe Roff (n.º13, na partida desta tarde).

O intervalo chegava com Portugal em vantagem por 13-7.


Legenda: Avançados portugueses suaram no segundo tempo para segurar o poderoso pack da equipa de Oxford.

O segundo tempo iniciou com uma penalidade a favor dos portugueses (16-7) e, logo em seguida, dois ensaios ingleses (ambos sem conversão), o que colocava a equipa de Oxford na frente do marcador (16-17). Registe-se que, nesta fase do encontro, o árbitro João Mourinha mostrou o cartão amarelo ao flanqueador João Uva por pisar um adversário no ruck, critério que não aplicou de forma coerente, já que os britânicos usaram e abusaram dos «pitons» das suas botas durante a etapa complementar.

Perto do final, uma falta perto dos 22 metros defensivos da equipa de Oxford permitiu ao «advogado» Pedro Leal chutar para a vitória (19-17), garantindo ao XV do Presidente um precioso triunfo (o primeiro em quatro jogos disputados), que reconforta o grupo de trabalho nacional, após três derrotas na Digressão sul-americana do início do mês.

O resultado acaba por reflectir uma melhor prestação da equipa portuguesa (pese embora os ingleses tenham sido dominadores em alguns períodos do segundo tempo), mas não esconde algumas debilidades do XV nacional, nomeadamente ao nível do jogo ofensivo.

Os jogadores belenenses que actuaram pelo XV do Presidente esta tarde foram: Diogo Mateus, David Mateus, Manuel Mata Pereira, Cristian Spachuk, João Uva e Sebastião Cunha.

«Mais importante do que exibição foi ganhar»

O seleccionador nacional Tomaz Morais, numa análise final ao jogo, referiu que a equipa se encontrava sob alguma pressão depois das três derrotas consecutivas na Argetina/Uruguai, e valorizou o resultado, que servirá de motivação extra para o grupo de trabalho.

Para ouvir as declarações de Tomaz Morais clique aqui.

Diogo Mateus: situação por definir

O nosso Blog chegou igualmente à fala com o belenense Diogo Mateus, a propósito da sua possível transferência para Munster.


Legenda: Diogo Mateus, rodeado pelos «gigantes» ingleses.

O «1º centro» da equipa do Restelo referiu que a situação ainda não se encontra definida, já que o emblema irlandês ainda não confirmou o interesse na sua contratação, nem o jogador viu garantidas todas as condições de que necessita para rumar ao estrangeiro e a duas das mais competitivas provas do Rugby europeu: a Celtic League e a Heineken Cup.

Joe Roff «mal-humorado»

É certo que o jogo não lhe correu de feição, e que a pressão sobre os seus ombros deve ser enorme, já que ostenta (por mérito próprio) o estatuto de campeão do mundo de Rugby (1999, ao serviço dos Wallabies). Não creio todavia que, após um jogo amigável contra a equipa nacional, houvesse motivo para tamanha (aparente) falta de disposição...

Roff falhou alguns pontapés aos postes que poderiam ter garantido a vitória para a turma de Oxford, e no final da partida mostrou-se indisponível para aceder às solicitações dos «miúdos» do Belas, que o assediavam em busca do precioso autógrafo.


Legenda: Joe Roff, campeão do mundo pelos Wallabies e ex-jogador dos ACT Brumbies (antigo Super-12).

Bem mais simpáticos estavam os atletas e técnicos nacionais, que não regatearam dois dedos de conversa com os presentes, fazendo igualmente felizes os jovens jogadores que de caneta em riste pediam a assinatura dos seus «ídolos» lusos.

Dados Azuis

No início de uma nova época é tempo de olharmos para trás e pensar em números, não falo de questões financeiras mas sim do número de jogadores Azuis.

Já muito se escreveu aqui no BELENENSES XV sobre os escalões de formação, depois da apresentação da Análise do Biénio 2004/2006 da ARS. Agora é tempo de olharmos para dentro e verificarmos os pontos positivos e os menos bons (ou negativos), para recarregarmos baterias e criarmos uma estratégia para o nosso constante desenvolvimento.

Assim na época de 2005/2006 o total de jogadores inscritos no Rugby do CF «Os Belenenses» foi de 263.


Legenda: Todo Rugby do Belenenses no ano de 2001.

Ordem dos escalões que mais jogadores tiveram na época passada:

Iniciados
Infantis
Bambis
Seniores
Juvenis
Benjamins
Juniores

No que diz respeito ao panorama nacional do rugby Sub-15 o Belenenses foi responsável por cerca de 23% do aumento do número de atletas nos últimos 2 anos (Fonte: ARS).

