:: Belenenses XV ::: outubro 2006

terça-feira, outubro 31, 2006

Camisolas novas... patrocinador novo!

As equipas das escolinhas de Rugby do Belenenses já vestiram, no convívio do passado sábado, camisolas Patrick, a marca que patrocina o clube de forma transversal, equipando todas as modalidades e escalões competitivos e de formação.

Algumas imagens dos novos equipamentos estão disponíveis no Blog das Escolas do Belenenses, dedicado aos escalões de Bambis, Benjamins e Infantis.

As novidades não ficam todavia por aqui, já que a Mitsubishi deixa de ser o patrocinador principal das camisolas do Belenenses, e o Rugby juvenil (até aos iniciados) passa a contar com o apoio da Nestlé.

Portugal começa na Geórgia

Por JOSÉ RODRIGUES



O calendário da próxima fase de apuramento, com vista à Taça do Mundo de 2007, a realizar em França, já está definido. No próximo dia 11 de Novembro, a selecção das Quinas desloca-se a Tiblissi, capital da Geórgia, para defrontar a congénere de Leste, enquanto a segunda volta ficou agendada para duas semanas depois, 25, no Estádio Universitário de Lisboa.

Este sorteio vai ao encontro dos desejos do seleccionador nacional, Tomaz Morais, e também dos jogadores que preferem jogar em casa, com o apoio do seu público, a partida decisiva.

Tomaz Morais
"Resolver em Novembro"


Os Lobos iniciam hoje o trabalho de preparação para este embate, frente a um adversário ainda mais difícil do que a Rússia. "Queremos resolver o apuramento para o Mundial agora em Novembro e o primeiro passo é esquecer a Rússia", adiantou Tomaz Morais, que acrescentou: "Depois temos mais dois objectivos traçados – trabalhar a defesa para que seja ainda mais eficaz e, de uma vez por todas, deixar de cometer erros infantis, que teimam em acompanhar-nos e com muitos custos".

Apesar da grande determinação, as limitações inerentes à condição de selecção amadora continuam a sentir-se e o técnico não vai ter todos os atletas ao seu dispor: "É muito complicado, mas vamos tentar que os rapazes do Porto e o Rui Cordeiro, de Coimbra, consigam estar hoje, amanhã e de sexta a domingo. Mas o Gonçalo Uva e o Diogo Mateus, que estão a jogar no estrangeiro, não vão poder estar cá e isso perturba o nosso trabalho", lamentou Morais.

Breves notas sobre a Geórgia

Derrotada a Rússia, num jogo difícil e que poderia muito bem ter «caído para o outro lado», teremos pela frente o segundo classificado da Pool B, a Geórgia, que foi derrotada pela Roménia (já qualificada para o Mundial) e que derrotou a Espanha por 37-23, num jogo que registava 17-9 ao intervalo.


Legenda: Portugal perdeu por 40-0 no último embate, mas parte para Tiblissi com vontade e capacidade para «vingar» a pesada derrota de Março (Créditos: Site www.rugby.ge).

A formação da Geórgia é forte, e apresenta vários jogadores profissionais (ou pelo menos semi-profissionais), quase todos a alinhar no estrangeiro. Assim, dos XV que entraram em campo no passado sábado em Tiblissi, 11 jogam em França, 1 na Roménia e apenas 3 no seu país natal.

De entre os 11 jogadores a alinhar em França, 5 jogam em clubes do Top-14 (os três jogadores da primeira linha, incluindo dois que jogam no Clermont, actual segundo classificado da divisão maior gaulesa...): Clermont, Bourgoin, Castres e Montpellier. Um sexto jogador - o capitão Ilia Zedguinidze - alinha no Auch, da Pro D2, o que transforma o cinco da frente da Geórgia num sector temível e com grande qualidade e experiência de alta competição!...

Os georgianos já alinharam por 8 vezes contra Portugal, tendo vencido por quatro vezes, contra igual número de vitórias lusas! Importa todavia não esquecer que a 11 de Março de 2006, no último encontro entre os dos XV's, Portugal foi severamente castigado por 40-0 em Tiblissi. O resultado pode ser explicado com as inúmeras lesões que então afligiam a equipa de Tomaz Morais, mas deve também servir de alerta para a qualidade do Rugby deste pequeno país do Leste.

É também certo que Portugal já foi vencer à Geórgia por 14-19, em Vake, a 14 de Fevereiro de 2004... pelo que voltar a ganhar não apenas não é impossível como deve ser o objectivo da equipa!

segunda-feira, outubro 30, 2006

As palavras de Tomaz Morais



«Esta é uma vitória de todos, foi bonito ver esta festa aqui no EUL, o apoio à equipa, o Rugby português uniu-se, e isso é o mais importante. Ainda não fizemos nada, temos o mês de Novembro dificílimo, queremos ir para o natal com o problema resolvido, será essa a nossa mensagens. Tudo faremos para honrar o rugby português e para chegar ao mundial

[…]

Estão todos de parabéns, foi uma divulgação interessante, por parte de todas as entidades envolvidas, mas também do próprio público que não ficou à espera, tomou iniciativa, divulgou o jogo. Espero no dia 10, com a Geórgia ter o dobro das pessoas.

[…]

Os próximos passos são treinar já na segunda feira… o compromisso é nunca desistir e chegar o mais longe possível, fazer os possíveis e os impossíveis!»

Mensagens de apoio à selecção!

Trata-se de algo normal nos grandes clubes e nas grandes selecções internacionais: usarem-se os sites na internet para que os adeptos possam enviar mensagens a jogadores, técnicos ou à equipa como um todo! Eu já o fiz, no passado, relativamente aos All-Blacks, quando enviei uma mensagem directa de apoio a um jogador lesionado, e à equipa. Obtive aliás retorno, o que me deixou muitíssimo impressionado, dado que se tratam da maior selecção do mundo, com milhões de fãs em todo o planeta!

Ora, a proposta que vos fazemos é precisamente essa: usem o nosso Blog como local de publicação de mensagems de apoio à selecção/jogadores, para que as possamos imprimir e, mais tarde, entregar a «quem de direito», para que as mesmas (mensagens) cheguem ao balneário!

Vamos usar a caixa de comentários para deixar mensagens de incentivo aos nossos rapazes, técnicos e pessoal de apoio da FPR, no sentido de lhes transmitir a nossa confiança relativamente à hipótese REAL de apuramento para o França 2007.

Fica feito o convite! Têm a palavras os nossos leitores.

Soltas sobre o jogo de sábado (parte 1)

#1
Estádio (quase) cheio!

Arrepiante um jogo em Portugal com aquela moldura humana, seguramente a maior dos últimos anos! Ao meu lado estava sentado um grupo de pessoas que, pelo que me pude aperceber, nem os pontos sabiam contar... e isso é magnífico! Foi possível trazer ao jogo pessoas que não são adeptos habituais da modalidade.


Legenda: Os jogadores sentem, com é natural, o apoio exterior e transcendem-se! Encher efectivamente o Estádio, no jogo com a Geórgia, deverá ser uma das prioridades do Rugby nacional para o próximo mês...

Prioridades: consolidar este público e reforçá-lo, com mais gente (especialmente «de fora» do contexto da modalidade) e, a prazo, levá-lo ao Rugby de clubes, verdadeiro pólo de dinamização da modalidade no nosso país!

#2
Tomaz Morais

Para mim é um dos – senão o principal! – heróis desta campanha magnífica, iniciada em 2001, se não estou em erro. O seleccionador nacional tem remado contra a maré, procurando introduzir em Portugal uma outra perspectiva da modalidade, mais aproximada ao que se passa «lá fora».

Sejamos claros: num país onde o Rugby ainda é um pouco levado na brincadeira, Tomaz Morais é um profissional «à séria», competente, empenhado e sobretudo 110% disponível para a selecção como um todo e para os jogadores, individualmente considerados.

Mais: Tomaz Morais está a trabalhar coordenadamente com o árbitro João Mourinha, no sentido de ajudar na sua preparação para as etapas do Circuito Mundial de Sevens (George e Dubai).

Não poderiamos estar em melhores mãos, digo eu! Saibamos estimar e encorajar este jovem treinador. Saibamos agradecer-lhe – nós, os adeptos anónimos do Rugby! – todo o esforço, dedicação e entrega à causa do Mundo Oval português.

#3
Euforias vs. Realismo

Percebo a euforia generalizada de sábado (a qual não foi partilhada por todos, como o próprio Tomaz Morais, já concentrado no jogo com a Geórgia!), mas creio que em vez de nos fixarmos na vitória com a Rússia nos devemosa antes preparar para o duríssimo encontro com o nosso próximo adversário.



Precisamos de rever rapidamente tudo o que correu mal no sábado, com particular destaque para as «touche», dimensão do jogo absolutamente dominada pelos russos! Os alinhamentos são fundamentais no Rugby moderno, e conquistá-los pode definir – de certa forma – a sorte do jogo.

Precisamos de trabalhar mais a defesa – que foi excelente! – intensificando o trabalho de pressão sobre o portador da bola... Não nos esqueçamos que, apesar da vitória lusa, os russos marcaram 3 ensaios contra 2.

#4
Secretário de Estado

Durante a semana passada gerou-se alguma polémica em torno do meu comentário acerca da presença do Secretário de Estado do Desporto num treino da selecção nacional. Laurentino Dias voltou a estar presente no EUL, no dia seguinte, para assistir ao Portugal-Rússia, o que só fica bem ao governo.

Espero, com sinceridade, que este homem do futebol (e que já esteve envolvido em alguns dos maiores escândalos que periodicamente aparecem naquela modalidade) não tenha do Rugby aquela visão paternalista, de palmadinhas nas costas aos rapazes amadores que até fazem umas coisas jeitosas... E que esta dupla visita (treino e jogo) sirva como ponto de viragem na política de apoios estatais (através do poder central e autárquico) à modalidade (FPR e clubes).

domingo, outubro 29, 2006

Juvenis ganham... juniores perdem

Nos jogos a contar para a 1ª jornada dos respectivos campeonatos nacionais, as equipas juvenil e junior do Belenenses foram a Monsanto defrontar o Direito, com sortes diferentes.