Não tenho números concretos de outros clubes, conheço apenas o número de bolas que foram entregues pela FPR (tendo como critério primordial o número de atletas inscritos) e o Belenenses, para variar, foi o nº1. O Belém recebeu 48 bolas, 1 escudo e 1 chouriço.

Não me quero pronunciar acerca estes números por estar directamente envolvido como técnico nos escalões de formação, limito-me a publicar os dados. Aceitam-se comentários.

Estes dados mostram que estamos na vanguarda do Rugby em Portugal!

XV do Presidente vs Oxford Blues

O chamado «XV do Presidente» defronta esta tarde, no Campo do Real Massamá (concelho de Sintra), a equipa do Oxford RFC (na qual alinha o campeão do mundo de 1999, Joe Roff), conhecida no Reino Unido por «Oxford Blues». Para o jogo desta tarde, Tomaz Morais deverá efectuar algumas alterações relativamente aos XV's que utilizou na digressão à América do Sul.

As entradas serão gratuítas.

Nota:

Sobre a equipa dos «Blues», consulte um anterior artigo, dedicado à sua digressão ao Japão. Clique aqui.

Taça de Portugal sem surpresas

A agitadíssima ronda inaugural da Taça de Portugal 2006/2007 - marcada pela desistência de várias equipas e da desmarcação de um dos jogos principais da jornada, entre CDUL e Belenenses - acabou por ter um desfecho relativamente previsível, com CDUP, Direito e Agronomia a levarem a melhor sobre os seus opositores.

Eis a lista de resultados:

Cascais, 22 - Direito, 39
Técnico, 15 - Agronomia, 24
CDUP, 27 - Benfica, 24

sábado, setembro 23, 2006

Soltas

#1
Campeões homenageados

O Belenenses homenageou esta noite, durante o intervalo do jogo de futebol contra a Naval 1º de Maio, os campeões nacionais, atletas internacionais e campeões europeus 2005/2006.



De entre os representantes de todas as modalidades, a mais numerosa foi a do Rugby, com as equipas de Iniciados e Juniores a receberem medalhas relativas ao títulos conquistados, bem como alguns jogadores da equipa senior, igualmente distinguidos pela sua participação em jogos internacionais pela selecção de XV e Sevens.


Legenda: Cristian Spachuk e Manuel Mata Pereira foram dois dos seniores presentes.

Especialmente ovacionados foram os jogadores David Mateus e João Mirra, dois dos jogadores azuis que se sagraram campeões europeus de Sevens da FIRA-AER.


Legenda: João Mirra, Anais Moniz (Triatlo), Cabral Ferreira (Presidente do Belenenses) e David Mateus.

#2
Juniores venceram na Tapada

A equipa de juniores, que inicia a temporada oficial no próximo fim-de-semana (Torneio de Abertura, contra o Técnico), foi esta tarde à Tapada disputar um jogo treino frente à equipa de Agronomia. Os azuis bateram os «agrónomos» por sete ensaios a dois.

#3
Altos e baixos de um dia no Restelo

Hoje passei grande parte do dia no Estádio do Restelo, que comemorou - como já referimos anteriormente - 50 anos. O dia teve os seus momentos baixos, é certo... Todavia nunca mais esquecerei a simpatia e o porte de verdadeiro cavalheiro do capitão da equipa de futebol azul de 1956, que tive o prazer de conhecer pessoalmente. Chama-se Raul Figueiredo, e não regateia um sorriso aos sócios e adeptos que dele se aproximam.

Ao despedir-me rematei «espero encontrá-lo na comemoração dos 75 anos do Estádio». Educadamente, e com um sorriso nos lábios, corrigiu-me: «estou a trabalhar para vir ao centenário... nem que seja numa cadeira de rodas».

Muita saúde, «Capitão» com C grande! É o que todos lhe desejamos!

«Carta de Amor» ao meu querido Clube



87 anos de vida!

O Belenenses cumpre, precisamente hoje, 87 anos de vida. Não posso por isso deixar de apelar à compreensão dos nossos leitores, pois hoje o prato forte não será o Rugby, mas esta expressão particular de associativismo que é o Belenenses.

Devo confessar que o Belém é o amor da minha vida. É claro que antes dele vem a família (a qual está na origem deste «fervor» pelo meu clube), mas parto do princípio que esse facto seja percebido por todos sem mais explicações. Clarifiquemos ainda assim as coisas: depois daqueles que são a minha razão de existir, o Belenenses é o meu mais profundo e verdadeiro amor.

É por isso com enorme emoção que vivo este dia 23 de Setembro de 2006, data em que se celebram duas efemérides particularmente importantes da história do clube: o momento da sua fundação (ocorrida num banco de Jardim em Belém, no ano de 1919) e o dia da inauguração do mais belo Estádio português, o Estádio do Restelo (em 1956).

O Belenenses não é um clube como os outros. Tem uma simbólica e uma mística distinta, própria, especificamente bairrista, resistente aos efeitos do tempo e sobretudo de todos quantos, ao longo de 87 anos (por dentro e de fora) tentaram matar o sonho tornado realidade: o nascimento – e fortalecimento! – de um clubes dos rapazes da Praia de Belém. Como diria Homero Serpa, jornalísta da velha escola e sócio de mérito do Belenenses, «o Belenenses não se serve do bairrismo para atacar outros lisboetas ou os portugueses em geral. Pratica, portanto, o bairrismo honesto, o bairrismo que não cultiva inimizades, o bairrismo que não gera belicismos nem procura defender os interesses particulares deste ou daquele cidadão, vista ele a camisa de preço exorbitante, ponha a gravata mais cara, envergue o casaco dos bons alfaiates ou mesmo a fulda do papa. Isso é para os labruscos sem consciência de o serem. O bairrismo é o colectivismo, é a coesão de uma comunidade, não será nunca uma arma para atingir objectivos pessoais e, sabe-se lá, se obscenos».

Em 1919 nasce com o nome do bairro que foi seu berço – Belém –, com as cores do mar e do céu – o azul – e com a Cruz de Cristo que passou a ostentar orgulhasamente no lado esquerdo do peito da sua camisola. Com Artur José Pereira à frente, os rapazes da praia iniciam a sua caminhada nos campos de futebol, modalidade n.º1 do clube, desde sempre e para sempre. Todavia, e apenas dois anos mais tarde, o Belenenses praticava já outras modalidades e lançava-se numa das suas bandeiras de sempre, ainda hoje ostentada com justificado orgulho: o ecletismo!

Em 87 anos de vida, os azuis conquistaram títulos em praticamente todas as modalidades colectivas e individuais praticadas em Portugal. Do Futebol ao Ténis de Mesa, do Xadrez ao Hoquei-de-Campo, do Basquetebol ao Andebol. O Rugby, surgido no clube a 31 de Dezembro de 1928, rapidamente ganhou adeptos e praticantes, e é hoje a modalidade com maior palmarés no contexto belenense.

O clube passou por bons e maus momentos. Perdeu o Campo das Salésias (ou Estádio José Manuel Soares «Pepe»), despejado por interesses ainda hoje mal explicados. Renasceu no Restelo, em 1956, e ganhou novas forças e ânimo para continuar a sua batalha de sempre: «o desenvolvimento e a prática da Educação Física, a promoção e fomento de todos os desportos em geral e do futebol em especial, bem como de outras actividades de cultura e recreio». Mais do que isso: contrariamente à acusação que lhe lançam os mais ignorantes ou mal intencionados, o Belenenses continuou a resistir aos poderes instituídos (nunca beneficiou de nenhuma suposta ligação ao Estado Novo, muito pelo contrário...) e a provar que é possível formar atletas, campeões, mulheres e homens à custa do esforço próprio.

Os 87 anos do Belenenses são feitos de muito sangue, suor e lágrimas. Muitas alegrias e muitas tristezas, estas cada vez mais frequentes nos dias que correm. Eles são, mais do que um somatório de títulos e resultados desportivos, 87 anos de intensa vivência do fenómeno desportivo, sempre cultivando o jogo limpo, a rectidão e o espírito real do bairrismo da zona de Belém.

Sobre esta forma de estar no desporto e na vida, recordamos as palavras do «Menino Jesus» (o primeiro guarda-redes da equipa de futebol do Belenenses, Mário Duarte), numa histórica assembleia geral do clube, realizada em 1923: «aos meus companheiros das lides sportivas, eu direi, num apelo muito franco: Honrae o sport, porque aquele que o pratica honrosamente, ganha, mesmo quando perde».

Hoje, e não obstante todos os problemas com que se vem confrontando o futebol profissional do clube, o Belenenses pode (e deve, com justiça e sem favor) ser considerado não o «quarto grande», mas antes «um dos quatro grandes clubes portugueses». A sua história, o seu presente e a forma como certamente encontrará meios para construir o futuro provam-no!