Assim, os juvenis repetiram o triunfo alcançado no Torneio de Abertura, mas desta feita com maior dificuldade, vencendo por 12-15. Os juniores foram derrotados (tal como também havia acontecido anteriormente) por 26-19.

Sem euforias... mas com mais confiança!

Portugal deu esta tarde um importante passo em direcção ao Mundial de França, ao bater a bem organizada selecção da Rússia por 26-23, num jogo impróprio para cardíacos, ao qual assistiu muita gente, tomando como padrão as habituais assistência do Rugby nacional. Foi uma tarde de festa, em todos os sentidos, e com o desfecho a condizer com o desejo dos milhares de pessoas que se dirigiram ao Estádio Universitário de Lisboa, para ajudar a selecção a ultrapassar este difícil obstáculo.



Portugal havia encontrado a Rússia por duas vezes em 2006, e se em Fevereiro se queixou (e com justiça) de um empate concedido pelo árbitro aos russos, no Torneio das Nações IRB a equipa nacional foi batida «sem apelo nem agravo» por uma equipa de leste que provou jogar bom Rugby. Era por isso com grande expectativa que se aguardava o embate de hoje, verdadeiramente «a doer», já que a derrota colocava uma das equipas de fora da corrida ao Mundial!

O jogo voltou a ser de tripla, com constantes alterações no marcador e com a vantagem a pertencer ora a uma equipa, ora à outra.

Entraram melhor os russos, que com apenas dois minutos jogados já venciam por 5-0, após ensaio obtido pelo seu 2º centro e capitão de equipa (para mim o melhor russo em campo). A conversão, aparentemente fácil, foi falhada pelo formação (chutador de serviço dos homens de azul), e a partir desse momento foi Portugal quem tomou conta do jogo, empurrando o XV do leste para o seu meio campo.


Legenda: José Pinto.

O primeiro aviso da eminência do ensaio luso surgiu com uma fabulosa arrancada do formação José Pinto, jogador que hoje esteve inspirado, comandando as operações da equipa em conjunto com o formação portuense Gonçalo Malheiro.

A pressão portuguesa acentuava-se, e Pedro Leal combinou bem com o ponta António Aguilar, que furou através da muralha azul para marcar o primeiro ensaio português da tarde debaixo dos postes, convertido por Malheiro.


Legenda: Gonçalo Malheiro.

A primeira parte terminava com vantagem portuguesa (10-8) e com o resultado em aberto.

A abrir o segundo tempo, novo ensaio russo, aproveitando um momento de desorganização defensiva da equipa portugesa e forçando a entrada na área de validação lusa através da força do seu pack, dominador nas fases estáticas (em particular nos alinhamentos, situação do jogo em que os russos tiveram enorme vantagem e aproveitamento, face à equipa portuguesa).



O marcador passava a registar 10-13 e o Estádio Universitário acordava para uma etapa complementar durante a qual, dentro e fora do campo, tudo se fez para levar Portugal à 6ª ronda de qualificação para o Mundial.

Portugal igualou por duas vezes, e por duas vezes os russos se adiantaram no marcador, incluindo através de novo ensaio (desta feita convertido).

Tomaz Morais mexeu na equipa e lançou Cristian Spachuk para a 1ª linha (por troca com Rui Cordeiro), refrescando o pack e tentando dar maior consistência ao jogo dos avançados lusos. Fez também entrar Luis Pissarra para o lugar de José Pinto e Cardoso Pinto para as funções de abertura, por troca com um esgotado Gonçalo Malheiro, a realizar o primeiro jogo pela selecção em vários meses.

Os russos continuaram a dominar nos alinhamentos, mas foi Portugal - que passou muito tempo da segunda parte dentro do seu meio campo - a dar a volta ao resultado, através de uma penalidade aproveitada por Cardoso Pinto e um espectacular ensaio apontado por Diogo Mateus, após entendimento com o 2ª linha Marcelo d'Orey, naquele que terá sido um dos momentos mais espectaculares e emocionantes da tarde. Convertido o ensaio, os portugueses voltavam a posicionar-se na frente!

Nos últimos minutos a equipa russa pressionou bastante e teve mesmo hipótese de chutar aos postes, quando o árbitro irlandês concedeu uma penalidade ao minuto 79. A ordem foi todavia chutar para a «touche», tentando aproveitar a nítida desvantagem lusa nesse capítulo do jogo, e procurando o ensaio (em vez dos 3 pontos do pontapé, que apenas concederiam o empate).

A decisão demonstrou-se errada, já que não há regra sem excepção, e Portugal conquistou a bola decisiva.

Aos 85 minutos suava o apito final, originando-se a segunda invasão de campo da tarde (após um «falso alarme», minutos antes, quando ao apitar para a marcação de uma «touce» o juiz da partida confundiu o público, que assim iniciou a comemoração da vitória antes de tempo!).

O momento é pois de alegria, após esta dura vitória conquistada face a um adversário do nosso campeonato, e que poderia ter vencido. Felizmente para todos nós, a vitória foi lusitana, e os nossos «Lobos» seguem em frente na qualificação.

O próximo adversário será a Geórgia, equipa que bateu esta manhã a Espanha (em casa) por 37-23. Trata-se de uma selecção poderosa, quase totalmente constituída por jogadores profissionais e semi-profissionais, a alinhar em França. A Geórgia já se encontrou aliás com Portugal durante o ano de 2006 (11 de Março), tendo então vencido por 40-0... resultado que certamente não se repetirá!

Os «Lobos» sobem assim mais um degrau, sem euforias desmedidas (as quais não se justificam), mas com mais confiança!

Parabéns, Portugal! Hoje mostrámos o nosso valor, dentro e fora de campo!

sábado, outubro 28, 2006

Passo em frente!

Portugal assegurou esta tarde a passagem à 6ª ronda de apuramento para o Mundial de 2007, ao bater a Rússia por 26-23.



Foi um jogo muito emotivo, vivido de forma muito intenso dentro e fora de campo. E foi também a vitória da atitude guerreira dos portugeses, muito coesos, combativos e cheios de vontade de triunfar perante alguns milhares de pessoas, que quase encheram as quatro bancadas abertas no Universitário de Lisboa.

Agora é tempo de descansar e... preparar o difícil embate com a Geórgia!

Para mais logo fica prometida a crónica, as imagens e as reacções. Para já, os nossos parabéns a todos os envolvidos neste passo em frente: jogadores, técnicas e staff de apoio à equipa e FPR.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Vamos encher o Estádio Universitário!

«Portugal vs. Rússia» na 2:

Esta notícia destina-se a quem, por total impossibilidade de se deslocar a Lisboa, não tenha a oportunidade de ouro de vir puxar pela selecção nacional ao Estádio Universitário: o jogo será transmitido na 2: (mais conhecida por RTP2) pelas 15:00h (ou seja, em directo).

Convocados para amanhã



Jogadores convocados: Joaquim Ferreira, Marcello D'Orey e Gonçalo Malheiro (CDUP); Cristian Spachuk, Sebastião Cunha e João Uva (CF Belenenses); Rui Cordeiro (AA Coimbra); Gustavo Duarte, Juan Severino, Luís Pissarra e Duarte Cardos Pinto (AEIS Agronomia); João Correia, Vasco Uva, Diogo Coutinho, José Pinto, Miguel Portela, João Diogo Mota, Pedro Carvalho, António Aguilar e Pedro Leal (GD Direito); Gonçalo Uva (Montpellier RC); Paulo Murinello (GDS Cascais); Diogo Mateus (Munster Rugby).

Fonte: FPR.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Fim-de-Semana desportivo

Sábado o dia vai estar preenchido por vários acontecimentos desportivos, e várias participações azuis.

Logo de manhã actuam os escalões de Bambis, Benjamins e Infantis no 2º Convívio Nacional de Rugby Juvenis (organizado pela ARS), o início está marcado para as 11 horas nos campos 5 e 6 do Estádio Universitário de Lisboa).


Foto: Blog Escolas do Belenenses

Alguns destes jogos vão ser apitados por «árbitros frescos» vindos do Belenenses, confirmada está a presença nesta actividade de: Rui Vasco Silva, Afonso Nogueira, Pedro Graça e José Mª Gonzaga.

Á tarde, nem precisa de sair o EUL, tem MESMO que ficar para o jogo de apuramento para o Mundial de Paris. O PORTUGAL – RÚSSIA é às 15 horas, não falte!



Domingo é dia de ir até Monsanto, à casa do Grupo Desportivo de Direito. Logo de manhã, às 11 horas, jogam os juvenis em partida a contar para o Campeonato Nacional deste escalão. Faça como o árbitro, Mendes Silva, fique também para o jogo de juniores! Os juniores azuis jogam ao meio-dia e meia (1ª jornada do Campeonato Nacional).


Foto: Blog Rugby Belenenses sub17

Os Iniciados também vão estar no campo dos advogados, numa jornada amigável, às 14 horas.


Foto: Blog Rugby Belenenses Sub17

Procuram-se jovens árbitros!



A ARS lançou há algumas semanas a Iniciativa «Escola de Jovens Árbitros», a qual não se destina em exclusivo, como o nome poderá sugerir, a pessoas muitos jovens, mas antes a todos aqueles que, vindos de fora do mundo da arbitragem, nele se queiram integrar, contribuindo assim para a resolução de um dos mais preocupantes problemas do Rugby ao nível nacional: a falta de quantidade e qualidade no quadro actual de árbitros no activo.

A primeira acção de formação realiza-se já no dia 28, e tem como palco o Estádio Universitário de Lisboa, onde pelas 15:00 horas se disputa o jogo entre Portugal e a Rússia.

O programa da acção é, segundo o site da ARS, o seguinte:

10.00h. Apresentação do Projecto
(Manuel Paisana)

10.10h. Sessão teórica
Leis do Jogo – Rugby Juvenil
(Jorge Mendes da Silva)

11.00h. Sessão Prática
Iniciação à arbitragem - Convívio
(João Mourinha, Ferdinando de Sousa, João Silva e Cunha)

14.15h. Balanço da actividade
(Jorge Mendes da Silva)

As inscrições para esta primeira acção do projecto fecharam ontem (dia 25), mas estou certo que o sucesso da mesma motivará os responsáveis da ARS a realizar mais acções com programas de formação semelhantes.