Sejamos nós, belenenses do século XXI, capazes de honrar – de uma vez por todas e sem tibiezas ou hesitações! – o legado de milhares de homens e mulheres que, ao longo destes 87 anos de clube e 50 «de Restelo», construiram este Clube de Futebol «Os Belenenses», emblema «consagrado e popular» (como canta o seu Hino), que tem por natureza os olhos postos no futuro, sem desligar os corações do passado!

Vivam os Belenenses!
Viva o cinquentenário do Estádio do Restelo!
Viva o Clube de Futebol «Os Belenenses»!

«Belém! Belém! Belém!»

Nota:

Para que os nossos leitores menos conhecedores da história e palmarés do Belenenses possam ter uma noção aproximada da real dimensão do clube, aconselha-se a leitura do artigo «Os Belenenses - 86 Anos de Sucessos», da autoria de Eduardo Torres, publicado há precisamente um ano, no Blog Belenenses Sempre. Naturalmente que no último ano novos títulos se somaram aos que são inumerados no referido artigo.

sexta-feira, setembro 22, 2006

CDUL-Belenenses foi desmarcado

O jogo previsto para a tarde de amanhã, entre CDUL e Belenenses, a contar para a fase de grupos da Taça de Portugal, não se realizará por mútuo acordo entre as equipas. O encontro, que não tem qualquer interesse competitivo, não será disputado devido à presença massiva de atletas dos dois emblemas nas selecções nacionais Senior e de Sub-20.

Recorde-se que o Grupo B, que incluía as equipas do Belenenses, CDUL, Évora e UTAD, encontra-se reduzido a duas formações: azuis e universitários de Lisboa. Assim, e visto que esta fase de grupos visava apurar duas equipas para os quartos-de-final da prova, a desistência dos dois emblemas da 1ª Divisão (Évora e UTAD) vem apurar automaticamente (e mesmo sem qualquer jogo disputado) o Belenenses e o CDUL para a fase seguinte.

Trata-se de um assunto a que voltaremos. Para já fica o aviso: não se desloquem ao Estádio Universitário de Lisboa, pois jogo... não haverá!

Jogo do 87º aniversário

Entretanto é também com enorme tristeza que informamos que o jogo previsto para domingo dia 24, pelas 10:00 horas no Restelo, não se realizará. Este é, também ele, um assunto que trataremos num futuro próximo.

Sobre a questão dos campos...

No momento em que o Belenenses se prepara para comemorar os 50 anos desde a inauguração do Estádio do Restelo, sinto-me compelido a dedicar tempo e espaço a um importante tema que de forma tão negativa influi no desenvolvimento do Rugby nacional: a espinhosa questão dos campos!

Sobre a ausência de um campo exclusivamente dedicado ao Rugby no Complexo Desportivo do Restelo não mais escreverei. Pelo contrário, aproveito este artigo apenas para remeter os nossos leitores para escritos mais antigos (clicar aqui), bem como para citar o grande belenense (e dirigente do Rugby) que foi Acácio Rosa, quando afirmou em livro dedicado à História azul, que os bravos rapazes do Rugby «tudo dão de si, e nada pedem em troca. Para quando um relvado no Restelo?».


Legenda: O relvado 2 do Complexo do Restelo é partilhado por todos os escalões competitivos e pré-competivos/formação do Rugby e do Futebol. O clube do Restelo já ultrapassou há muito o limite no que diz respeito à utilização intensa deste equipamento do Complexo belenense.

É claro que muito mais haveria a dizer sobre a situação de verdadeiro estrangulamento do Rugby azul, ao nível da utilização de espaços no complexo do Restelo, ainda para mais tendo em conta os dados divulgados no Relatório da ARS, onde se verifica que foi o Belenenses o clube que mais contribuiu para o aumento do número de jogadores nos escalões jovens (Bambis a Iniciados), em Portugal.

Mas os problemas enfrentados por outros clubes são tão ou mais graves que aqueles que enfrenta o Belenenses, e por isso importa dar destaque ao verdadeiro problema nacional que é a ausência de campos destinados ao Rugby (ou pelo menos, partilhados com outras modalidades) em diversas regiões de Portugal.

A decisão do C.R.Évora de abandonar a Taça de Portugal, e a Assembleia Geral do Clube que hoje se realiza na cidade alentejana (e que coloca em cima da mesa a possibilidade de extinção da modalidade ao nível competitivo), deverá funcionar como uma chamada de atenção - infelizmente tão drástica como dramática - para a necessidade de toda a comunidade do Rugby se unir em torno da exigência de mais e melhores espaços para o treino e competição. A propósito desta Assembleia, e não tendo conhecimento de pormenores acerca da mesma, creio que seria de todo o interesse nela encontrar-se representada a F.P.R. ao seu mais alto nível, se for essa a vontade do clube eborense.


Legenda: Equipa do C.R.E. de 2002/2003, alinhando no pelado do Santo António, em Évora (Créditos: Site oficial do C.R.Évora).

Tempos houve em que a F.P.R. se empenhou em pressionar o poder central (e local) para satisfazer a necessidade de mais e melhores campos. A direcção presidida por Raúl Martins alcançou notáveis êxitos, com vários clubes a «benficiarem do empenho federativo para a construção dos seus recintos». Outros campos surgiram mais tarde, mas nunca em número e qualidade suficiente para as necessidades do Rugby luso.

Grandes emblemas do Rugby nacional continuam a formar «carradas» de jogadores para as equipas nacionais sem terem sequer um campo próprio. Belenenses e Benfica são dois dos casos mais gritantes, mas não únicos. Alguns emblemas utilizam campos aparentemente seus (aos olhos de terceiros) mas na prática em situação altamente precária, deixando fortes reservas acerca do futuro dos mesmos.

Em simultâneo, o Estado investiu fortemente na construção de um conjunto de Estádio perfeitamente irracional, parte dos quais não tem utilização que justifique todo o dinheiro em si investido. O mais gritante de todos os casos é o do Estádio do Algarve. Mas não é o único. Que real interesse têm os Estádios de Leiria e Aveiro, o Municipal de Braga (que é muito bonito mas exclusivamente destinado à prática do futebol profissional) ou o Municipal de Barcelos (que está prestes a perder a única equipa profissional de futebol que o utiliza)?

Países menos poderosos que o nosso, ao nível do Rugby, contam com infraestruturas dedicadas à modalidade que não encontram paralelo em Portugal. A selecção nacional continua a jogar em Estádios emprestados (o que tem vantagens mas certamente mais desvantagens) e os nossos clubes confrontam-se com situações caricatas (ao nível do treino e da competição), como jovens praticantes (internacionais) a treinarem às escuras em relvados públicos.

O futuro «risonho e verdejante» que noutros tempos se perspectivava deu lugar a uma certa estagnação (e até retrocesso) actual. O Rugby não pode crescer se não tiver meios físicos (campos e dinheiro) para o efeito.

O Plano de Desenvolvimento Estratégico da FPR refere-se, relativamente a esta matéria, nos seguintes termos:

«A FPR pensa que há que recomeçar brevemente a investir em novos campos de rugby (relvados ou sintéticos), porque os recintos existentes já se encontram claramente saturados. Nesse sentido a FPR pretende apoiar os novos clubes junto das autarquias na obtenção de espaços para futuros campos de rugby, e apoiar os clubes existentes na expansão e melhoria das respectivas instalações.

Outro aspecto do desenvolvimento do jogo tem a ver com a melhoria dos equipamentos desportivos dos clubes (material de treino, maquinas de melée, salas de musculação, etc.), e que FPR pretende apoiar dentro das suas disponibilidades».

É tempo de passar à acção pois o tempo que vivemos é determinante para o futuro da modalidade e a opção a tomar passa só pode passar pela criação de recursos (humanos e materiais, incluindo campos!) que dêem sustentabilidade ao excelente trabalho de formação e competição realizado pelos clubes e pela equipa liderada por Tomaz Morais.

As perguntas ficam no ar, sem julgamentos a priori nem ironias:

a) O que pretende fazer a F.P.R. relativamente ao caso do C.R.E. bem como a futuras situações semelhantes?

b) Qual a «disponibilidade» actual da F.P.R. para apoiar os clubes na «melhoria dos equipamentos desportivos»?

c) Para quando um Estádio (próprio ou emprestado por período prolongado) para utilização por parte das selecções nacionais, para estágios e realização de jogos internacionais?

Nota:

Uma vez mais, peço desculpas pelo negativismo do texto (enfim, este até nem me parece tão negro quanto isso...), mas este espaço não nasceu para ser simpático nem para servir apenas de meio difusor de notícias previmente publicadas no site da FPR ou dos clubes. A questão dos campos diz respeito a todos, e deve ser por todos encarada de forma absolutamente prioritária.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Mourinha no IRB Sevens

O árbitro João Mourinha foi nomeado pela IRB para participar no Torneio do Circuito Mundial de Sevens no Dubai e George (África do Sul).