Soltas

#1
Entrou nos eixos...

O site da FPR entrou nos eixos! É verdade, podem ir confirmar digitando no vosso browser o endereço www.fpr.pt.

Existe, em destaque, um «banner» promocional do jogo, com destaque para a iniciativa do patrocinador oficial. É certo que o link não funciona (a instrução «clica para apoiar» não funciona), mas o anúnio do jogo está lá, no topo da página, convocando todos para a partida de dia 28. Nada mal.

Mais: a imagem dos nossos jogadores a cantar o hino à chuva foi redimensionada, permitindo novamente uma visualização «decente» da página.

#2
Luso-franceses ausentes

Já o haviamos escritos: só faz falta quem quer vestir a camisola da selecção. E se o tal Oliveirinha não está para isso e o David Penalva tem outras prioridades (ao que consta está incontactável, o que se deve ou a falta de vontade, ou a qualquer situação de enorme gravidade ainda desconhecida)... então não contemos mais com eles.

Como diz – e bem! – Tomaz Morais: «Habituamo-nos a contar com poucos e esta situação veio reforçar aquilo que já pensávamos - temos de apostar nos jogadores que estão cá em Portugal. Não vale a pena dispor de jogadores que não tenham orgulho, paixão e amor à camisola» (em O JOGO). Nem mais, caríssimo Professor... nem mais!

Portugal tem de facto um universo muitíssimo reduzido de jogadores. De entre estes, o grupo dos seleccionáveis é ainda menor, devido a uma série de circunstâncias já aqui referidas «vezes sem conta». Talvez estas recusas vindas de França e a impossibilidade de usar os argentinos Murré, Acosta e Vargas abram os olhos da FPR (desculpem lá voltar a «bater no ceguinho»...) para a necessidade de dar maior força e atenção às competições nacionais e ao investimento no Rugby de clubes.

Depois de dia 28 é precisamente sobre o tema «Rugby de clubes» que me ocuparei!

#3
Vilamoura fica sem sede...

Segundo notícia do jornal O JOGO, o Vilamoura XV viu a sua sede sofrer severos danos na sequência de um tornado que passou na madrugada de terça-feira por aquela zona do Algarve. Ficaram danificados equipamentos desportivos – não exclusivamente destinados ao Rugby – e entre estes, com enorme peso simbólico, perderam-se os postes do campo do clube do sul.

O prejuízo ronda uma quantia entre os 60 e 70 mil euros (12 a 14 mil contos, na moeda antiga).

Pela nossa parte esperamos que a queda dos postes não signifique a queda do Rugby em Vilamoura. E desde Lisboa desejamos à rapaziada algarvia a melhor sorte do mundo na recuperação do seu património, prontificando-nos desde já a ajudar na divulgação de quaisquer iniciativas que venham a ter lugar, no sentido de reculher os fundos necessários para a reconstrução da sede e do campo de Rugby.

#4
ARS divulga Plano de Actividades

Encontra-se disponível na excelente página web da Associação e pode ser consultado clicando aqui.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Diogo Mateus no UCC Rugby

Depois de várias confusões acerca do real paradeiro do nosso ex-capitão e 1º centro internacional Diogo Mateus, na sequência de um comentário aqui oportunamente deixado por um nosso leitor e segundo informações recolhidas junto dos adeptos da equipa do Munster Rugby, podemos agora informar com segurança que o jogador português se encontra ao serviço do UCC Rugby (University Cork College Rugby), emblema que milita na AIL 2 (a segunda divisão irlandesa).



O UCC é um dos emblemas da cidade de Cork, a segunda maior da República da Irlanda e a terceira mais populosa da Ilha Verde (depois da capital Dublin e da cidade de Belfast, no norte sob domínio britânico), e encontra-se associado à Universidade local, considerada nos últimos dois anos como a melhor do país.

Clube com tradição no Rugby irlandês, o UCC Rugby já «forneceu» (e continua a fornecer) bons jogadores às equipas de Munster, da Irlanda e dos British and Irish Lions. Alguns exemplos mais recentes: Ronan O'Gara (actualmente no Cork Constitution), Mick O'Driscoll, Peter Stringer, Jerry Flannery (ainda ao serviço do UCC) e Denis Leamy.

Nos últimos anos, os homens da caveira (simbolo que desde há décadas que se encontra estampado nas camisolas vermelhas, brancas e pretas destes rapazes de Cork) têm estado seriamente empenhados na promoção à AIL 1 (a mais importante competição de clubes da Irlanda), mas alguma falta de sorte tem impedido a subida.



Importa registar que o UCC Rugby conta com alguns jogadores na Academia da selecção provincial de Munster e que, muito provavelmente, terá sido por essa via que Diogo Mateus chegou a Cork.

Na actual temporada desportiva, a equipa encontra-se no primeiro lugar da AIL 2, em conjunto com a equipa dos Greystones (2 jogos, 2 vitórias, 9 pontos). Na última jornada, os «estudantes» de Cork bateram fora a equipa dos Suttonians (da região de Dublin) por 20-13. Diogo Mateus foi utilizado, e desse mesmo encontro encontrámos uma fotografia, com créditos para o site dos Suttonians, onde parece aparecer o n.º12 belenense (permitam-nos a perpetuação da sua condição clubística portuguesa!) em acção.



Sobre o clube universitário de Cork muito mais haveria a dizer, o que faremos, no decurso deste trabalho o mais exaustivo possível de acompanhamento da carreira de Diogo Mateus na Irlanda. Todavia, e para finalizar esta introdução ao UCC, resta dizer que a equipa «pirata» alinha no campo de Mardyke (conhecido como o «The Dyke»).

Um ano depois, a mesma atitude!

Foi há mais ou menos um ano: Portugal recebeu, no mesmo Estádio onde joga no próximo dia 28, a equipa das Ilhas Fiji, então no 10º lugar do Ranking da IRB. O jogo, para quem teve o privilégio de assistir in loco, foi inesquecível. Estivemos na frente e, depois, em cima deles até ao apito final. Poderiamos ter ganho, o que não aconteceu, mas mostrámos ao mundo a garra e a técnica do Rugby português.

No próximo sábado não teremos pela frente os rapazes das Fiji, mas antes uma equipa russa que tudo fará para nos bater em solo adverso. Conhecendo um pouco a mentalidade russa, bem como os seus recursos, diria que tudo farão – mas absolutamente tudo – para vencer o encontro e seguir em frente na qualificação.

O problema – para os russo, claro – é que este é o nosso jogo. Repito: ESTE É O NOSSO JOGO. Foi por ele que o nosso XV batalhou ao longo dos últimos anos. E chegados a este ponto, a equipa portuguesa – composta por um misto de jogadores em fim de carreira, outros no pico da sua forma e alguns «miúdos» menos experientes mas igualmente válidos – tem nas suas mãos uma oportunidade de ouro de dar mais um passo em direcção ao Mundial de 2007.

É claro que podemos apontar o dedo ao semi-profissionalismo da equipa russa, aos recursos que eles têm e nós não, aos jogadores portugueses que não têm interesse em viajar até casa para contribuir para a qualificação... Tudo isto é verdade! Mas pessoalmente prefiro pensar que só fazem falta os que aqui estão. Foi sem o tal Pascal Oliveirinha que batemos antes os russos, os romenos, os georgianos... É com este grupo que podemos efectivamente voltar a fazê-lo.

Quando o jogo começar serão XV contra XV. Repito: XV homens contra XV homens. Estamos por isso mesmo em igualdade teórica... O jogo começa com o marcador em 0-0, mas a vantagem real será nossa, pois jogamos em casa, perante um Estádio cheio (assim o espero) e contra um adversário que não nos é superior.

Concentração máxima, sobretudo na defesa: eis a chave para a vitória.

A equipa tem trabalhado bem, dentro do possível, e a pressão sobre o portador da bola tem sido pedida com bastante insistência pelo seleccionador nacional, Tomaz Morais. «Temos de ganhar cêntimetros aos russos!», gritava o seleccionador no treino da passada 6ª feira, ao qual tivemos a oportunidade de assistir.

As estatísticas mais recente de análise ao rugby indicam que, em termos gerais, maior posse de bola não significa maior eficácia no seu aproveitamento... Todavia, cada jogo é um jogo, e cada adversário é um adversário. Creio que a posse de bola será muitíssimo importante, e que Portugal tem um pack suficientemente forte para empurrar os homens do Leste para os seus 22 metros defensivos.

Mais: esse mesmo pack tem todas as condições para proporcionar aos médios e defesas bolas de qualidade, para atacar a muralha defensiva adversária e nela encontrar as brechas que conduzirão ao ensaio.

Ganhar vantagem nos minutos iniciais, como conseguiram os italianos, é muito importante. Serena a equipa e enerva o XV oposto. Se o conseguirmos, os passes sairão melhor, os chutos mais certeiros, os alinhamentos realizados com maior confiança e as mêlées ficarão mais sólidas.

Se pelo contrário tivermos de correr «atrás do prejuízo», então teremos de o fazer com o dobro da vontade. O jogo só acaba aos 80 minutos, e até lá tudo é possível.

Um ano depois só pedimos a mesma atitude... E o resultado só poderá ser um: a vitória!

terça-feira, outubro 24, 2006

Nunca Desistir

Tomaz Morais lançou ontem o livro «Compromisso: Nunca Desistir», este livro resulta de 40 dias intensivo de trabalho do Seleccionador Nacional e do jovem Jornalista Carlos Filipe Mendonça.


Carlos Filipe Mendonça e Tomaz Morais

Deixo aqui os Capítulos deste espectacular livro:

I – Querer é poder, crer é vencer
II – O caminho para o sucesso
III – O stress é o que se faz com ele. Supere-se!
IV – Liderança não é magia

Com prefácio de Sérgio Figueiredo, director do Jornal de Negócios, este é um livro que mostra que o rugby é uma escola de vida.