Legenda: João Mourinha ao meio, com João Garcia e Henrique Garcia (Foto: AN).

João Mourinha alcançou um sonho… isto prova que só com trabalho (muito diria eu) se consegue ser bom, ou mesmo o melhor!

Informações no site da IRB Sevens

Parabéns Mourinha!

Seis azuis no Europa Sub-20

Diogo Jorge, Duarte Bravo, João Fezas Vital, Salvador Cunha e Tiago Costa Cabral foram os convocados Azuis para o Campeonato da Europa Sub20 a disputar-se no final deste mês na Polónia.


Legenda: Duarte Bravo (Foto: AN).

Os adversários da equipa liderada por Pedro Netto serão a Alemanha, Ucrânia e Polónia, o objectivo é conquistar a passagem para o grupo um (constituído pela Geórgia, Roménia, Espanha e Rússia).


Legenda: Pedro Netto à esquerda (Foto: AN).

Mais informações no site da FPR

O Blog BELENENSES XV promete divulgar aqui resultados e notícias destas promessas do Rugby português, fiquem atentos.

Taça de Portugal: um panorama desolador!

Os «boatos» foram oficialmente confirmados através do site oficial da FPR: depois da desistência do Caldas e do Belas da segunda prova mais importante do calendário de Rugby de clubes nacional, é chegada a vez de três outros emblemas abandonarem a prova, deixando à vista de todos a enorme fragilidade do Rugby luso e das competições que se encontram sob tutela da FPR.

Desta feita, as equipas desistentes são o Évora, a UTAD e o Rugby da Lousã, emblemas pertencentes à chamada 1ª Divisão Nacional (que na prática é a segunda por ordem de importância), e que se encontravam integradas no grupo B (UTAD e Évora) e C (Lousã).

Trata-se de uma situação que não é nova, mas que deverá merecer da parte dos responsáveis federativos a melhor atenção. O Rugby luso é, pelo menos ao nível senior, cada vez mais os «emblemas do costume», facto que em nada prestigia e modalidade e, pior que isso, vai hipotecando o seu desenvolvimento nos planos regional e nacional.

As equipas desistentes são todas pertencentes a regiões exteriores às cidades de Lisboa (excepção feita ao Belas) e do Porto, o que reforça a ideia de que o Rugby - enquanto realidade do domínio desportivo mais ou menos sólida - permanece como um exclusivo das cidades de Lisboa, Porto e Coimbra (através da Académica e da E.S.Agrária).

Constatado o facto - ou seja, a desistência de cinco clubes - importa perceber as razões (suponho que todos tenham apresentado à FPR os motivos das respectivas desistências...) e actuar já sobre elas. Fazê-lo é, na prática, salvaguardar o futuro do Rugby em Évora, na Lousã, nas Caldas ou na região transmontana... Mas é mais do que isso: é dar um sinal de que a Federação está atenta e actuante na defesa dos interesses dos seus clubes associados, e que o Plano de Desenvolvimento Estratégico que aprovou não é só papel, mas ideias e medidas concretas a levar à prática!



Escrevia aqui alguém, na noite de ontem, que um dos motivos que estará na origem da desistência do Évora diz respeito à ausência de um campo para a prática da modalidade naquela capital de distrito do Alto Alentejo. É de facto triste, até tendo em conta o que referiu, no mesmo comentário, o nosso caríssimo leitor: em Évora existem campos com excelentes condições (melhoradas aliás devido ao estágio da selecção A de futebol, no Verão passado) vocacionados em exclusivo para a prática do futebol.

Desconheço, com franqueza, quais as relações entre o C.R. de Évora e os responsáveis políticos do município. Creio todavia que o Rugby eborense, o qual já tem uma tradição e um palmarés a defender (1), não pode parar (ou mesmo extinguir-se) devido à forma irracional como o poder político equaciona o desenvolvimento desportivo nas diferentes regionais do país. Chega de sustentar equipas de futebol (em especial aquelas que, à custa de enormes apoios regionais/municipais) praticam a modalidade num patamar profissional, sem outra fonte de receitas que não os cofres públicos!

Existem neste momento inúmeros motivos para que a FPR convoque, no respeito pelos seus estatutos, uma nova Assembleia-Geral extraordinária, para discussão de diversos temas que (infelizmente!) ficaram de fora da anterior AG, ocorrida há pouco mais de 15 dias. Pessoalmente, creio que estes novos dados são motivos mais do que suficiente para que o Rugby português se una e tome uma posição de força (concertada e unânime!), mostrando ao poder político e às diversas entidades locais que a modalidade tem de ser mais apoiada e acarinhada.

O Rugby não é, como me dizia ontem um grande senhor da modalidade (acerca do qual falaremos nos próximos dias...) uma escola de jogadores profissionais cujo único objectivo é ganhar dinheiro. Não! O Rugby é uma Escola de Homens, onde o fair-play, o respeito pelo adversário, a honra e a tradição desportiva no seu sentido mais positivo e até «romântico» estão ainda bem vivos.

Cinco clubes abandonaram a Taça de Portugal. Neste momento não me parece apropriado analisar as consequências «competitivas» destas desistências relativamente aos clubes que se mantêm em prova. O que me parece absolutamente necessário é perceber o porquê das desistências e, se a medida se justificar, decidir pública e concertadamente a própria suspensão da prova na temporada 2006/2007. Como medida de força, que obrigue as edilidades a dar ao Rugby a importância desportiva mas sobretudo FORMATIVA de que a modalidade se reveste.

Notas:

(1) Recorde-se que o Évora venceu, recentemente (2000/2001), um Campeonato Nacional de juniores e a respectiva Taça Ibérica. Mais: de acordo com o relatório relativo ao Biénio 2004/2006, o C.R.E. foi um dos clubes que mais contribuiu para o aumento do número de jogadores na categoria de iniciados, com mais 14 inscrições (tantos como a Agronomia).

(2) O dia 22 de Setembro será marcante na definição do futuro do CR Évora. Sobre o assunto, convido todos os nossos leitores a consultar a página web do clube alentejano. Basta clicar aqui.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Homenagem a Carlos Rebocho

De acordo com o site do Técnico, Carlos Rebocho, atleta e dirigente do clube das Olaias recentemente falecido, será homenageado esta sábado após o encontro entre os engenheiros e a equipa de Agronomia. Será descerrado um memorial, bem como realizada uma evocação no Restaurante/Bar do Campo das Olaias, a partir as 18:15 horas.

O Blog BELENENSES XV agredece, a quem tenha a possibilidade de estar presente e interesse em realizar uma pequena «reportagem» do acto, que nos envie um pequeno texto acompanhado de imagens (se possível), para que também nós possamos prestar a devida homenagem a um «adversário» que tanto prestigiou o Rugby, e cuja memória perdura junto de quantos tiveram o privilégio de com ele privar.

O Rugby, o Futebol e os Media

A procura diária de notícias acerca do Rugby nos órgãos de comunicação social é um exercício tão frustante quanto inútil. O desporto e o «jogo jogador» não são notícia, perante os múltiplos escândalos que afectam todo um conjunto de personagens alimentadas pelo esforço alheio e sedentas pelos seus 15 minutos de fama.

Vem esta introdução a propósito do muito que se tem escrito, do muito tempo que se tem gasto na rádio e na televisão a propósito de um golo marcado de forma irregular na prova máxima do futebol nacional. Sobre o assunto em si - o tal golo e a sua irregularidade - não falarei. Creio que é para todos inequívoco que o jogador em causa meteu a mão à bola, o que de acordo com as leis do futebol constitui uma violação, e de acordo com as regras morais aplicáveis às competições desportivas constitui uma forma pouco saudável de obter vantagem.

O que me leva a escrever sobre o assunto é o tratamento altamente mediatizado que um assunto tão sem importância merece por parte dos serviços noticiosos. O caso abriu telejornais, fez primeira página dos diários desportivos, motivou debates televisivos acesos e consumiu horas de discussão nos cafés e praças do nosso país.

Dar relevância ao anti-jogo no futebol e simultâneamente ignorar tudo o que de bom se faz quotidianamente nas restantes modalidades é, no mínimo, uma grave violação de um suposto código deontológico que deveria vincular todos os jornalistas e os meios de comunicação para os quais produzem «notícias».

O «golo com a mão» continuará a dar que falar. A televisão pública, que em tempos deu o seu contributo activo para a divulgação das modalidades menos mediatizadas (como o Rugby, assunto que abordaremos num futuro próximo e com um contributo altamente qualificado para o efeito!), cede à tentação de transformar o desporto (ou as incidências que o rodeiam) num circo cujos «números e os artista» se sucedem uns aos outros. Hoje o artista é um brasileiro chamado Rony, tal como ontem foi o angolano Mateus e amanhã será um outro qualquer ser descartável (do ponto de vista comercial), que conquiste 15 minutos de fama à conta de uma qualquer habilidade.