Já nas bancas por apenas 14.90€. Comprem que vale a pena (eu estou quase a acabar e estou maravilhado!).


Tomaz Morais

Fará algum sentido?...

... que a iniciativa (3.000 bilhetes grátis para dia 28) do patrocinador da equipa nacional, CGD, ainda não esteja divulgada no site oficial da FPR?

... que estejam marcados 6 jogos de diversas categorias e competições - tuteladas pela FPR - para dia 28, com horários coincidentes como o do jogo da selecção?

- RC Loulé v. RC Montemor (Seniores, 15:30h)
- AA Coimbra v. RC Lousã (Juniores, 16:00h)
- CDUP v. CDUL (Juniores, 16:00h)
- Vilamoura XV v. Técnico (Juvenis, 15:00h)
- AA Coimbra v. Santarém (Juvenis, 14:30h)
- CDUP v. CDUL (Juvenis, 14:30)

... que no site da FPR a notícia sobre o Portugal-Rússia seja a 12ª, atrás de textos sobre outros eventos e/ou acontecimentos secundários?

... que a menos de uma semana de um jogo da importância do Portugal-Rússia, o esforço de divulgação da partida esteja a ser concretizado fundamentalmente pela comunidade oval sem responsabilidades na organização do encontro e não pela FPR?

segunda-feira, outubro 23, 2006

Curiosidade

Final do campeonato do Irão de seven's feminino.

Cidade de Teerão vs Provincia de Golestan



Créditos/Fonte: Blog CRAV de Saias

3.000 bilhetes grátis para dia 28!

Complementando o anúncio da campanha da Caixa Geral de Depósitos, aqui publicado anteriormente, vimos informar que todos podem aderir em qualquer balcão do Banco, e não apenas nos balcões universitários (localizados nas faculdades).



Assim, as pessoas/grupos que queiram aderir a esta excelente iniciativa deram eleger um líder de claque e fazer-se acompanhar dos seguintes dados:

Nome da claque:
Nome do líder:
Telemóvel:
E-mail:
Universidade/Faculdade (se aplicável):
Número previsto de elementos da claque:

A concentração de claques será feita junto à Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa - a 5 minutos do Estádio Universitário - pelas 13:30h.

VAMOS ENCHER O ESTÁDIO UNIVERSITÁRIO DE LISBOA!

domingo, outubro 22, 2006

CGD oferece bilhetes para o Portugal-Rússia!

A iniciativa é da Caixa Geral de Depósitos, patrocinador principal da selecção nacional de Rugby de XV, e consiste na oferta de 3000 bilhetes para o jogo Portugal-Rússia do próximo dia 28. As condições de oferta dos bilhetes, e as informações acerca da oferta de uma viagem (para acompanhar a selecção no seu próximo jogo dentro da Europa) ao líder da maior claque presente no Estádio, encontram-se explicadas no folheto que passamos a reproduzir.


Clique aqui para ampliar.

Só não vai ao Rugby quem não quiser... Vamos encher o Estádio Universitário de Lisboa!

Juniores vencem em jogo sem postes...

Os juniores do Belenenses venceram nesta tarde chuvosa de domingo da equipa congénere do Belas, por 0-40 (0-15 ao intervalo), em jogo a contar para a 3ª jornada do Torneio de Abertura.

A partida, disputada no campo emprestado do Atlético 1º de Maio (Agualva-Cacém), foi jogada sem postes e portanto sem a possibilidade de serem concretizados pontapés de penalidade, pontapés de ressalto e conversões de ensaio...

Tomaz Morais «em Livro»

O Seleccionador Nacional Portugês, Tomaz Morais, vai lançar um livro – «compromisso: Nunca Desistir» – no próximo dia 23 de Outubro às 19 horas, na Livraria Bulhosa (no Campo Grande).

sábado, outubro 21, 2006

Sobre o «Mapa do Rugby»

A contradição entre os dados publicados no site da IRB e os números apresentados pela FPR existe, mas não é significativa. Olhando para uns e outros a conclusão será sempre a mesma: o Rugby português - que não se esgota nem esgotará nunca na sua selecção principal - não vive dias radiosos.

De acordo com os dados publicados pela International Rugby Board, Portugal terá 4286 praticantes de Rugby, 57 clubes e 35 árbitros (29 no Plano Estratégico da Federação).

Ora, eu puxo pela cabeça e não consigo encontrar 57 clubes activos - que formem jogadores e participem em competições regularmente - em Portugal. O site da FPR fala em 45 clubes, mas este número engloba um conjunto de Associações Académicas que, não obstante a importância que têm no desenvolvimento e divulgação da modalidade, não poderão nunca ser comparadas com os clubes (mesmo os de origem «universitária», CDUL e CDUP) que todos os anos formam dezenas de jovens jogadores, competem ao mais alto nível nacional e formam as diversas selecções nacionais.

A desistência de vários clubes da 1ª divisão relativamente à Taça de Portugal demonstra bem as fragilidades de muitos emblemas nacionais e o carácter flutuante do número de praticantes. É que, como alguém me dizia há pouco tempo, no início da temporada aparecem sempre uns artistas nos clubes, que passados umas semanas voltam a desaparecer sem deixar rasto.

O mapa que apresentamos em seguida tem uns anos (poucos), mas é esclarecedor acerca da forma como a modalidade se encontra (mal) distribuída pelo país:


Créditos: Jornal de Notícias.

É obvio que o Rugby reflecte um pouco o estado geral do desporto português, centrado no litoral e nas grandes cidades... Mas esse não deve ser um argumento para justificar a falta de um trabalho de «sapa», com objectivos a médio prazo, que inverta o real (e não estatístico) congelamento da modalidade e até a sua desaparição em alguns pontos do país onde vinha ganhando tradição!

Depois... existem os locais onde o Rugby nunca existiu!

No momento em que vos escrevo estou em São João da Madeira, uma das muitas cidades que se auto-intitula «cidade do desporto». Efectivamente pratica-se desporto por estas bandas e creio até que será das regiões do país onde existem mais campos relvados «por metro quadrado». Todas as freguesias têm a sua equipa de futebol, e todas as equipas parecem ter o seu campo.

Sempre que aqui venho - por razões familiares - interrogo-me acerca do porquê de nunca se ter aqui gerado um movimento de desenvolvimento do Rugby... As respostas encontro-as no centralismo da FPR, no fechamento da modalidade e no mau trabalho da Associação de Rugby do Norte!

Não vale a pena apontar o dedo ao futebol - também já o fiz e faço, confesso! - e depois nada fazer que exigir dos municípios a colaboração que, em prol das próprias populações, lhes compete desenvolver com as entidades que tutelam Rugby. Milhares e milhares de miúdos ficam de fora das escolinhas de futebol e toda a sua energia e vontade de praticar desporto poderia e deveria ser canalizada para outras modalidades que não apenas as mais tradicionais por estas bandas (Basquetebol, Andebol, Hoquei-em-Patins e Atletismo). O Rugby é uma alternativa e assim se deve afirmar... até porque os espaços exitem!

Para São João da Madeira trouxe cartazes do jogo com a Rússia, que serão espalhados pela cidade. Não com a esperança que alguém se desloque a Lisboa para assistir a um jogo de uma modalidade que praticamente desconhecem... Mas na expectativa de que alguém olhe e pare para ler!...

«Olha, afinal em Portugal também se joga Rugby!»

Nota: São João da Madeira é também uma cidade do litoral, pelo que serve apenas como exemplo de um local onde o Rugby é inexistente (aliás, ele é inexistente em toda a extensão do eixo Aveiro-Porto, o qual é densamente povoado).

sexta-feira, outubro 20, 2006

«Lobos» só pensam nos russos



Após um dia de descanso, a selecção nacional senior concentrou-se hoje, no Estádio Nacional, para um estágio que decorrerá durante o fim-de-semana, e durante o qual Tomaz Morais certamente aproveitará cada minutos para elevar os níveis de confiança, trabalhar os aspectos tácticos, dar a conhecer os adversário e o árbitro aos nossos jogadores e continuar a trabalhar a componente física.

O treino desta noite, que se prolongou durante cerca de duas horas, foi especialmente centrado nas questões da pressão sobre o adversário. A bola circulou, e durante grande parte do tempo os jogadores foram incentivados a pressionar a «meia-equipa» que tinha a bola em seu poder. O objectivo é não dar espaço aos russos, obrigá-los a comenter erros, a perder a bola para a selecção lusa.

Quem assistiu ao treino pode perceber claramente que a equipa já só pensa no jogo com a Rússia - para muitos jogadores, o jogo das suas vidas! - e que o conjunto de bons jogadores de que Portugal dispõe se está, lentamente, a transformar na equipa que todos queremos ver a ganhar o próximo encontro!

Destaque ainda para as lesões de João Uva (joelho) e Cristian Spachuk (pé e ligeiro estado gripal), bem como para as ausências dos jogadores que actuam no estrangeiro (Diogo Mateus, David Penalva, Gonçalo Uva, Vicent Coelho e Pascal Oliveirinha).

quinta-feira, outubro 19, 2006

Escolas e Iniciados

Neste Fim-de-Semana as Escolas de Rugby do Belenenses vão participar num Convívio Regional/amigável no Campo da Guia, em Cascais.

Os pontapés de saída dos jogos das equipas azuis dos escalões Bambis, Benjamins e Infantis estão marcados para as 9 horas.

Os Iniciados (A e B) também jogam (a 2ª Jornada do Torneio de Abertura), a partir das 14 horas no mesmo Campo.



Mais informações:

http://belenensesrugby.blogspot.com

http://rugbysub17.blogspot.com/

Tomaz Morais na Rugby World

A prestigiada revista britânica Rugby World publica na edição de Novembro - já nas bancas, em Portugal - um texto dedicado ao seleccionador nacional Tomaz Morais, intitulado «Morais ploughs new furrow as youngest Test coach» (página 30). Trata-se de mais uma prova do reconhecimento internacional que tem o responsável técnico máximo da equipa nacional de Rugby.



Ao Professor os nossos parabéns, e o desejo que continue a ter muito sucesso profissional (e pessoal), pois os sucessos do seleccionador serão sempre os sucessos de todo o mundo oval português.