O Rugby não goza desse privilégio. Não abre telejornais (nem quando os «Lobos» se sagram campeões europeus de Sevens) nem tem, quotidianamente, páginas inteiras de jornais. Este facto tem o seu «quê» de positivo: significativa que a «nossa» modalidade não dá que falar pelas piores razões, ou seja, que não entra no tal circo. Infelizmente, também o lado negativo se faz sentir, através de uma enorme dificuldade de afirmação do Rugby no contexto nacional.

O «fair-play» em campo (ou a falta dele) encontra um reflexo na qualidade (ou falta dela) da informação desportiva em Portugal. Não me espanta por isso que o verdadeiro desporto seja colocado de lado, perante casos tão importantes e determinantes para o futuro lusitano como a «mão do Rony», o «telefonema do Major» ou o «tabu do presidente do Benfica sobre a sua recandidatura». Se hoje não temos televisão (temos sobretudo «telelixo»), também não temos jornalismo à séria. E que falta nos fazem as velhas glórias da caneta, verdadeiros mestres na arte de descrever (e opinar) acerca do fenómeno desportivo.

Retomaremos o tema brevemente.

terça-feira, setembro 19, 2006

Soltas

#1
UTAD desiste da Taça

A equipa senior da UTAD desistiu da Taça de Portugal 2006/2007, deixando assim o grupo B (no qual se integra o Belenenses) com apenas três equipas: os azuis, o CDUL e o CR Évora. Para além da equipa da UTAD, também o Rugby da Lousã não disputará a fase de grupos da prova.

#2
Torneio das Capitais

Já haviamos noticiado antes que a ARS irá participar com uma equipa de iniciados no Torneio das Capitais, prova da vertente de «Sete» que terá lugar em Paris, entre 13 e 16 de Outubro próximo. A convocatória e composição da delegação está disponível no site da ARS, pelo que nos escusamos a transcrevê-la para aqui.

O que na realidade é novo relativamente ao Torneio é o seu programa, que para além da prova prevê um conjunto de iniciativas paralelas do âmbito desportivo e cultural de grande importância.

Para além de uma visita à cidade de Paris e ao Stade de France - onde será disputada a Final do Mundial de 2007 - os jovens iniciados da ARS terão a oportunidade de assistir in loco ao jogo do TOP-14 gaulês entre o Stade Français e o Olympique Biarritz, duas das mais fortes formações da Europa. Da mesma forma, terão a oportunidade de contactar, no dia seguinte, com jogadores profissionais do Stade Français, momento certamente inesquecível para «miúdos» que se estão ainda a iniciar nesta apaixonante modalidade. Um privilégio para estes rapazes!

#3
Taça Ibérica ainda sem data

Ainda não são conhecidas as datas de realização da Taça Ibérica (Juniores e Seniores). No caso dos juniores, a equipa do Belenenses terá de ser deslocar a Valladolid para enfrentar a equipa do VRAC, e pese embora o jogo estivesse previsto para o mês de Setembro, muito dificilmente esse objectivo será concretizado.

#4
Selecção no Estádio Nacional

Ao que tudo indica, o jogo de domingo entre o XV de Portugal e a equipa inglesa de Oxford será disputado no Estádio Nacional. A partida tem início marcado para as 16:00 horas (de acordo com o site dos ingleses), mas a página oficial da FPR ainda nada referiu acerca do encontro.

#5
Calendários de Juniores e Juvenis

O Belenenses enfrentará as equipas do Direito, Técnico e Belas nos Torneios de Abertura de Juniores e Juvenis 2006/2007. O calendário das provas poderá ser consultado na página oficial da FPR. Clique aqui.

#6
Novo Blog Azul...

A internet e o formato blog entraram definitivamente no seio do Rugby azul, que esta semana viu nascer mais um espaço dedicado a duas das suas equipas de formação. O Blog Rugby Sub-17 é especialmente dedicado às equipas de Iniciados e Juvenis, e será desenvolvido pelos técnicos azuis Afonso Nogueira (iniciados) e Pedro Gonçalves (juvenis). O link já se encontra na barra da direita do BELENENSES XV, mas se quiser aceder desde já ao referido blog clique aqui.