XV do ano

Ainda está a decorrer a votação para o «XV do Ano».

Até ao próximo dia 23 (2ª Feira) pode enviar a sua escolha para:

afonsobnogueira@gmail.com

Deixamos aqui mais um XV do ano, desta feita o de 1997:

1
– Alcino Silva (Académica)
2 – Paulo Silva (CDUL/Técnico)
3 – Joaquim ferreira (CDUP)
4 – Marcelo d’Orey (CDUP)
5 – Rebelo Andrade (CDUL/Direito)
6 – Melo e Castro (CDUL)
7 – Miguel Barbosa (Belenenses)
8 – José Pires (Académica)
9 – Luis Pissarra (Técnico)
10 – João Bento (Académica)
11 – Miguel Portela (Direito)
12 – Rodrigo Monteiro (Académica)
13 – Salvador Amaral (CDUL)
14 – Pedro Murinello (Cascais)
15 – Murray Cox (Académica)

Painel que elegeu este XV:

- António Aguilar (A BOLA)
- João Paulo Bessa (seleccionador nacional)
- Marcelino Nunes (PÚBLICO)
- Rugby Magazine

Diogo Mateus convocado novamente...

O centro Diogo Mateus volta a constar da convocatória da equipa do Munster Rugby, para o jogo da 1ª jornada da prestigiada Heineken Cup, a disputar-se em Welford Road (casa dos Leicester Tigers), no próximo dia 22 (15:00h locais), e com transmissão em directo através do canal Sky Sports.

Para o jogo de domingo, a lista de jogadores seleccionados pelos responsáveis técnicos do Munster Rugby é a seguinte: Shaun Payne, Diogo Mateus, Lifeimi Mafi, Trevor Halstead, Barry Murphy, John Kelly, Ian Dowling, Eoghan Hickey, Jeremy Manning, Ronan O'Gara, Tomas O'Leary, Peter Stringer, John Hayes, Marcus Horan, Federico Pucciariello, Frankie Sheahan, Andy Kyriacou, Paul O'Connell (capitão), Mick O'Driscoll, Donncha O'Callaghan, Chris Wyatt, Alan Quinlan, David Wallace, Denis Leamy e Anthony Foley.

Trata-se um jogo muito complicado pela a equipa irlandesa, já que os Tigers são uma das equipas mais fortes do campeonato inglês (Guiness Premiership) e quererão vingar-se da derrota sofrida em 2002/2003, nos quartos de final da prova, quando os irlandeses foram a Leicester vencer por 7-20 (13/04/2003).

Importação de modelos... e boas práticas!

A implementação de um novo modelo de discussão do título nacional de Rugby senior, em 2005/2006, levantou dúvidas entre alguns daqueles que acompanham a modalidade mais de perto. Eu fui uma das vozes que, de fora da estrutura formal dos clubes (sou belenense, mas nada tenho a ver com a secção de Rugby, do ponto de vista formal), se manifestou contra a aplicação - por si só - de um modelo de competição que, não obstante ser o utilizado «lá fora», não é suportado por um conjunto de condições essenciais para que todos possam beneficiar com ele.

A discussão do modelo está feita, e parece até que os clubes já aprovaram a sua continuição, independentemente de algumas (pequenas) alterações, que acabam por deixar tudo na mesma.

Todavia, e já que estamos numa de importação de práticas «lá de fora», façamo-lo não apenas relativamente ao modelo competitivo, mas igualmente no que respeita a outros aspectos organizativos das provas nacionais de clubes.

Um exemplo, em jeito de proposta: é sabido que, antes das grandes provas internacionais (de selecções, sobretudo), os responsáveis das equipas, da entidade que organiza as provas e representantes dos árbitros se reúnem para discutir os diversos aspectos ligados às incidências do jogo.

As questões de arbitragem são especialmente importantes (ainda para mais em Portugal, onde cada um apita da sua maneira e com o seu critério), e essas reuniões servem precisamente para que todos coloquem as suas questões e se reunam consensos, pacificando posteriormente os embates no campo.

Em Portugal nada disto parece ser feito, e é pena! Creio que a Divisão de Honra, não obstante todo o esforço da FPR em torno da selecção, já deveria estar em marcha, no plano organizativo. Pergunto-me frequentemente: O que terá sido feito até agora? Apenas o sorteio e a AG extraordinária para discussão do modelo?

É preciso mais... muito mais!

A publicitação da prova já deveria estar adiantada, os calendários deveriam ser já definitivos (não obstante possíveis ajustamentos, após a qualificação de Portugal para o França 2007), o regulamento da prova deveria já ter sido publicado com as alterações introduzidas e com adendas inevitáveis (por exemplo acerca das condições dos campos em que se disputam os jogos!)... e a tal reunião entre FPR, clubes, atletas e árbitros já deveria estar marcada, com programa alargado.

Realize-se um seminário de um dia, à porta fechada, com os seguintes protagonistas:

- Representantes da FPR (parte organizativa e corpo técnico, incluindo o seleccionador nacional);
- Dois dirigentes por clube (Presidente/responsável da secção e seccionista);
- Capitães de equipa ou um representante dos jogadores de cada uma das equipas da Divisão de Honra (em caso de indisponibilidade do capitão);
- Responsáveis do Conselho de Arbitragem;
- Responsáveis do Conselho Disciplinar;
- Grupo dos árbitros nomeáveis para jogos da Divisão de Honra.

Aproveite-se o seminário para realizar uma conferência de imprensa de apresentação da Divisão de Honra, com a Taça já na sala, com os capitães vestidos a rigor (ou seja, com o equipamento dos clubes... os patrocinadores agradecem!) e convide-se a comunicação social para um jantar, logo em seguida.

Talvez desta feita a Divisão de Honra tenha outra visibilidade. Esta é apenas um de mil ideias. E é tão fácil de concretizar.

Importem-se modelos... Mas também todas as outros boas práticas.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Balanço ARS em Paris

A 1ª edição do Tournoi des Capitales contou com a participação de 12 equipas, com a ARS a representar Lisboa.



Londres (3 equipas), Paris (3 equipas), Roma, Heidelberg, Bucareste, Genéve e Cardiff foram as restantes capitais europeias representadas no torneio.

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1º Heidelberg e London Dulwich
3º Cardiff
4º Bucarest
5º London Whitgift
6º London Hampton
7º Paris
8º ARS/Lisboa
9º Parc des Princes 75
10º Genéve
11º Stade de France
12º Roma

Troféu fair-play
Roma

RESULTADOS DA ARS/LISBOA

Fase de grupos
ARS/Lisboa 5 – Paris 10
ARS/Lisboa 5 – Roma 0
ARS/Lisboa 5 – Hampton 10

Quartos de final
ARS/Lisboa 5 – Bucareste 5
ARS/Lisboa 5 – Paris 15
ARS/Lisboa 5 – London Hampton 15



CONCLUSÕES

Na nossa perspectiva enquanto treinadores responsáveis pelo processo de formação de jovens jogadores, mais do que os resultados obtidos é importante preparar os atletas para o futuro, numa lógica de desenvolvimento a longo prazo.

Com efeito, na sequência do trabalho realizado, foram notórias melhorias significativas em TODOS os jogadores, nas seguintes áreas:

- princípios do jogo (avançar, apoiar e continuidade)
- compreensão da lógica do jogo
- conhecimento táctico e técnico do jogo
- organização colectiva: a atacar e a defender
- respeito pelo modelo de jogo/livro de equipa
- ocupação racional do espaço de jogo
- responsabilidade individual na placagem
- conhecimento das leis de jogo
- concentração individual e colectiva

Na noite de domingo, logo após o jantar, os vídeos dos jogos foram analisados pela equipa técnica e pelos jogadores, para identificar o que correu bem e o que há que melhorar no futuro.

Em suma, ao longo de toda a preparação para o torneio e no próprio torneio, os nossos atletas aprenderam, divertiram-se e jamais esquecerão a 1ª edição do Tournoi des Capitales.

Fonte: Site da Associação de Rugby do Sul

Um testemunho para reflexão

Num contexto em que o Rugby ganha cada vez mais um aspecto comercial, assemelhando-se cada vez mais ao desporto-mercadoria (ou seja, comercial), é bom que as gerações mais novas tomem contacto com testemunhos de jogadores de outros tempos e com outras perspectivas da modalidade.

O excerto que passarei a publicar foi retirado da autobiografia de Cliff Morgan, um dos melhores médios de abertura da história do Rugby galês e mundial, e refere-se à pequena cerminónia na qual Morgan participou a após a morte do talonador inglês Eric Evans.


Legenda: Cliff Morgan, ao serviço dos Lions (1955).

Creio ser um testemunho comovente, a convidar à reflexão. Para mim é este o verdadeiro «sumo» do desporto...

«Eu admirava-o mais do que posso exprimir por palavras, bem como ao maravilhoso trabalho que realizou com crianças portadoras de deficiência, no norte, permitindo-lhes navegar nos canais.

Quando ele morreu, as suas cinzas foram espalhadas por Twickenham. Estavamos apenas meia-dúzia pessoas no local, incluindo a sua esposa (numa cadeira de rodas) e a sua filha.

Primeiro dirigimo-nos para a linha de meio campo, mas acabei por dizer ao secretário do Lancashire: "Não creio que este seja o lugar apropriado, pois o Eric nunca se encontrava na linha de meio campo, jogando sempre na linha de 22, esperando pelo pontapé de saída". Ele concordou, e por isso dirigimo-nos para lá, todavia quando começámos a espalhar as cinzas pelo chão, o vento trouxe-as de volta. Num ápice ficámos cobertos de cinzas. Ficámos num silêncio estranho e eu acabei por dizer: "O Eric nunca gostou de jogar contra o vento, pois não?". Graças a Deus, todos se riram, pois isto era tipicamente do Eric. Estas são as memórias que me fazem sentir abençoado por ter jogado Rugby».

O meu maior desejo é que, também os nossos rapazes, guardem no baú das suas memórias pessoais momentos marcantes, que os façam sentir - daqui por muitos e bons anos - uma enorme alegria por, um dia, terem decidido experimentar o mundo oval!

terça-feira, outubro 17, 2006

Uma questão de atitude...

Portugal sofreu uma pesada derrota com a Itália e essa derrota teve causas objectivas. É certo que se enfrentaram selecções de campeonatos diferentes, uns amadores, outros profissionais... É verdade que os orçamentos para a preparação são diferentes e é verdade que, quando o jogo se realizou, os italianos - distribuídos por alguns dos mais fortes campeonatos da Europa - já tinham outro ritmo nas pernas.

Importa todavia, neste exercício de atribuição causal, olharmos um pouco para nós próprios, e deixarmos de atribuir as derrotas a tudo e a todos... menos à nossa selecção! Quando proponho que olhemos para nós próprios, faço-o em sentido literal. Vejam bem esta fotografia publicada no site da Federação Italiana de Rugby:



A diferença de postura entre as duas equipas na preparação desta mêlée resume, por si só, a diferença na atitude das duas equipas em campo! E atenção: se alguém tinha razão para estar «descontraído» eram os italianos, favoritos à partida e cuja vitória quase ninguém colocava em causa.

Os nossos rapazes não estiveram nos seus dias, é verdade. Mas é quando falta a inspiração que se exige mais transpiração! É preciso compensar a menor capacidade física e técnica com uma atitude absoluta e inequivocamente «guerreira».

Os russos vêm a Lisboa para ganhar. Farão o seu jogo, que não é só meia bola e força, como muitos pensam. Têm um pack forte e jogadores talentosos na defesa, capazes de criar (ou encontrar) espaços e brechas na muralha lusa. E por isso o segredo deste jogo - como de todos, aliás - é defender a 200%.

Placar tudo o que se mexe - excepto o árbitro - é mesmo um imperativo. E empurrá-los para o meio campo deles, com o nosso pack - poderoso, aliás - a jogar como se não houvesse amanhã!

Parece-me a mim que o peso da derrota em Itália e uma possível (e provável, diria eu) vitória sobre a Rússia serão, no futuro, explicadas como um questão de atitude...

«Be like him!»

É normal que o comum dos portugueses não saiba o nome dos jogadores da Selecção Nacional de Rugby, mas será normal que a maioria dos espectadores que assistem aos jogos da selecção também não o saibam?

É um consenso que precisamos de publico a dar força à turma de Tomaz Morais no próximo dia 28 de Outubro. Já aqui demos ideias e conselhos à Federação Portuguesa de Rugby para convocar TODOS ao estádio Universitário. Contudo, para além de querermos muito público no jogo contra a Rússia queremos que esse mesmo público regresse.

Não é com os habituais Convívios Nacionais de Rugby Juvenil, organizados pela ARS, que se chama gente para ver os jogos, que aliás não têm sido o maior sucesso já que normalmente só as equipas do CDUP e por vezes as do Belém é que ficam para os ver.

Precisamos de «Estrelas» do Rugby Nacional, precisamos de conhecer melhor os nossos jogadores.

Temos necessariamente de apostar na imagem da nossa Selecção.

Dou uma pequena ideia:

Fazer uma sessão fotográfica com toda a Selecção, jogadores e equipa técnica, e produzir «flyers» com as fotos dos nossos jogadores e: o nome, o peso, a altura, o clube, a posição, as internacionalizações, etc, etc, etc.

Não é difícil produzir e distribuir estes «flyers», se não houver ninguém na área de marketing da FPR disponível (o que já é normalíssimo!) peçam a algum dos nossos jogadores, temos alguns designers e publicitários na equipa que certamente se disponibilizariam para os criar.

Seria interessante ver a frase «Be like him!» por baixo da fotografia do Diogo Mateus ou do Vasco Uva.

Não nos podemos fechar no «grupo do costume», onde todos se conhecem, todos são amigos ou família.


Mãos à obra, vamos encher o Estádio Universitário no dia 28!

Rugby no Belenenses: que futuro?

Começo este texto remetendo o leitor para um outro, publicado por ocasião do aniversário do clube, em Setembro (clique aqui).

O problema que me proponho trata hoje é o mesmo, ou seja, a (velha) questão do «ecletismo vs. futebol», no seio de um clube que nasceu (como muitos outros) com o futebol no nome e que cresceu com várias modalidades a ganhar títulos e prestígio, Rugby incluído.

No seio da família belenense não creio que existam muitas pessoas para quem o futebol não seja, efectivamente, a grande «mola» do clube. O futebol foi, é e será a modalidade n.º1 do Belém, e aqui já me estou a repetir relativamente a textos passados! A questão que se coloca agora é perceber se o clube deve viver apenas para o futebol, eliminando todas as outras modalidades (ou parte delas), com que critérios e com que política de desenvolvimento desportivo!

No vasto – mas fechadíssimo – mundo internautico belenense esta dicussão é resumida ao chavão «futeboleiros vs. ecléticos». Pessoalmente, e como nunca gostei de etiquetas, não me considero nem uma coisa nem outra. Não gosto muito do futebol (como jogo), mas vou ver praticamente todos os jogos de futebol (em casa) da equipa principal do clube (pudessem muitos ditos «futeboleiros» gabar-se do mesmo...). Gosto bem mais de outras modalidades, quase tão antigas como o futebol no Belenenses (como a natação, o pólo-aquático e o rugby), mas percebo aqueles que não lhes ligam nenhuma. As razões são muitas e complexas.

Reduzir a discussão em torno do « ecletismo vs. futebol» a chavões parece-me um mau princípio, que não favorece nem o clube nem o próprio debate. Acontece que pensar dá trabalho, e muita gente pouco conhecedora da própria situação do clube acha que tem legitimidade para impôr a sua visão do Belenenses não aos outros, mas aos 87 anos de história que o clube tem, com futebol e com outras modalidades, do rugby à caça-submarina.

O Rugby, como já referi mais de uma vez, encontra-se particularmente fragilizado nesta discussão. É que, não obstante ser a modalidade com maior palmarés do clube, e uma das únicas com saldo positivo nas contas belenenses, tem o problema de partilhar relvados com o futebol... e por isso me pergunto: « Rugby no Belenenses: que futuro?»

No que depender de mim, o Rugby terá um futuro cada vez mais risonho em Belém, não por oposição ao futebol mas em coordenação com o futebol. É preciso criar mais campos, exigir a devolução das Salésias, criar sinergias entre as secções.

Jamais as modalidades do clube – a quem muita gente chama «quintinhas» - devem ser colocadas umas contra as outras – dando, aí sim, corpo ao conceito de «quintinha». Quem o fizer estará, consciente ou inconscientemente, a contribuir para o empobrecimento do «Belenenses clube». Será esse o caminho a seguir?

O Rugby e a violência (parte 1)

Tenho falado com várias pessoas sobre o assunto, e as opiniões - embora não sejam totalmente coincidentes - convergem numa ideia central: o Rugby juvenil (dos iniciados aos juniores) é em muitos casos bem mais violento (e a expressão «violento» é aqui usada no seu pior sentido) que o Rugby senior.

Se por um lado há questões técnicas que podem explicar algumas situações de carga ilegal e violência sobre o adversário (placagens altas e perigosas, por exemplo, que podem resultar um gestos técnicos mal executados), noutros casos o jogo violento é propositado e tem como exclusiva intenção agredir e magoar o jogador contrário.

Não é raro ouvir-se nas (despidas) bancadas de jogos dos escalões de formação incentivos à violência gratuíta, entre jogadores, entre técnicos e jogadores e... pasme-se: entre público e jogadores!

Os árbitros, muitos deles sem o completo domínio das leis básicas do jogo, acabam por deixar passar muitas destas situações, não agindo de forma preventiva. Pessoalmente creio que, se um juiz ouve uma ameaça mais forte ou um incentivo vindo do banco ou de um colega de equipa para o resto do seu XV, deve actuar imediatamente, falando com o jogador/técnico em causa ou, na pior das hipóteses, aplicar-lhe um cartão amarelo.

Acontece que em alguns casos o cartão parece ter ficado no balneário.

Parto do princípio que o árbitro não quer «estragar» o jogo, colocando uma equipa em inferioridade numérica (princípio errado, pois os juvenis já jogam Rugby de XV e devem-se habituar desde cedo a lidar com situações de inferioridade/superioridade numérica, bem como às consequências dos seus actos!...). Pois bem, realize-se antes do jogo uma pequena reunião de 5 minutos com TODOS os jogadores que estão inscritos na ficha de jogo (mais os técnicos, dirigentes e fisioterapeutas), alertando-os para as situações intoleráveis. A responsabilidade do jogo estragado passa para «o lado de lá».

Depois existem as responsabilidades:

- Dos próprios jogadores;
- Dos técnicos e dirigentes;
- Dos pais/encarregados de educação.

No que aos próprios diz respeito, nada a fazer a não ser disciplinar e exigir auto-disciplina. No Rugby a verbalização deve servir apenas para comunicar com os colegas de equipa. Falem... falem muitos mas entre vocês, rapazes. Ah, e falem sobre o jogo, não sobre a melhor forma de agredir o adversário sem o árbitro ver (como já ouvi).

Aos técnicos exige-se uma postura mais calma no banco (jogos entre miúdos não justificam o «calor» que tantas vezes se faz sentir nos respectivos bancos, e que é quase sempre contagiante...). Exige-se a substituição de um jogador agressor (mesmo que o árbitro não tenha visto). Exige-se a punição de conductas incorrectas, nomeadamente através de umas mini-férias da competição, não obstante a importância do(s) jogador(es) para o desempenho desportivo da equipa.

Aos pais exige-se que cumpram o papel de educadores. Há quem o faça, há quem pelo contrário incentive o filho (e respectivos colegas) a recorrer ao jogo ilegal. Nada mais errado: meus senhores, nem todos os miúdos vão chegar a seniores, à selecção, a equipas de lutam pelo título... Mas todos eles estão permanentemente a ser educados e «temperados» no Rugby. Tudo o que de bom e de mau aprendem no campo vai marcá-los durante a sua vida. É tempo de perceber isto, de uma vez por todas.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Diogo Mateus: primeiros passos na Irlanda (II)



Já haviamos falado da primeira convocatória... agora é tempo de apresentar a primeira foto, publicada por adeptos da equipa do Munster no site «Munster Fans». São os primeiros passos do centro ex-belenense no Rugby irlandês e na equipa actual campeã da Europa.

Curso de Treinadores Nível 2 - 3ºMódulo

Durante todo o passado Fim-de-Semana cerca de 35 treinadores vindos de todo o país reuniram-se para o 3º Módulo do Curso de Treinadores Nível 2.



Este módulo contou com a presença de prelectores de alto nível: Tomaz Morais e Daniel Hourcade, seleccionador e treinador da Equipa Nacional Sénior respectivamente.


Tomaz Morais


Daniel Hourcade

Contou também com a presença de Pedro Passos (Treinador) e Sérgio Ferreira (Fisioterapeuta). O Curso tem como Director Henrique Rocha.


Sérgio Ferreira

Os treinadores do Belenenses presentes no curso são: Afonso Nogueira (fotos) e Sérgio Ferreira.

O próximo módulo do Curso realizar-se-á no Fim-de-Semana de 25 de Novembro.

Super Taça Sénior

A Super Taça do Escalão Sénior foi disputada no passado sábado, dia 14 de Outubro, no Estádio Nacional. O resultado final foi 33 – 25 para o lado do Direito.



Claramente mais forte em vários pontos do jogo, o Direito fez chegar a bola onde queria. De relatar falhas de ambas as partes, por exemplo em termos de defesa, que possivelmente são consequência do pouco número de treinos.



Crónica do jogo no Site do GGDireito.

Diogo Mateus: primeiros passos na Irlanda

O Diogo está na Irlanda, e por isso longe de Portugal e da nossa realidade quotidiana. Todavia, aqui aplica-se um princípio oposto ao ditado popular «longe da vista, longe do coração». Pelo contrário, seguiremos com interesse e o mais detalhadamente possível o seu curso na equipa do Munster, no que diz respeito à Heineken Cup e Celtic League.

Para já, e como já haviamos informado, o Diogo foi convocado para o jogo da Celtic League (ou Magners League) contra a equipa escocesa do Edinburgh Rugby, em Thomond Park (em Limerick). Os irlandeses sairam derrotados por 10-21, e o nosso ex-capitão não foi utilizado, tendo assistido à partida do banco de suplentes.

No referido encontro, a equipa de Limerick alinhou com Barry Murphy e Trevor Halstead como centros.

É bom que se diga que o mau resultado da selecção nacional frente à Itália deixou dúvidas junto dos adeptos irlandeses acerca do valor do centro luso, o que me parece totalmente injusto. O Diogo ainda não alinhou numa partida oficial mas muitos adeptos da equipa provincial já começaram a tirar as conclusões mais precipitadas acerca da sua forma física, capacidade técnica, etc. Pensei que o preconceito fosse uma característica bem nossa, mas parece que lá fora padecem do mesmo mal...

Entretanto, outros adeptos menos dados a este tipo de discussão já lamentam a ausência do Diogo Mateus do jogo da 1ª jornada da Heineken Cup, frente aos franceses do Burgoin. A partida coincide com o jogo entre Portugal e a Rússia, de apuramento para o Mundial de 2007.

De Portugal para Limerick, os nossos votos de muita sorte para o nosso (belenense) ex-capitão. E o desejo que tenha a possibilidade (a oportunidade) de mostrar dentro de campo que há bom Rugby em Portugal, e que aqueles 83-0 em L'Aquila não podem ser encarados como um elemento quase absoluto de avaliação da capacidade dos jogadores portugueses... É que os irlandeses também já levaram alguns «cabazes»... e nem por isso deixaram de ser uma nação entre as maiores do Rugby!

domingo, outubro 15, 2006

Um admirável mundo novo...

Imaginem que são iniciados, miúdos bem novinhos, quase iniciados no Rugby e que ainda nem sequer o jogam na sua clássica versão de XV. Imaginem que viajam de um país onde os jogos da prova máxima de clubes têm assistências na casa das dezenas de pessoas, centenas na melhor das hipóteses, nos jogos mais importantes. Imaginem, por fim, que dão de caras com um Stade de France, em Paris, a «rebentar pelas costuras», num jogo do Top-14 francês entre o campeão em título (o Olympique Biarritz) e o mais forte candidato ao título 2006/2007, o Stade Français.


Legenda: O Stade Français bateu este sábado o Biarritz, em Paris, por 22-16. Assistiram à partida, no Estádio, cerca de 80.000 pessoas. Será novo record mundial de assistência para jogos entre clubes? (Créditos: Site Oficial do Stade Français).

Se conseguiram realizar este simples exercício de imaginação, então terão percebido mais ou menos o que se terá passado com os rapazes iniciados da selecção de Sevens da ARS que se deslocaram a França para disputar o Torneio das Capitais.

Hoje, domingo, estarão com os jogadores da equipa do Stade Français, nada mais nada menos que alguns dos melhores executantes do mundo, profissionais a 100% e internacionais pelos respectivos países de origem.

Será para estes «miúdos» da ARS uma experiência inesquecível! Alguns deles - os rapazes do Évora, por exemplo - terão chegado a temer (há apenas umas semanas atrás) o fim do seu próprio clube... Algum (pouco) tempo depois, encontram-se numa das grandes capitais do Rugby mundial, no Estádio onde daqui por um ano será disputada a final da Taça do Mundo de Rugby!

Que esta viagem tenha sobre eles um efeito do tipo «injecção de motivação». Que aprendem mais sobre o Rugby, que regressem com o desejo de ir mais longe, de atingir níveis desportivos mais altos, transportando o Rugby luso para patamares mais altos no plano internacional...

Aquilo que se passou este sábado relativamente à delegação da ARS foi um privilégio, que aliás se vai prolongar por mais uns dias! Fico sinceramente satisfeito pela equipa da Associação - dirigentes, técnicos e jogadores eleitos - e espero que este seja (mais um) incentivo para que o bom trabalho que vem sendo desenvolvido ganhe novo impulso.

O Rugby francês (certamente desconhecido de parte dos rapazes da equipa da ARS) terá aparecido aos seus olhos como «um admirável mundo novo...». O meu desejo é que regressem a Portugal com a vontade efectiva que renovar o mundo oval luso, contribuindo como atletas para esse mesmo objectivo.

Magners League: Leinster, 27 - Munster, 20



(Mais um excelente texto do nosso «correspondente» na Irlanda, Manuel Mourão, a quem desde já voltamos a agradecer. O seu trabalho de acompanhamento das equipas irlandesas ganha agora reforçado interesse, após o ingresso do belenense Diogo Mateus na equipa campeã europeia do Munster Rugby!)

Leinster, 27 – Munster, 20

Assistência: 27.250 pessoas.

Na passada Sexta Feira à noite, Lansdowne Road vestiu-se de gala de novo para receber os dois gigantes Irlandeses, naquilo que muitos viam como uma repetição da meia-final da Heineken Cup de há uns meses atrás. E claro que haviam muitas coisas em comum mas nada poderia acontecer que pudesse alterar o passado, mas o interesse era muito e a curiosidade à volta do jogo foi crescendo ate ao apito inicial.

Este foi o último jogo do Munster antes de Diogo Mateus se juntar ao plantel e passar a ser uma opção, e olhando para o crónico calcanhar de Aquiles de Munster, os centros, bem parece que o Internacional Português pode estar a beira de pregar uma surpresa aos mais desprevenidos.

O jogo disputou-se então na casa do Rugby Irlandês que viu o recorde de assistências da Celtic League ser pulverizado para uns fantásticos 27250 espectadores, sem duvida um numero de fazer inveja, numa noite de mau tempo, que fazia prever uma vantagem para os avançados de Munster que se dão bastante bem nestas condições.

Nada de mais enganador, os homens de Leinster a jogar em casa, perante os seus adeptos, tinham algo a provar, e o orgulho ainda ferido, os seus avançados bateram-se brutalmente contra um pack que é nem mais nem menos o pack da Selecção Irlandesa, e embora vacilassem nos alinhamentos e formações, não comprometeram, e em campo providenciaram muita bola, e rápida, a chamada "defesa de champanhe" (que e mais ou menos a defesa da Selecção Irlandesa, o que fazia com que este derby quase que fosse um treino a sério entre companheiros de Selecção, salvo seja, claro está).

Os packs equilibravam-se (mesmo tendo em conta que Munster contava com os seus carismáticos avançados, entre eles os sempre dedicados Paul O'Connell, Foley, Wallace e companhia), a grande diferença esteve na qualidade dos Rucks, onde Leinster esteve excelente, a fazer reciclagem rapidíssima da bola, assim como a continuar a providenciar bola de qualidade em situações de placagem, dando um ritmo muito acelerado, que constantemente descobria brechas na defesa adversária.

Os internacionais Brian O'Driscoll e Shane Horgan conseguiram ensaios na primeira parte que deram uma vantagem a Leinster de 17-10 ao intervalo (Munster com ensaio do também Internacional David Wallace e conversão e penalidade de Ronan O'Gara). Mais tarde um segundo ensaio de O'Driscoll e outro de Jamie Heaslip (a jogar a n.º8) conferiram aos da casa o tão almejado ponto de Bónus.

A noite corria-lhes bem e não fosse o ensaio já no final do Pilar Marcus Horan, com nova conversão de Ronan O'Gara, a reduzir a diferença para 7 pontos e a dar também a Munster o ponto de Bónus e tinha sido um derby perfeito para Leinster.

Como noutros derbies jogados com paixão, alguns nervos andaram à flor da pele e 3 foram as vezes que o árbitro teve que recorrer aos cartões amarelos, com realce para o de Felipe Contepomi. O abertura Argentino mais uma vez teve um jogo fantástico, ao contrário da meia final da Heineken Cup, onde tinha sido provocado e deixou o seu jogo ser afectado, na sexta Contepomi mostrou de novo a excelência do seu Rugby e o mau do seu temperamento. Na realidade por duas vezes agrediu adversários e deveria ter sido expulso.

Está sem dúvida entre os 3 melhores aberturas do Mundo (em minha opinião) mas enquanto não souber controlar o seu temperamento contínua sempre a ter companheiros nervosos por saberem que pode prejudicar o esforço colectivo com atitudes irreflectidas.

Uma nota final para realçar a qualidade dos jogadores que Diogo Mateus vai ter pela frente, mesmo que so jogue na Celtic League. Neste jogo por exemplo teria tido a dupla D'Arcy e O'Driscoll, provavelmente a mais experiente, rotinada e excitante dupla de centros, se não do mundo, sem duvida da Europa. Pura classe, agressivos a defenderem e mágicos no ataque. Jogar a este nível só pode ser bom.

Positivo: O Recorde de assistência na prova, com 27000 espectadores. Algo esta a ser bem feito quando uma prova como esta, numa fase ainda não muito disputada consegue levar tanta gente ao um estádio, numa sexta-feira, a seguir ao trabalho.

Negativo: Munster a pouco tempo de iniciar a defesa da Heineken Cup a mostrar-se ainda enferrujado. As agressões de Comtepomi.

Destaque sem dúvida para a próxima jornada, onde os olhos estarão postos em Munster, já hoje a jogar contra os Escoceses de Edimburgo (onde Musnter já não perde há 9 jogos). Na altura em que escrevo este texto ainda não parece haver a confirmação que Diogo Mateus estará no banco, a convocatória apenas refere que será feita uma escolha de três jogadores de um grupo de 4 (Brian O'Meara / John Kelly / Eoghan Hickey /Diogo Mateus), ou seja um ficará de fora. Caso Diogo Mateus venha a estar no banco terá muito boas hipóteses de se estrear já hoje.

sábado, outubro 14, 2006

Belenenses vence CDUL (32-5)

Uma semana após ter sofrido uma justa derrota no Estádio Universitário de Lisboa, frente ao CDUL, o Belenenses recebeu e bateu os universitários no Estádio do Restelo, por 32-5.

O Belenenses entrou com o seguinte XV: Juan Murré, Paulo Santos e Cristian Spachuk; Mata Pereira e Marco Miroto; Gonçalo Lucena, Salvador Cunha e Valter Jorge; Miguel Fernandes e Diogo Miranda; João David, Diogo Castro, Duarte Bravo e Francisco Cunha; Diogo Pinheiro.

Ao intervalo o resultado era de apenas 8-5 (vantagem para os azuis), mas na segunda parte o «Belém» obteve um parcial de 24-0, e construiu uma vitória folgada, que traduz uma outra atitude e vontade de jogar, comparativamente ao encontro do passado sábado.

Jogaram ainda os seguintes jogadores: Carlos Janardo, Fernando Murteira, Sebastião Cunha, João Uva, Lino e Fezas Vital. Marcaram os ensaios azuis o ponta Francisco Cunha, Sebastião Cunha, Miguel Fernandes, Lino e Valter Jorge.

Com esta vitória, e tendo em conta o diferencial de pontos marcados e sofridos no conjunto dos dois jogos, a equipa orientada pela dupla Francisco Borges/Pedro Netto acaba por se qualificar para os quartos-de-final da Taça de Portugal no primeiro lugar do Grupo B. O CDUL também foi apurado, já que as outras duas equipas do grupo - UTAD e Évora - desistiram mesmo antes da prova se iniciar...

Na fase seguinte, a classificação dos quatro grupos da Taça de Portugal não influi no emparelhamento das equipas, já que a FPR efectuará um sorteio envolvendo as 8 equipas apuradas, definindo os embates relativos aos «quartos-de-final».

Diogo Mateus na Heineken Cup

O ex-capitão do Belenenses e actual capitão da selecção nacional de Sevens, o centro Diogo Mateus, já se encontra formalmente inscrito na Heineken Cup 2006/2007, a mais importante prova de clubes da Europa.

O internacional português integrará pois o conjunto provincial irlandês que, liderado por internacionais do país do trevo - como Paul O'Connell, Peter Stringer e Ronan O'Gara - defenderão o título europeu conquistado em 2005/2006.



Na luta por um lugar na equipa, e no que diz respeito a centros, Diogo Mateus terá alguma concorrência - apesar de as camisolas 12 e 13 de Munster serem reconhecidamente os «Calcanhares de Aquiles» da formação irlandesa. Eis a lista de defesas inscritos pela equipa de Munster para a já referida prova:

- Anthony Horgan (ponta)
- Christian Cullen (defesa)
- Trevor Halstead (centro)
- Barry Murphy (centro)
- Shaun Payne (centro/ponta)
- John Kelly (ponta)
- Mossie Lawlor (defesa)
- Tom Gleeson (defesa)
- Diogo Mateus (centro)
- Ian Dowling (ponta)

sexta-feira, outubro 13, 2006

Belenenses recebe CDUL


A equipa principal do Belenenses recebe amanhã o XV «universitário» lisboeta do CDUL, no segundo jogo a contar para a fase de grupos (Grupo B) da Taça de Portugal. O jogo realiza-se pelas 12:00 horas no Campo 2 do Complexo Desportivo do Restelo.

Faça-se justiça...

Em 2001 iniciou-se um novo ciclo no Rugby em Portugal. Uma equipa encabeçada por Tomaz Morais – ex-atleta internacional e novo seleccionador nacional – iniciava um percurso de afirmação (pela positiva) do Rugby português no plano internacional, tanto no clássico jogo de XV como na variante de «Sevens».



Os títulos sucederam-se (em especial na variante de sete) e Portugal conquistou o mais prestigiante título internacional da sua história, quando venceu o Torneio Europeu das Nações (ou «VI Nações B»). Em Novembro de 2005, a equipa de XV chegou ao 15º lugar do Ranking da IRB, e apenas um ano antes havia sido nomeada pela «Board» para a categoria de «Equipa do Ano», no âmbito dos prémios anuais da instância internacional reguladora da modalidade.

Tomaz Morais foi, nesse mesmo ano, nomeado pelo paínel da IRB para a categoria de «Melhor Treinador do Ano», juntamente com técnicos tão prestigiados como Gordon Tietjens (NZ Sevens), Bernard Laporte (França) e Jake White (África do Sul), tendo este último arrecadado o «título».


Legenda: Durante a cerimónia da IRB, com o vencedor Jake White e o neozelandês Gordon Tietjens.

A imagem do Rugby alterou-se, e apesar de ser ainda uma modalidade praticamente esquecida (ou ignorada) neste país dominado pela «paranóia futebolística», o mundo oval luso é hoje respeitado. A face da mudança é, em larga medida, a do seleccionador nacional.

É óbvio que não é justo tirar o mérito a quem, dentro de campo (e até fora dele, pois outros técnicos trabalharam e trabalham em conjunto com o seleccionador nacional), conquistou os títulos que (re)colocaram o Rugby no mapa do desporto nacional. Mas seria igualmente injusto não se reconhecer o trabalho técnico, físico e psicológico realizado pelo Prof. Tomaz Morais junto da sua equipa.

A fase do «empirismo» no treino desportivo acabou. No Rugby e em todas as outras modalidades, sejam elas mais ou menos amadoras, mais ou menos profissionais. O treino científico não é exclusivo de nenhuma modalidade... e ainda bem!

No Rugby português ele está a chegar tarde, mas paulatinamente vai-se impondo.

O técnico nacional não é o único a procurar melhorar todos os dias, estudando, lendo, assistindo a jogos internos e externos, investindo na sua formação. Mas é com certeza o caso mais evidente, e com resultados mais animadores. Pessoalmente, e tendo em conta a minha experiência como atleta de competição, teria em Tomaz Morais inteira confiança, seguindo «à risca» os seus conselhos relativamente a aspectos ligados ao jogo (antes, durante e depois dos 80 minutos em campo...).

Tenho para mim que Portugal ganharia – aliás, o Rugby nacional ganharia! – se Tomaz Morais estivesse envolvido de forma mais ampla no trabalho quotidiano da FPR, entidade que vem provando enormes limitações no domínio organizativo (e não só). Acredito que fechar o seleccionador no campo das selecções seniores é amputar o desenvolvimento do Rugby nacional, não obstante alguns bons projectos desenvolvidos (a espaços) por outros responsáveis técnicos da Federação (como os treinos para os «cinco da frente»).

Quando é a própria FPR a não compreender o capital humano que detém no seu próprio seleccionador nacional... mal vai o Rugby nacional.

* * *

NOTAS

Nota 1: Não se trata aqui de fazer nenhum «culto da personalidade» do técnico nacional, mas apenas de opinar, de forma consciente e honesta acerca daqueles que penso serem os seus méritos;

Nota 2: Agradecemos que, quaisquer opiniões emitidas aqui no blog através da caixa de comentários sejam assinadas, por uma questão de princípio, frontalidade e coragem dos próprios leitores... Há quem o faça sempre, mas há também quem nunca o faça;

Nota 3: Em breve escreverei algumas ideias sobre a preparação da Divisão de Honra 2006/2007, prova que muito teria a beneficiar se a FPR importasse boas práticas internacionais que não apenas o modelo (com o qual discordo...). A Divisão de Honra e os clubes não estão – nem estarão nunca – esquecidos no BELENENSES XV... Muito menos o Belenenses, o nosso clube!

quinta-feira, outubro 12, 2006

Três azuis nos Sub-18



De acordo com o Blog Rugby Sub-17, dedicado aos escalões de juvenis e iniciados do Belenenses, são três os atletas azuis convocados para a equipa nacional de sub-18. Os jogadores eleitos pela equipa técnica nacional são António Vieira de Almeida, Guilherme Barreto e Manuel Machado.

Aos três atletas convocados os nossos parabéns e desejos da melhor sorte do mundo. Para os seus colegas de equipa igual reconhecimento, já que em Rugby apenas com a ajuda dos outros 14 em campo um jogador se evidencia!... Continuem a treinar, rapazes. Confiem nos vossos técnicos - Pedro Gonçalves, Michel Cruz e João Miranda - e acreditem que um dia vai chegar a vossa vez de vestir as cores de Portugal.